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Manual de estilo e criaÃÃo literÃria com a artesà Lygia Bojunga

Vanessa Paulino Venancio Passos 00 May 2018 (has links)
nÃo hà / Lygia Bojunga publicou vinte e quatro obras literÃrias, sendo uma escritora reconhecida nacional e internacionalmente. Grande parte das pesquisas sobre a autora està circunscrita ao universo da infÃncia, nÃo obstante, este trabalho tem como objetivo analisar o processo de criaÃÃo literÃria da escritora desde o inÃcio de sua obra atà sua maturidade, com foco nas obras de teor autobiogrÃfico, permitindo-nos, assim, refletir acerca de seu fazer literÃrio. No primeiro capÃtulo, vamos estudar o processo de formaÃÃo de Lygia Bojunga, levando em consideraÃÃo sua biblioteca pessoal, que inclui escritores de referÃncia para sua formaÃÃo como leitora e escritora. Sabemos, alÃm disso, que a produÃÃo literÃria de todo escritor està inserida em um contexto. Desse modo, para o desenvolvimento deste trabalho, buscamos realizar uma contextualizaÃÃo histÃrica, social, polÃtica e cultural da obra bojunguiana com o intuito de viabilizar uma maior complexidade para os leitores,ao construir um panorama do perÃodo em que a escritora emergiu. Jà no segundo capÃtulo, serà analisado o projeto literÃrio da escritora, que inclui os discursos (intra e extraliterÃrios) sobre o ato de escrever. Por sua vez, a metalinguagem serà um conceito-chave trabalhado neste capÃtulo a fim de compor o Manual de estilo e criaÃÃo literÃria com a artesà Lygia Bojunga. Para o Ãltimo capÃtulo, vamos analisar a autoconsciÃncia da escrita da autora, a partir da obra Intramuros(2016). Tal obra à vista como um romance autobiogrÃfico, que se propÃe a retomar toda a trajetÃria da autora com a escrita. Para tanto, serÃo relevantes dois pontos: o primeiro à a impossibilidade de a escritora se colocar, ao mesmo tempo, como leitora e crÃtica da prÃpria obra, e o segundo à a apropriaÃÃo do mÃtodo do pintor Marc Chagall (1887-1985), para a composiÃÃo de sua poÃtica, estabelecendo uma comparaÃÃo entre Literatura e Pintura no que se refere ao processo de criaÃÃo literÃria. Como embasamento teÃrico, foram utilizadas referÃncias bibliogrÃficas de: AristÃteles (384a.C. â322a.C.), Dominique Maingueneau (1950 -), Roger Chartier (1945 -), Philipe Lejeune (1938 -), Laura Sandroni (1934 -), MÃrio Vargas Llosa (1936 -), Arthur Schopenhauer (1788 -1860), Samira Chalhub (1946 -), entre outras. Portanto, as hipÃteses propostas neste trabalho serÃo justificadas, sobretudo, tendo como base o texto literÃrio, que dialoga com os textos de fundamentaÃÃo teÃrica e com os paratextos para a realizaÃÃo da pesquisa.
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A literatura vista de baixo: o livro Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus / Literature from below: the book Quarto de despejo, by Carolina Maria de Jesus

Emanuel RÃgis Gomes GonÃalves 12 March 2014 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Este trabalho propÃe-se a um estudo do livro Quarto de despejo (1960), de Carolina Maria de Jesus, associando-o à modalidade de criaÃÃo literÃria e perspectiva conceitual que optamos por chamar de literatura vista de baixo. Entendemos por esta Ãltima categoria a produÃÃo literÃria das camadas sociais subalternas e marginalizadas socialmente e, simultaneamente, uma perspectiva teÃrica que valorize as diferenÃas entre esse tipo de literatura e a literatura erudita, historicamente associada Ãs elites sociais e culturais em diferentes espaÃos e perÃodos. Na obra em questÃo à narrado o dia-a-dia miserÃvel e violento da autora, na hoje extinta favela do Canindà e tambÃm nos percursos que faz pela cidade de SÃo Paulo, entre os anos de 1955 a 1960, dentro do quadro polÃtico e ideolÃgico conhecido em nossa historiografia como âdesenvolvimentismoâ, pautado por vertiginoso crescimento urbano e industrializaÃÃo do paÃs. Nosso objetivo geral Ã, alÃm de investigar como a criaÃÃo literÃria, nos planos do conteÃdo e da expressÃo, foi condicionada, no livro Quarto de despejo, pela origem de classe e a situaÃÃo de misÃria de sua autora, desenvolver a noÃÃo de âliteratura vista de baixoâ como uma chave teÃrica para explicar os limites da representaÃÃo da pobreza pela literatura culta do Brasil. Procuramos, ao mesmo tempo, traÃar um breve panorama da representaÃÃo da pobreza na literatura brasileira pÃs semana de 22, a partir de autores e obras-chave de nossas letras, analisando de que forma o universo erudito literÃrio relacionou-se com o mundo material e mental das classes subalternas. Tentamos tambÃm mostrar as consequÃncias temÃticas e formais que advÃm da inversÃo de lugar do pobre, quando este passa de objeto para sujeito de sua prÃpria representaÃÃo literÃria. As bases teÃricas principais das anÃlises realizadas nesse projeto serÃo os estudos de Antonio Candido sobre a relaÃÃo entre literatura e sociedade (CANDIDO, 1965) e de Roberto Schwarz sobre a representaÃÃo da pobreza na literatura brasileira (SCHWARZ et alli, 1983), bem como a consulta de obras historiogrÃficas e sociolÃgicas que abordam a literatura e as questÃes de poder, como os trabalhos de Carlo Guinzburg (2006) e Pierre Bourdieu (2009) sobre a micro-histÃria e o poder simbÃlico, respectivamente.

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