Spelling suggestions: "subject:"conflicto mapuche"" "subject:"conflictos mapuche""
1 |
Transformaciones en los territorios tradicionales mapuche en la región de la Araucanía, ChileObreque Moncada, Cecilia Belén January 2018 (has links)
As transformações sociais, políticas e culturais do povo indígena Mapuche, produzidas principalmente pelo fenômeno da colonização-globalização, têm tensionado significativamente seus territórios tradicionais e a manutenção de seus modos de vida. Esse tensionamento, decorrente do posicionamento do Estado chileno em relação aos mapuche, acarreta uma condição de exclusão, discriminação e, atualmente, criminalização frente à sociedade. Esse processo de exclusão, conforme Rodolfo Stavenghagen é caracterizado como etnocídio, sendo combatido por instrumentos internacionais como a Convenção 169 da OIT, de 1989. Neste contexto, o objetivo desta dissertação é compreender as transformações ocasionadas por relações historicamente estabelecidas entre o Estado e o povo mapuche, que está ocorrendo nos territórios tradicionais, a partir de suas vozes, na província de Malleco, região da Araucanía, Chile. Os objetivos específicos são: a) realizar um registro cartográfico das principais mudanças que têm ocorrido nos territórios tradicionais mapuche, desde 1973 até 2014; b) examinar a forma como a relação conflitiva entre o Estado e o povo mapuche é (in)visibilizada; c) Analisar as transformações nos territórios tradicionais e o conflito territorial mapuche, considerando a visão de alguns atores-chaves, como a voz do povo mapuche. A pesquisa tem caráterqualitativo, utilizando análise cartográfica, documental e qualitativa. O trabalho de campo foi realizado durante os meses de janeiro a junho de 2017, visitando comunidades da IX e XII região, especialmente na zona de Malleco, denominada zona vermelha do Chile. Foram realizadas diferentes entrevistas com membros das comunidades e lideranças, analisadas por conteúdo. A principal atividade econômica rural na região de La Araucanía é o monocultivo arbóreo, que traz impactos ao solo, água e biodiversidade dos territórios tradicionais provocando distintas mudanças, a mais significativa foi a abrupta diminuição do bosque nativo, evidenciando uma perda total de 90,6% deste dentro do território mapuche. Efetivamente o sul do Chile sofreu mudanças no espaço geográfico desde a chegada dos espanhóis, o que provocou conflitos etnoterritoriais, o chamado conflito mapuche. Entretanto, segundo a visão mapuche, o povo mapuche não tem um conflito com o Estado, o Estado é que tem com o povo. Esse processo revela uma relação conflitiva entre o Estado e o povo mapuche, onde visivelmente as empresas de celulose têm o apoio do Estado para seguir com o processo de expropriação dos territórios tradicionais. A (in)visibilidade desse processo aparece na mídia, ora por meio da falta de notícias sobre a condição do povo mapuche e de seus territórios, ora a partir da publicação enfática dos atos de manifestação e repúdio ao processo vivenciado, criminalizando-os como terroristas. A pesquisa evidenciou que o povo mapuche historicamente tem vivenciado a expressão de um modelo de desenvolvimento, fruto de uma relação colonial reproduzida na atualidade pelo Estado-Nação. Nela se estabelecem relações desiguais e impositivas, as quais o povo tem encontrado formas de resistência e de adaptação, embora estas transformações têm modificado significativamente seus territórios e modos de vida. / Las transformaciones sociales, políticas y culturales del pueblo indígena Mapuche, producidas principalmente por el fenómeno de la colonización-globalización ha tensionado significativamente sus territorios tradicionales y la mantención de sus modos de vida. Esta tensión, derivada del posicionamiento del Estado chileno en relación a los mapuche, acarrea una condición de exclusión, discriminación y, actualmente, criminalización frente a la sociedad. Ese proceso de exclusión, según Rodolfo Stavenghagen es caracterizado como etnocidio, siendo combatido por instrumentos internacionales como la Convención 169 de la OIT, de 1989. En este contexto, el objetivo de esta investigación es comprender las transformaciones ocasionadas por relaciones históricamente establecidas entre el Estado chileno y el pueblo mapuche, que están ocurriendo en los territorios tradicionales, a partir de sus voces, en la provincia de Malleco, región de La Araucanía, Chile. Los objetivos específicos son: a) Realizar un registro cartográfico de los principales cambios que han ocurrido en los territorios tradicionales mapuche desde 1973 hasta 2014; b) Examinar la forma como la relación conflictiva entre el Estado y el pueblo mapuche es (in)visibilizada; c) Analizar las transformaciones en los territorios tradicionales y el conflicto territorial mapuche, considerando la visión de algunos actores claves, como la voz del pueblo mapuche. La investigación tiene carácter cualitativo, utilizando análisis cartográfico, documental y cualitativo. El trabajo de campo fue realizado durante los meses de enero a junio de 2017, visitando comunidades de la IX y XII región, especialmente en la zona de Malleco, denominada zona roja en Chile. Se realizaron diferentes entrevistas con miembros de las comunidades y líderes, analizados por contenido. La principal actividad económica en la región de La Araucanía es el monocultivo arbóreo, que trae impactos al suelo, agua y biodiversidad de los territorios tradicionales provocando distintos cambios, el más significativo fue la abrupta disminución del bosque nativo, evidenciando una pérdida total de 90,6% de éste dentro del territorio mapuche. Efectivamente, el sur de Chile sufrió cambios en el espacio geográfico desde la llegada de los españoles, lo que provocó conflictos etnoterritoriales, el llamado conflicto mapuche. Sin embargo, según la visión mapuche, el pueblo no tiene un conflicto con el Estado, es el Estado quien tiene un conflicto con el pueblo. Este proceso revela una relación conflictiva entre el Estado y el pueblo mapuche, donde visiblemente las empresas de celulosa tienen el apoyo del Estado para seguir con el proceso de expropiación de los territorios. La condición del pueblo mapuche y sus territorios, es invisible en las noticias, lo visible son sus actos de manifestación y repudio a los procesos vividos, así su imagen se transforma a la de terroristas. Esta investigación evidenció que el pueblo mapuche históricamente ha vivido la expresión de un modelo de desarrollo, fruto de una relación colonial, reproducida, en la actualidad por el Estado-Nación. En ella se establecen relaciones desiguales e impositivas, en las cuales el pueblo ha encontrado formas de resistencia y de adaptación, generando transformaciones que han modificado significativamente sus territorios y modos de vida.
|
2 |
Transformaciones en los territorios tradicionales mapuche en la región de la Araucanía, ChileObreque Moncada, Cecilia Belén January 2018 (has links)
As transformações sociais, políticas e culturais do povo indígena Mapuche, produzidas principalmente pelo fenômeno da colonização-globalização, têm tensionado significativamente seus territórios tradicionais e a manutenção de seus modos de vida. Esse tensionamento, decorrente do posicionamento do Estado chileno em relação aos mapuche, acarreta uma condição de exclusão, discriminação e, atualmente, criminalização frente à sociedade. Esse processo de exclusão, conforme Rodolfo Stavenghagen é caracterizado como etnocídio, sendo combatido por instrumentos internacionais como a Convenção 169 da OIT, de 1989. Neste contexto, o objetivo desta dissertação é compreender as transformações ocasionadas por relações historicamente estabelecidas entre o Estado e o povo mapuche, que está ocorrendo nos territórios tradicionais, a partir de suas vozes, na província de Malleco, região da Araucanía, Chile. Os objetivos específicos são: a) realizar um registro cartográfico das principais mudanças que têm ocorrido nos territórios tradicionais mapuche, desde 1973 até 2014; b) examinar a forma como a relação conflitiva entre o Estado e o povo mapuche é (in)visibilizada; c) Analisar as transformações nos territórios tradicionais e o conflito territorial mapuche, considerando a visão de alguns atores-chaves, como a voz do povo mapuche. A pesquisa tem caráterqualitativo, utilizando análise cartográfica, documental e qualitativa. O trabalho de campo foi realizado durante os meses de janeiro a junho de 2017, visitando comunidades da IX e XII região, especialmente na zona de Malleco, denominada zona vermelha do Chile. Foram realizadas diferentes entrevistas com membros das comunidades e lideranças, analisadas por conteúdo. A principal atividade econômica rural na região de La Araucanía é o monocultivo arbóreo, que traz impactos ao solo, água e biodiversidade dos territórios tradicionais provocando distintas mudanças, a mais significativa foi a abrupta diminuição do bosque nativo, evidenciando uma perda total de 90,6% deste dentro do território mapuche. Efetivamente o sul do Chile sofreu mudanças no espaço geográfico desde a chegada dos espanhóis, o que provocou conflitos etnoterritoriais, o chamado conflito mapuche. Entretanto, segundo a visão mapuche, o povo mapuche não tem um conflito com o Estado, o Estado é que tem com o povo. Esse processo revela uma relação conflitiva entre o Estado e o povo mapuche, onde visivelmente as empresas de celulose têm o apoio do Estado para seguir com o processo de expropriação dos territórios tradicionais. A (in)visibilidade desse processo aparece na mídia, ora por meio da falta de notícias sobre a condição do povo mapuche e de seus territórios, ora a partir da publicação enfática dos atos de manifestação e repúdio ao processo vivenciado, criminalizando-os como terroristas. A pesquisa evidenciou que o povo mapuche historicamente tem vivenciado a expressão de um modelo de desenvolvimento, fruto de uma relação colonial reproduzida na atualidade pelo Estado-Nação. Nela se estabelecem relações desiguais e impositivas, as quais o povo tem encontrado formas de resistência e de adaptação, embora estas transformações têm modificado significativamente seus territórios e modos de vida. / Las transformaciones sociales, políticas y culturales del pueblo indígena Mapuche, producidas principalmente por el fenómeno de la colonización-globalización ha tensionado significativamente sus territorios tradicionales y la mantención de sus modos de vida. Esta tensión, derivada del posicionamiento del Estado chileno en relación a los mapuche, acarrea una condición de exclusión, discriminación y, actualmente, criminalización frente a la sociedad. Ese proceso de exclusión, según Rodolfo Stavenghagen es caracterizado como etnocidio, siendo combatido por instrumentos internacionales como la Convención 169 de la OIT, de 1989. En este contexto, el objetivo de esta investigación es comprender las transformaciones ocasionadas por relaciones históricamente establecidas entre el Estado chileno y el pueblo mapuche, que están ocurriendo en los territorios tradicionales, a partir de sus voces, en la provincia de Malleco, región de La Araucanía, Chile. Los objetivos específicos son: a) Realizar un registro cartográfico de los principales cambios que han ocurrido en los territorios tradicionales mapuche desde 1973 hasta 2014; b) Examinar la forma como la relación conflictiva entre el Estado y el pueblo mapuche es (in)visibilizada; c) Analizar las transformaciones en los territorios tradicionales y el conflicto territorial mapuche, considerando la visión de algunos actores claves, como la voz del pueblo mapuche. La investigación tiene carácter cualitativo, utilizando análisis cartográfico, documental y cualitativo. El trabajo de campo fue realizado durante los meses de enero a junio de 2017, visitando comunidades de la IX y XII región, especialmente en la zona de Malleco, denominada zona roja en Chile. Se realizaron diferentes entrevistas con miembros de las comunidades y líderes, analizados por contenido. La principal actividad económica en la región de La Araucanía es el monocultivo arbóreo, que trae impactos al suelo, agua y biodiversidad de los territorios tradicionales provocando distintos cambios, el más significativo fue la abrupta disminución del bosque nativo, evidenciando una pérdida total de 90,6% de éste dentro del territorio mapuche. Efectivamente, el sur de Chile sufrió cambios en el espacio geográfico desde la llegada de los españoles, lo que provocó conflictos etnoterritoriales, el llamado conflicto mapuche. Sin embargo, según la visión mapuche, el pueblo no tiene un conflicto con el Estado, es el Estado quien tiene un conflicto con el pueblo. Este proceso revela una relación conflictiva entre el Estado y el pueblo mapuche, donde visiblemente las empresas de celulosa tienen el apoyo del Estado para seguir con el proceso de expropiación de los territorios. La condición del pueblo mapuche y sus territorios, es invisible en las noticias, lo visible son sus actos de manifestación y repudio a los procesos vividos, así su imagen se transforma a la de terroristas. Esta investigación evidenció que el pueblo mapuche históricamente ha vivido la expresión de un modelo de desarrollo, fruto de una relación colonial, reproducida, en la actualidad por el Estado-Nación. En ella se establecen relaciones desiguales e impositivas, en las cuales el pueblo ha encontrado formas de resistencia y de adaptación, generando transformaciones que han modificado significativamente sus territorios y modos de vida.
|
Page generated in 0.0643 seconds