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Adaptação de instrumento para caracterização de hábitos culinários em população urbana / Adaptation of a questionnaire for characterization of culinary habits in urban populationSouza, Luciana Mastrorosa Bueno de 28 February 2019 (has links)
Introdução: O ato de cozinhar para si e para a família vem se transformando nos contextos urbanos e ocidentais, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, ante inúmeras mudanças sociais, econômicas e na maneira de se alimentar. Esse contexto tem provocado alterações nos hábitos alimentares das populações, incluindo frequência e habilidades culinárias, em particular nas cidades mais urbanizadas e industrializadas, com impactos na saúde. Objetivo: Adaptar instrumento específico para caracterização dos hábitos culinários da população urbana do Estado de São Paulo (SP). Material e Métodos: Foi realizada a adaptação de instrumento focado nos hábitos culinários da população urbana do Estado de SP. Esse instrumento teve suas questões originais traduzidas, foi submetido à análise de especialistas (n=6) e aplicado em pré-teste (n=6) com a população-alvo para testar sua compreensão. Após as contribuições dos especialistas e respondentes do pré-teste, o instrumento foi revisado e aplicado à amostra não-probabilística da população-alvo (n= 261). A coleta de dados foi realizada por meio eletrônico, via plataforma Survey Monkey, com convite para participação feito pela rede social Facebook. Os resultados obtidos foram analisados com o auxílio do software Excel. Resultados: A amostra que respondeu ao instrumento foi caracterizada quanto à frequência de hábitos culinários, à frequência com que cozinha determinados alimentos, às habilidades culinárias, às motivações para cozinhar e à responsabilidade de cozinhar. Em relação à frequência dos hábitos culinários, mais da metade da amostra de homens (57,15%) tem o hábito de cozinhar em casa de 1 vez a 3 vezes na semana, sendo que 35,71% dos homens cozinham 7 vezes ou mais na semana. Todos os homens cozinham ao menos 1 vez na semana. Para as mulheres, 2,29% declararam não cozinhar nunca, enquanto 38,86% delas declararam cozinhar 7 vezes ou mais na semana. O restante da amostra (49,71%), afirmou cozinhar de 1 a 6 vezes na semana. O tempo parece ser um determinante importante para a frequência: para 57,14% dos homens, ter mais tempo livre poderia fazer com que cozinhassem mais. O resultado foi similar para as mulheres: 60,57% concordam que cozinhariam mais se tivessem mais tempo. Quando questionados sobre se gostariam de cozinhar com mais frequência, 64,54% dos homens declararam que sim. Para as mulheres, o resultado foi ligeiramente menor, com 51,43% declarando que gostariam de cozinhar mais frequentemente. Conclusão: Esta pesquisa atingiu seu objetivo (adaptar um instrumento para a caracterização dos hábitos culinários da população brasileira urbana, em particular a do Estado de SP. Mesmo com a amostragem não-probabilística, com diferença grande no número de homens e mulheres respondentes, a pesquisa serviu para dar pistas de como a população urbana brasileira residente no Estado de São Paulo cozinha. / Introduction: The act of cooking at home has been changing in the urban and western contexts, especially after the Second World War, due to several changes in the social, economic and food scenarios. This context has caused changes in the culinary habits of populations, including culinary skills and frequency, particularly in the most urbanized and industrialized cities, impacting the public health. Objectives: To adapt a specific questionnaire to trace the culinary habits of the urban population of the State of São Paulo, Brazil. Materials and Methods: The adaptation of a questionnaire focused on the culinary habits of the urban population of the State of São Paulo was carried out. This questionnaire had their original questions translated and was submitted to expert analysis (n = 6) and pre-tested (n = 6) with the target population to test the questionnaire\'s understanding. After the contributions of the specialists and respondents of the pre-test, the questionnaire was reviewed and applied to a non-probabilistic sample of the urban population of the State of São Paulo (n = 261). Data collection was performed by electronic means, like Survey Monkey platform. The invitation to participate was sent by the social network Facebook. As an inclusion criterion, respondent\'s age should be between 20 and 60 years old (adults and seniors, classified according to IBGE). The results were analyzed with the use of Excel software. Results: The target population that answered the questionnaire was characterized by their frequency of cooking habits, frequency of when they cook certain foods, cooking skills, cooking motivations and cooking responsibilities. In relation to the frequency of culinary habits, 57.15% of men cooked at home from 1 to 3 times a week; 35.71% of men cooked 7 times or more in a week. All the men declared to cook at least once a week. For women, 2.29% said they never cooked, while 38.86% said they cooked 7 or more times a week. The rest of the women (49.71%) said they cooked from 1 to 6 times a week. In addition, time seems to be an important determinant of the frequency of culinary habits: for most men (57.14%), \"having more free time\" could make them cook more. The result was similar for women: 60.57% agreed they would cook more if they had more time. When questioned about whether they \"would like to cook more often,\" 64.54% of the men stated they agreed with the statement. For women, the result was slightly lower, with 51.43% of women stating that they would like to cook more often. Conclusion: this research reached its objective of adapting a questionnaire to characterize the culinary habits of the Brazilian urban population, in particular the one that lives in the State of São Paulo. Even with a non-probabilistic sampling with a large difference in the number of men and women who answered the questionnaire, the present research revealed itself important to give clues of how Brazilians cook.
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