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A concepção de sujeito no discurso de artistas plásticosJosé Loreto Quérette, Felipe 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O presente trabalho é uma investigação sobre o campo da arte contemporânea no Brasil com o
suporte teórico da Psicologia Discursiva. A Psicologia Discursiva é uma área da Psicologia que
investiga como as categorias psicológicas são invocadas e manejadas no discurso cotidiano. Seus
postulados propõem um deslocamento nos tópicos e explicações psicológicos tradicionais,
evitando a teorização abstrata em favor de análises baseadas na pragmática das ações sociais. A
folk psychology (psicologia popular) é um rótulo na Psicologia que diz respeito ao conjunto de
crenças cotidianas acerca do ser humano, em contraste à descrição oferecida pela Psicologia
científca ou profssional. Assim, a folk psychology pode ser colocada como tópico de escrutínio da
Psicologia Discursiva. Dentro dessa mais ampla defnição de folk psychology, trago o conceito de
concepção de sujeito como foco deste trabalho. Concepção de sujeito é a maneira como o sujeito é
descrito noção entendida como folk psychology, mas com ênfase não na origem do
conhecimento (por não ser científca), mas sim no sujeito que ela concebe maneira que é
tratada, na presente pesquisa, como disponível no discurso. A pesquisa se debruça, enfm, sobre o
campo da arte contemporânea, buscando enxergar concepções de sujeito no discurso de artistas
plásticos, a partir da análise de conversas gravadas em áudio: como o sujeito acontece no discurso
do artista que fala sobre sua obra? Foram realizadas e analisadas cinco conversas com artistas
residentes no Recife, onde foi possível observar movimentos no discurso que apontam para
diferentes concepções de sujeito. A análise ainda permitiu enxergar que tais concepções, ao serem
invocadas no discurso sobre a obra de arte, participam de diferentes atos discursivos: defender a
obra, explicitar seus méritos, justifcá-la em suas características formais fgurando, no discurso,
um cenário em que as concepções informam o artista no ato de criação e ainda aparecem na
explicação de por que fazer arte
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