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Há coisas em volta do teu pescoço: questões de gênero em Chimamanda Ngozi Adichie

Morais, Thayane de Araújo 31 July 2017 (has links)
Submitted by Automação e Estatística (sst@bczm.ufrn.br) on 2018-05-02T22:29:09Z No. of bitstreams: 1 ThayaneDeAraujoMorais_DISSERT.pdf: 7296100 bytes, checksum: f63d12af9732154141609cf592d2957c (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2018-05-04T22:56:38Z (GMT) No. of bitstreams: 1 ThayaneDeAraujoMorais_DISSERT.pdf: 7296100 bytes, checksum: f63d12af9732154141609cf592d2957c (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-04T22:56:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ThayaneDeAraujoMorais_DISSERT.pdf: 7296100 bytes, checksum: f63d12af9732154141609cf592d2957c (MD5) Previous issue date: 2017-07-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A literatura africana, em sua poeticidade insubmissa, tem proporcionado abertura de espaços nos quais a configuração heterogênea dos países africanos estabelece as bases propícias para uma reflexão crítica do papel da literatura no mundo contemporâneo. A literatura escrita por mulheres emerge a partir das desleituras dos sujeitos subalternos silenciados, em um movimento que ressalta a especificidade subjetiva, ao passo que intensifica a desconstrução promovida pela produção artística periférica. Localizando nesse contexto a criação literária das mulheres africanas, evidencia-se o questionamento aos aparatos opressivos, diante da escrita que reúne tradição ancestral e herança colonial no labirinto das negociações culturais fundantes. Em meio a uma nova ordem mundial, na qual os direitos humanos estão sendo a cada dia oprimidos, silenciados, voltamo-nos à voz feminina articulada pelo texto literário de Chimamanda Ngozi Adichie. Em um território marcado pela violência e pelo machismo, a jovem escritora nigeriana avulta uma crítica incisiva à subalternidade do sujeito feminino na literatura. Por meio de um discurso que traduz aspectos da cultura nigeriana e americana, Adichie contesta a condição opressiva imposta à mulher pelo poder hegemônico masculinizado. Em virtude da multiplicidade observada na caracterização da mulher nigeriana, em poética embebida de sinestesias, apresenta-se uma análise da coletânea de contos A coisa à volta do teu pescoço (2012), ao se abordar as problemáticas que incidem nas personagens. Considera-se para isso uma conjuntura histórica e cultural que revela na forma de contar o anseio de as mulheres protagonizarem um destino histórico de silenciamento. Nessa perspectiva, inqueriu-se sobre os papéis de gênero e os elementos interseccionais – como raça, classe, discurso, poder, instâncias culturais – que traduzem um diálogo trans-semiótico com as questões de gênero. Ao se trabalhar com conceitos culturais inacabados, constata-se que a transgressão dos lugares opressivos reservados à mulher nigeriana ainda são mínimos. Observou-se também como a formação de uma consciência crítica que permita uma revisão da situação de violência e exclusão da mulher ainda é um grande desafio no início do século XXI. Como base para as considerações, e por meio de pesquisa bibliográfica, seguiu-se pelos caminhos das teorias literárias de cunho feminista de acordo com as reflexões de Gayatri Chakravorty Spivak (2014), Angela Y. Davis (2016) e Chimamanda Ngozi Adichie (2015), esta última, no que concerne ao seu pensar acerca da cultura, unindo consciência política ao trabalho estético. / African Literature, in its unsubmissive poeticity, has proportionate the opening spaces where heterogeneous configuration from the African countries lays the foundations for the critical reflection about the role of literature in contemporary world. Literature written by women emerges from unlearnings of silenced subalterns subjects, across a movement that stands out subjective specificity, awhile intensifies deconstruction promoted by peripheral artistic production. Located in this context, literary creation of African women, is evident the questions around oppressive devices before writing that meets ancestral tradition and colonial heritage into the maze of negotiations of cultural foundations. In between a new world order, which human rights are oppressed every day, silenced, we return to female voice articulated by the literary text of Chimamanda Ngozi Adichie. In a territory marked by violence and male chauvinism, the young Nigerian writer emphasizes an incisive criticism to the subalternity of female subject in literature. By means of a speech that translates aspects of American and Nigerian culture, Adichie answers the oppressive condition imposed to woman by the hegemonic male power. By virtue of observed multiplicity on Nigerian woman description, in poetic embedded in synesthesia, presents an analysis of a collection of short stories The thing around your neck (2012), approaching problematics focused on the characters. It is considered for that a cultural and historical conjuncture which reveals in its form of telling the women’s urge to protagonize a historic destiny of silencing. In this perspective, it was inquired about gender roles and the intersectional elements – such as race, class, discourse, power, cultural instances – that translate a trans-semiotic dialogue with gender issues. While working with unfinished cultural concepts, it is verified that transgression of oppressive places reserved to Nigerian woman are minimal. It was also verified how a critical awareness formation that permits a review of the situation of violence and exclusion of woman is still a great challenge in the beginning of XXI century. As a basis of our considerations, and through bibliographic research, we follow the paths of feminist literary theories according to reflections of Gayatri Chakravorty Spivak (2014), Angela Y. Davis (2016) and Chimamanda Ngozi Adichie (2015), the latest, as far as her thinking about culture, uniting political consciousness to aesthetic work.

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