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Uso de ovitrampas como instrumento para o monitoramento populacional de Aedes aegypti (Diptera:Culicidae) em áreas urbanas de OlindaVanessa Gomes da Silva, Éllyda 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Este estudo avaliou a efetividade do monitoramento populacional de Aedes aegypti por
armadilhas de oviposição (ovitrampa), em Olinda-PE, e propôs um sistema alternativo
para estimativa de ovos nas armadilhas. Nos bairros de Bultrins, Amparo e Amaro
Branco foram instaladas 102 ovitrampas-sentinelas (OVT-S), de novembro/2007 a
outubro/2008. As OVT-S, tratadas com larvicida a base de Bacillus thuringiensis
israelensis (Bti), permaneceram fixas nas áreas, sendo inspecionadas a cada ciclo de 30
dias. As palhetas recolhidas em campo foram enviadas ao laboratório para secagem, a
temperatura ambiente, e posterior leitura ao microscópio esterioscópico para contagem
de ovos. Dois métodos foram testados, o Sistema Tradicional de contagem (STC),
baseado na contagem direta de cada ovo e o Sistema Simplificado de Leitura (SSL),
baseado na estimativa visual da quantidade de ovos/palheta, nas seguintes categorias
pré-definidas (<50 ovos, ≥50<200 ovos, ≥ 200<500 ovos e ≥500 ovos). Os resultados
do monitoramento revelaram que o Índice de Positividade de Ovitrampas (IPO) para a
área variou de 85% a 100% e não diferiu estatisticamente entre os bairros. O número
médio de ovos de Aedes spp oscilou de 100,2 a 783,2 ovos/OVT-S/ciclo. Pela análise de
amostras pareadas, a densidade populacional de Aedes spp. obtida para Amaro Branco
foi significativamente maior (Fr = 8,18; Gl= 2 e p-valor= 0,0169) do que a de Bultrins.
Os mapas situacionais de densidade de ovos gerados pela estimativa Kernel permitiram
visualizar a na distribuição heterogênea da infestação por Aedes spp. nos bairros
estudados e revelou que as densidades populacionais do mosquito foram mais elevadas
no período de maior concentração de chuvas (março a agosto/2008). A análise espaçotemporal
demonstrou que cada bairro apresentou um padrão peculiar de pontos quentes
(local de grande concentração populacional do mosquito), que se manteve em quase
todos os períodos de avaliação, independente do regime pluviométrico, sugerindo que
estes pontos possam apresentar condições mais favoráveis aos criadouros larvais do que
os demais espaços dos bairros. A infestação pareceu estar mais concentrada na porção
terminal sul em Amparo, enquanto que em Amaro Branco os pontos quentes avançaram
da ponta sul ao centro da área e em Bultrins estavam ainda mais dispersos pelo bairro. O
comportamento observado para Bultrins concorda, de certa forma, com as informações
geradas pelos indicadores entomológicos usados para estimar o percentual de imóveis
positivos para A.aegypti, adotados pelo Programa nacional (PNCD). Por outro lado,
estes mesmos indicadores não tiveram sensibilidade para detectar a presença de Aedes
albopictus nos três bairros estudados, fato confirmado pela pesquisa com ovitrampas. A
identificação de larvas a partir de ovos coletados nas ovitrampas demonstrou,
entretanto, que A. aegypti era a espécie mais freqüente (95%) e abundante nos bairros.
Os resultados de leitura pelos dois sistemas foram concordantes para 96% das palhetas
analisadas. Os operadores levaram respectivamente, cerca de 50 s e 8 min. para ler uma
palheta com 63 e 980 ovos pelo sistema tradicional contagem (STC) e um tempo de 36 s
e 21 s pelo SSL. O monitoramento OVT-S acoplado ao sistema SSL se mostrou de um
método sensível e de simples operacionalização para a vigilância de A. aegypti.
Adicionalmente, a metodologia usada neste estudo permitiu identificar áreas prioritárias
em Olinda, onde as ações de controle vetorial devem ser intensificadas
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