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Espaços vigiados: um estudo do isolamento compulsório dos portadores de hanseníase no asilo-colônia Santo Ângelo (1890/1960) / Watched spaces: a study about the compulsory isolation of hanseníase carriers at the asylum-colony Santo Ângelo (1890/1960)

Postigo, Vânia Regina Miranda 11 September 2008 (has links)
Esta pesquisa procura analisar o isolamento compulsório dos portadores de hanseníase no Asilo-colônia Santo Ângelo localizado em Mogi das Cruzes, São Paulo, tendo como ponto de partida os anos 1890, época em que as primeiras medidas de controle da hanseníase e de outras doenças foram adotadas pelo poder público paulista. A criação de várias instituições e do primeiro código sanitário marcaram o início da construção de uma forte estrutura para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde neste local. Os anos 1960 marcam o fim do período de isolamento dos hansenianos e a possibilidade dos portadores manterem uma vida fora das grades do Santo Ângelo e dos demais asilos do estado. O controle das doenças na capital paulista tornou-se uma grande preocupação do poder público na medida em que a industrialização possibilitava o enriquecimento e a modernização da cidade, atraindo um grande número de imigrantes. O aumento populacional trazia consigo o alastramento de diversas doenças endêmicas e epidêmicas, tornando urgente a intervenção do Estado no combate aos agravos à saúde da população, posto que as medidas particulares adotadas em períodos anteriores não estavam surtindo efeitos. Os conhecimentos produzidos acerca das doenças no Brasil e no mundo permitiam à medicina enfatizar o papel que o ser humano desempenhava na transmissão das doenças, favorecendo com isso o controle sobre os doentes. Desta forma, além da preocupação com o ambiente físico, posto que medidas sanitárias eram adotadas com o intuito de melhorar as condições de vida na cidade, a medicina lançava seu olhar também ao corpo social, vigiando, controlando e excluindo os doentes da população sã. Ao se dirigir ao ser humano, como fonte propagadora de doenças, a medicina sanitarista, que se desenvolvia em São Paulo, adotou técnicas de exclusão, de controle e de vigilância como formas de profilaxia das moléstias. Neste sentido, dentre as várias doenças de notificação compulsória, a hanseníase (antiga lepra) foi privilegiada neste trabalho por tratar-se de uma doença cuja prevenção exigiu o isolamento compulsório de seus portadores em asilos-colônias construídos em locais distantes da capital. A hanseníase se alastrou de maneira impressionante a partir do final do século XIX em São Paulo, causando grande medo entre a população posto que a cura não era conhecida e também porque trazia consigo representações herdadas de um passado distante, mas que ainda impressionavam as pessoas. O isolamento dos portadores de hanseníase no Asilo-colônia Santo Ângelo era visto pelas autoridades, pelos médicos e pela sociedade como única forma de profilaxia da doença. Neste sentido, o Santo Ângelo foi construído tendo em vista uma longa permanência dos doentes, sendo provido de diversas instalações e de uma infra-estrutura elogiada até mesmo fora do estado e do Brasil. Contudo, com o passar dos anos o asilo se tornou um lugar insuportável para se viver. Os doentes, afastados de suas famílias, eram constantemente vigiados, sofriam maus tratos, eram transformados em cobaias para experimentos de novos medicamentos e, fora dos muros do asilo, a doença se mantinha incontrolada. Após décadas de sofrimentos, finalmente em 1967 as portas do Asilo-colônia Santo Ângelo foram abertas para que os doentes pudessem sair. No entanto, muitas pessoas continuaram e continuam até hoje morando no lugar por não possuírem perspectivas de vida fora do asilo. Algumas delas tiveram seus corpos afetados pela doença e se tornaram incapacitados de alguma forma, seja perda da visão, da audição ou de mãos e pés, porém, todas devem levar consigo as marcas do abandono e da exclusão sofridos no período de isolamento compulsório. / This research tries analyse the compulsory isolation of hanseníase carriers at the asylum-colony located in Mogi das Cruzes, SP, starting in the 80s, when the first hanseníase and other illnesses control arrangements were adapted by the paulista government. The creation of many institutions and the first sanitary code sealed the beginning of the construction of a structure to the development of public policies of health in that place. The 60s indicate the end of hansenianos period of isolation and the possibility of carries to keep a life out of bars of Santo Ângelo and other asylums in the state. The illnesses control, in the paulista capital, became a great worry of the government as the industrialization mode the enrichment and modernization of the city possible, attracting a big number of immigrants. The increasing population brought with itself the expansion of many endemic and epidemic illnesses, making urgent state government intervention in the combat to the damages to health, though the particular arrangements adapted in previous periods were not working. The know ledges made about illnesses in Brazil and in the world allowed the medicine to emphasize the role the human blings played in the illnesses transmission, helping with this the control on sick people. This ways, besides the worry with the physical environment, though the sanitary arrangements were adapted with aim of improving the life conditions in the city, the medicine threw its look also to the social body, observing, controlling and excluding the sick people from the health population. By addressing to the human being, as a spreading temple of illnesses, the sanitary medicine, which grew in São Paulo, adapted exclusion, control and precaution techniques as ways of diseases preventive medicine. In this sense, among the many illnesses of compulsory notice, the hanseníase (former lepra) was privileged in this work by concerning a disease of which prevention demanded the compulsory isolation of its carriers in asylumcolonies built in places far from the capital. The hanseníase spread in an impressing way from the end of the 19th century in São Paulo, causing a great fear among the population since its cure was unknown and also because it brought with itself representations inherited from a distant past, but that still used to impress people. The isolation of hanseníase carriers at the Asylum-colony Santo Ângelo was seen by the authorities, by the doctors and by the society as the only way of preventing the disease. In this sense, Santo Ângelo was built having in view a long stay of the sick people, being provided with several facilities and an infrastructure praised even out of the state and Brazil. However, with the passing years the asylum became an unbearable place to live in. The sick people, apart from this families, were constantly watched, suffered maltreatments, were transformed into guinea pigs for testing new drugs and, out of the walls of the asylum, the illness kept out of uncontrolled. After decades of suffering, finally in 1967 the doors of the Asylum-Colony Santo Ângelo were open for the sick people to go out. Nevertheless, many people kept and keep up to today living in the place because they do not have perspectives of live out of the asylum. Some of them had their bodies affected by the illness and became in some way unable, eye sight, hearing or hands and feet loss, however all of then must take with them the forlornness blemish and the exclusion suffered in the period of compulsory isolation.
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A hanseníase no Brasil na era Vargas e a profilaxia do isolamento compulsório: estudos sobre o discurso científico legitimador / The leprosy in Brazil in Vargas government and prophylaxis of compulsory isolation: studies on the scientific discourse legitimising

Ducatti, Ivan 30 January 2009 (has links)
A partir da década de 1930, no Brasil, o isolamento compulsório de portadores de hanseníase passou a ser política de Estado. O isolamento compulsório só seria necessário, naquele momento, conforme a opinião dos profissionais de saúde que não concordavam com a segregação de doentes, em casos extremos de infecção. À medida que a cura medicamentosa tornouse uma realidade, os argumentos para o isolamento enfraqueciam, no entanto, o isolamento se manteve até 1967. O período em que se inicia o isolamento estatal é marcado por fortes questões totalitárias, sendo o nazi-fascismo o seu auge. Essas idéias, baseadas na decadente filosofia irracionalista, não deixaram de influenciar o pensamento intelectual brasileiro, que ajudou a legitimar uma série de ações de governo, como o isolamento compulsório e indiscriminado. Porém, o período em questão também significou, para o Brasil, a formação do Estado capitalista monopolista, por intermédio do qual não só se controla a classe trabalhadora pela força (opressão), mas se garante a força de trabalho para a nova dinâmica de extração de mais-valia (exploração). A Saúde Pública é um aparato de Estado. Com Vargas, esta se torna um mecanismo real de controle da classe trabalhadora na formação do monopolismo no Brasil. / In Brazil, since the 1930´s, the compulsory isolation of leppers became a State policy. According to Health Public professinals who were against the segregation of the deseased, at that moment, the compulsory isolation would be a social need only for extreme infectious cases. As medicine cure became a reality, arguments for isolation started failing, but the isolation itself ended in 1967. The period in which state isolation is stablished is strongly stained by totalitarian issues, and the nazi-fascism is its highest point. Those ideas, based upon the decaying irrational philosophy, have also been an influence on Brazilian intellectuality, which contributed towards the compulsory and indiscriminate isolation. For Brazil, such period also meant the making of its monopolist and capitalist State, whose profile is the ruling force on working class (opression), and its sustainance (exploitation), as tools for the new coming plus-value extracting dynamics. Public Health is a govern apparatus, which, with Vargas, is a concrete mechanism for the making of Brazils Monopolism.
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A hanseníase no Brasil na era Vargas e a profilaxia do isolamento compulsório: estudos sobre o discurso científico legitimador / The leprosy in Brazil in Vargas government and prophylaxis of compulsory isolation: studies on the scientific discourse legitimising

Ivan Ducatti 30 January 2009 (has links)
A partir da década de 1930, no Brasil, o isolamento compulsório de portadores de hanseníase passou a ser política de Estado. O isolamento compulsório só seria necessário, naquele momento, conforme a opinião dos profissionais de saúde que não concordavam com a segregação de doentes, em casos extremos de infecção. À medida que a cura medicamentosa tornouse uma realidade, os argumentos para o isolamento enfraqueciam, no entanto, o isolamento se manteve até 1967. O período em que se inicia o isolamento estatal é marcado por fortes questões totalitárias, sendo o nazi-fascismo o seu auge. Essas idéias, baseadas na decadente filosofia irracionalista, não deixaram de influenciar o pensamento intelectual brasileiro, que ajudou a legitimar uma série de ações de governo, como o isolamento compulsório e indiscriminado. Porém, o período em questão também significou, para o Brasil, a formação do Estado capitalista monopolista, por intermédio do qual não só se controla a classe trabalhadora pela força (opressão), mas se garante a força de trabalho para a nova dinâmica de extração de mais-valia (exploração). A Saúde Pública é um aparato de Estado. Com Vargas, esta se torna um mecanismo real de controle da classe trabalhadora na formação do monopolismo no Brasil. / In Brazil, since the 1930´s, the compulsory isolation of leppers became a State policy. According to Health Public professinals who were against the segregation of the deseased, at that moment, the compulsory isolation would be a social need only for extreme infectious cases. As medicine cure became a reality, arguments for isolation started failing, but the isolation itself ended in 1967. The period in which state isolation is stablished is strongly stained by totalitarian issues, and the nazi-fascism is its highest point. Those ideas, based upon the decaying irrational philosophy, have also been an influence on Brazilian intellectuality, which contributed towards the compulsory and indiscriminate isolation. For Brazil, such period also meant the making of its monopolist and capitalist State, whose profile is the ruling force on working class (opression), and its sustainance (exploitation), as tools for the new coming plus-value extracting dynamics. Public Health is a govern apparatus, which, with Vargas, is a concrete mechanism for the making of Brazils Monopolism.
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Espaços vigiados: um estudo do isolamento compulsório dos portadores de hanseníase no asilo-colônia Santo Ângelo (1890/1960) / Watched spaces: a study about the compulsory isolation of hanseníase carriers at the asylum-colony Santo Ângelo (1890/1960)

Vânia Regina Miranda Postigo 11 September 2008 (has links)
Esta pesquisa procura analisar o isolamento compulsório dos portadores de hanseníase no Asilo-colônia Santo Ângelo localizado em Mogi das Cruzes, São Paulo, tendo como ponto de partida os anos 1890, época em que as primeiras medidas de controle da hanseníase e de outras doenças foram adotadas pelo poder público paulista. A criação de várias instituições e do primeiro código sanitário marcaram o início da construção de uma forte estrutura para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde neste local. Os anos 1960 marcam o fim do período de isolamento dos hansenianos e a possibilidade dos portadores manterem uma vida fora das grades do Santo Ângelo e dos demais asilos do estado. O controle das doenças na capital paulista tornou-se uma grande preocupação do poder público na medida em que a industrialização possibilitava o enriquecimento e a modernização da cidade, atraindo um grande número de imigrantes. O aumento populacional trazia consigo o alastramento de diversas doenças endêmicas e epidêmicas, tornando urgente a intervenção do Estado no combate aos agravos à saúde da população, posto que as medidas particulares adotadas em períodos anteriores não estavam surtindo efeitos. Os conhecimentos produzidos acerca das doenças no Brasil e no mundo permitiam à medicina enfatizar o papel que o ser humano desempenhava na transmissão das doenças, favorecendo com isso o controle sobre os doentes. Desta forma, além da preocupação com o ambiente físico, posto que medidas sanitárias eram adotadas com o intuito de melhorar as condições de vida na cidade, a medicina lançava seu olhar também ao corpo social, vigiando, controlando e excluindo os doentes da população sã. Ao se dirigir ao ser humano, como fonte propagadora de doenças, a medicina sanitarista, que se desenvolvia em São Paulo, adotou técnicas de exclusão, de controle e de vigilância como formas de profilaxia das moléstias. Neste sentido, dentre as várias doenças de notificação compulsória, a hanseníase (antiga lepra) foi privilegiada neste trabalho por tratar-se de uma doença cuja prevenção exigiu o isolamento compulsório de seus portadores em asilos-colônias construídos em locais distantes da capital. A hanseníase se alastrou de maneira impressionante a partir do final do século XIX em São Paulo, causando grande medo entre a população posto que a cura não era conhecida e também porque trazia consigo representações herdadas de um passado distante, mas que ainda impressionavam as pessoas. O isolamento dos portadores de hanseníase no Asilo-colônia Santo Ângelo era visto pelas autoridades, pelos médicos e pela sociedade como única forma de profilaxia da doença. Neste sentido, o Santo Ângelo foi construído tendo em vista uma longa permanência dos doentes, sendo provido de diversas instalações e de uma infra-estrutura elogiada até mesmo fora do estado e do Brasil. Contudo, com o passar dos anos o asilo se tornou um lugar insuportável para se viver. Os doentes, afastados de suas famílias, eram constantemente vigiados, sofriam maus tratos, eram transformados em cobaias para experimentos de novos medicamentos e, fora dos muros do asilo, a doença se mantinha incontrolada. Após décadas de sofrimentos, finalmente em 1967 as portas do Asilo-colônia Santo Ângelo foram abertas para que os doentes pudessem sair. No entanto, muitas pessoas continuaram e continuam até hoje morando no lugar por não possuírem perspectivas de vida fora do asilo. Algumas delas tiveram seus corpos afetados pela doença e se tornaram incapacitados de alguma forma, seja perda da visão, da audição ou de mãos e pés, porém, todas devem levar consigo as marcas do abandono e da exclusão sofridos no período de isolamento compulsório. / This research tries analyse the compulsory isolation of hanseníase carriers at the asylum-colony located in Mogi das Cruzes, SP, starting in the 80s, when the first hanseníase and other illnesses control arrangements were adapted by the paulista government. The creation of many institutions and the first sanitary code sealed the beginning of the construction of a structure to the development of public policies of health in that place. The 60s indicate the end of hansenianos period of isolation and the possibility of carries to keep a life out of bars of Santo Ângelo and other asylums in the state. The illnesses control, in the paulista capital, became a great worry of the government as the industrialization mode the enrichment and modernization of the city possible, attracting a big number of immigrants. The increasing population brought with itself the expansion of many endemic and epidemic illnesses, making urgent state government intervention in the combat to the damages to health, though the particular arrangements adapted in previous periods were not working. The know ledges made about illnesses in Brazil and in the world allowed the medicine to emphasize the role the human blings played in the illnesses transmission, helping with this the control on sick people. This ways, besides the worry with the physical environment, though the sanitary arrangements were adapted with aim of improving the life conditions in the city, the medicine threw its look also to the social body, observing, controlling and excluding the sick people from the health population. By addressing to the human being, as a spreading temple of illnesses, the sanitary medicine, which grew in São Paulo, adapted exclusion, control and precaution techniques as ways of diseases preventive medicine. In this sense, among the many illnesses of compulsory notice, the hanseníase (former lepra) was privileged in this work by concerning a disease of which prevention demanded the compulsory isolation of its carriers in asylumcolonies built in places far from the capital. The hanseníase spread in an impressing way from the end of the 19th century in São Paulo, causing a great fear among the population since its cure was unknown and also because it brought with itself representations inherited from a distant past, but that still used to impress people. The isolation of hanseníase carriers at the Asylum-colony Santo Ângelo was seen by the authorities, by the doctors and by the society as the only way of preventing the disease. In this sense, Santo Ângelo was built having in view a long stay of the sick people, being provided with several facilities and an infrastructure praised even out of the state and Brazil. However, with the passing years the asylum became an unbearable place to live in. The sick people, apart from this families, were constantly watched, suffered maltreatments, were transformed into guinea pigs for testing new drugs and, out of the walls of the asylum, the illness kept out of uncontrolled. After decades of suffering, finally in 1967 the doors of the Asylum-Colony Santo Ângelo were open for the sick people to go out. Nevertheless, many people kept and keep up to today living in the place because they do not have perspectives of live out of the asylum. Some of them had their bodies affected by the illness and became in some way unable, eye sight, hearing or hands and feet loss, however all of then must take with them the forlornness blemish and the exclusion suffered in the period of compulsory isolation.
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O COMEÇO E O FIM DO MUNDO: estigmatização e exclusão social de internos da colônia do Bonfim / THE BEGINNING AND THE END OF THE WORLD: stigma and social exclusion of internal colony of Bonfim

Câmara, Cidinalva Silva 18 February 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-17T18:01:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 CIDINALVA SILVA CAMARA.pdf: 6754436 bytes, checksum: 277f28df514dac013ab5efcaa3a909b9 (MD5) Previous issue date: 2009-02-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This dissertation examines the social, political and stigmatized in connection with the compulsory isolation of men, women and children infected by leprosy (Mycobacterium leprae) in asylum-colony of Bonfim, in São Luís between the years of 1937 and 1965. Dealing with problems related to daily life of individuals there were hospitalized for structuring in asylum institution and impacts produced in their lives. Analyzing further, the extent to which the social construction of leprosy as a public health problem and the institutionalization of compulsory isolation of the patient contributed to the stigma and social exclusion of thousands of individuals in the whole country and particularly in Maranhão. It is considered that they were involved in such measures giving isolation, disputes of power based on knowledge about the disease and the patient, and impacts produced in their lives. / A presente dissertação analisa os aspectos sociais, políticos e estigmatizadores relacionados com o isolamento compulsório de homens, mulheres e crianças contaminados pela lepra (Mycobacterium leprae) no asilo-colônia do Bonfim, em São Luís, entre os anos de 1937 e 1965. Trata dos problemas relacionados com o cotidiano dos portadores dessa enfermidade no interior dessa instituição asilar e os impactos produzidos em suas vidas. Analisa, ainda, em que medida a construção social da lepra enquanto um problema de saúde pública e a institucionalização do isolamento compulsório do doente contribuíram para a estigmatização e a exclusão social de milhares de indivíduos em todo país e particularmente no Maranhão. Considera-se que estavam envolvidas naquelas medidas que preconizavam o isolamento, disputas de poder baseadas em saberes sobre a doença e o doente, fundamentadas num projeto civilizador e de modernização do país que inscreviam no corpo dos enfermos o signo da ameaça à coletividade.

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