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Há coisas em volta do teu pescoço: questões de gênero em Chimamanda Ngozi AdichieMorais, Thayane de Araújo 31 July 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-07-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A literatura africana, em sua poeticidade insubmissa, tem proporcionado abertura de
espaços nos quais a configuração heterogênea dos países africanos estabelece as bases
propícias para uma reflexão crítica do papel da literatura no mundo contemporâneo. A
literatura escrita por mulheres emerge a partir das desleituras dos sujeitos subalternos
silenciados, em um movimento que ressalta a especificidade subjetiva, ao passo que
intensifica a desconstrução promovida pela produção artística periférica. Localizando nesse
contexto a criação literária das mulheres africanas, evidencia-se o questionamento aos
aparatos opressivos, diante da escrita que reúne tradição ancestral e herança colonial no
labirinto das negociações culturais fundantes. Em meio a uma nova ordem mundial, na
qual os direitos humanos estão sendo a cada dia oprimidos, silenciados, voltamo-nos à voz
feminina articulada pelo texto literário de Chimamanda Ngozi Adichie. Em um território
marcado pela violência e pelo machismo, a jovem escritora nigeriana avulta uma crítica
incisiva à subalternidade do sujeito feminino na literatura. Por meio de um discurso que
traduz aspectos da cultura nigeriana e americana, Adichie contesta a condição opressiva
imposta à mulher pelo poder hegemônico masculinizado. Em virtude da multiplicidade
observada na caracterização da mulher nigeriana, em poética embebida de sinestesias,
apresenta-se uma análise da coletânea de contos A coisa à volta do teu pescoço (2012), ao
se abordar as problemáticas que incidem nas personagens. Considera-se para isso uma
conjuntura histórica e cultural que revela na forma de contar o anseio de as mulheres
protagonizarem um destino histórico de silenciamento. Nessa perspectiva, inqueriu-se
sobre os papéis de gênero e os elementos interseccionais – como raça, classe, discurso,
poder, instâncias culturais – que traduzem um diálogo trans-semiótico com as questões de
gênero. Ao se trabalhar com conceitos culturais inacabados, constata-se que a transgressão
dos lugares opressivos reservados à mulher nigeriana ainda são mínimos. Observou-se
também como a formação de uma consciência crítica que permita uma revisão da situação
de violência e exclusão da mulher ainda é um grande desafio no início do século XXI.
Como base para as considerações, e por meio de pesquisa bibliográfica, seguiu-se pelos
caminhos das teorias literárias de cunho feminista de acordo com as reflexões de Gayatri
Chakravorty Spivak (2014), Angela Y. Davis (2016) e Chimamanda Ngozi Adichie (2015),
esta última, no que concerne ao seu pensar acerca da cultura, unindo consciência política
ao trabalho estético. / African Literature, in its unsubmissive poeticity, has proportionate the opening spaces
where heterogeneous configuration from the African countries lays the foundations for the
critical reflection about the role of literature in contemporary world. Literature written by
women emerges from unlearnings of silenced subalterns subjects, across a movement that
stands out subjective specificity, awhile intensifies deconstruction promoted by peripheral
artistic production. Located in this context, literary creation of African women, is evident
the questions around oppressive devices before writing that meets ancestral tradition and
colonial heritage into the maze of negotiations of cultural foundations. In between a new
world order, which human rights are oppressed every day, silenced, we return to female
voice articulated by the literary text of Chimamanda Ngozi Adichie. In a territory marked
by violence and male chauvinism, the young Nigerian writer emphasizes an incisive
criticism to the subalternity of female subject in literature. By means of a speech that
translates aspects of American and Nigerian culture, Adichie answers the oppressive
condition imposed to woman by the hegemonic male power. By virtue of observed
multiplicity on Nigerian woman description, in poetic embedded in synesthesia, presents
an analysis of a collection of short stories The thing around your neck (2012), approaching
problematics focused on the characters. It is considered for that a cultural and historical
conjuncture which reveals in its form of telling the women’s urge to protagonize a historic
destiny of silencing. In this perspective, it was inquired about gender roles and the
intersectional elements – such as race, class, discourse, power, cultural instances – that
translate a trans-semiotic dialogue with gender issues. While working with unfinished
cultural concepts, it is verified that transgression of oppressive places reserved to Nigerian
woman are minimal. It was also verified how a critical awareness formation that permits a
review of the situation of violence and exclusion of woman is still a great challenge in the
beginning of XXI century. As a basis of our considerations, and through bibliographic
research, we follow the paths of feminist literary theories according to reflections of
Gayatri Chakravorty Spivak (2014), Angela Y. Davis (2016) and Chimamanda Ngozi
Adichie (2015), the latest, as far as her thinking about culture, uniting political
consciousness to aesthetic work.
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