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Crises das Idades - os entraves nas práticas docentes e as implicações no desenvolvimento da criança : uma leitura a partir de VygotskiCaram, Adriana Maria 13 February 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-02-13 / The proposal of the present work is based on a deeper theoretical analysis of the studies by Vygotsky concerning the Age Crisis, dealt it in volume IV of his works. The manifestation of crises has always been seen as a deviation of standard norms or as a disease in preschool institutions and by some psychologists. This research has attempted
to discuss another perspective in the analysis of the Age Crisis, understood by Vygotsky as being turning points in the development of a child, characterized by sudden, impetuous changes, as if they were revolutionary acts, both because of the rhythm of change and their meaning. The research question that guided our work was: How do preschool educators perceive and deal with the moments of crises in the development of children? The three objectives are: analyzing how the teachers perceive the moments of crises in the development of children; identifying and analyzing possible moments of crises among the children and researching and analyzing the attitudes taken by the teachers to solve the possible development crises in children. Data collection was carried out at a crèche in a public university in the state of São Paulo. The research method was based on Vygotsky s Historical-Cultural Theory. The results were analyzed in two different ways: The teachers perception concerning the Age Crisis in Preschool Education and its manifestation in children and The teachers and their interventions in the moments of crises. Such analyses indicate that the teachers notice the crises manifestations that occur in the development of the child. However, there seems to be a gap in their training that prevent them from perceiving such crises in a positive way, which is necessary for a new psychological organization of the child s personality.
Finally, the way educators act has to be re-thought so that it is possible to adopt a reflexive pedagogical practice, based on the Historical-Cultural Theory, which understands the child as a concrete subject who participates and makes history happen. / A proposta do presente trabalho está pautada no aprofundamento teórico dos estudos de Vygotski, a respeito das Crises das Idades abordadas no Tomo IV de sua obra. As manifestações de crise foram sempre vistas nas instituições de Educação Infantil e por alguns investigadores da Psicologia como desvio de normas padrão ou como doença da criança. A pesquisa buscou trazer à discussão outra perspectiva de
análise da crise das idades, entendida por Vygotski como sendo pontos de virada no desenvolvimento da criança e que se caracterizam por mudanças bruscas, impetuosas, como se fossem um acontecimento revolucionário, tanto pelo ritmo das mudanças como pelo significado delas. A questão de pesquisa que norteou este trabalho foi: Como as docentes da Educação Infantil percebem e conduzem os momentos de crise no desenvolvimento da criança? E os objetivos, três: analisar como as professoras percebem os momentos de crise no desenvolvimento das crianças; identificar e analisar
episódios de possíveis momentos de crises entre as crianças e levantar e analisar as atitudes utilizadas pelas professoras para a solução dos episódios de possíveis crises de desenvolvimento das crianças. A coleta de dados foi realizada numa creche de uma universidade pública do estado de São Paulo. A metodologia de pesquisa pautou-se na Teoria Histórico-Cultural de Vygostski. Os resultados foram analisados por intermédio de duas diretrizes: A percepção das professoras sobre as Crises das Idades na Educação Infantil e suas manifestações nas crianças e As professoras e suas
intervenções nos momentos de crises. Tais análises indicam-nos que as professoras percebem que ocorrem manifestações de crises no desenvolvimento da criança e que uma possível falha na formação delas as impedem de enxergar tais crises sob seu aspecto positivo, caminho necessário para uma nova formação psicológica na personalidade da criança, e finalmente, que a forma como as docentes agem, precisa ser
repensada para que se possa ter uma prática pedagógica reflexiva embasada na Teoria Histórico-Cultural, que entende a criança como sujeito concreto, que participa e faz história.
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