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Estado militar e instabilidade politica na Bolivia : (1971-1978)Duran Gil, Aldo 03 August 2018 (has links)
Orientador: Caio Navarro de Toledo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-03T18:37:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Resumo: Este trabalho analisa o processo de reprodução de crises e instabilidade política no quadro de funcionamento do Estado militar boliviano do período 1971-78. Afasta-se dos tradicionais enfoques sobre o fenômeno da instabilidade política e da problemática militar e propõe uma análise teórica alternativa. Parte-se da discussão de que tal fenômeno político deve ser examinado à luz da relação entre crise política e instabilidade política no quadro de funcionamento reprodutivo do Estado burguês. Detecta-se que as principais causas da instabilidade política no período em foco foram provocadas pela relação entre Estado militar e classes dominantes. Mais especificamente, demonstra a tese segundo a qual as principais causas da instabilidade política foram desencadeadas por três crises devastadoras, intimamente relacionadas: a crise de hegemonia, a crise de acumulação de capital e a crise de sucessão militar-governamental. A primeira se relaciona com a crise de hegemonia vacilante do capital monopolista americano no país. A segunda se relaciona com o processo de acumulação de capital pautado pela prática de extração de mais-valia e sobrelucros imediatos pelas classes dominantes, viabilizado por uma política de desnacionalização da economia boliviana a longo prazo e que, no período, adotou a forma de um processo de transferência acelerada de capital público ao setor privado. E a terceira se relaciona com a condensação das crises internas da instituição castrense, que contribuíram com o agravamento da crise institucional, patenteada na figura do golpe de Estado. As principais crises e contradições políticas no período foram agravadas pelo impacto desestabilizador destas três crises que provocaram instabilidade política permanente. Assim, tanto o funcionamento do Estado militar como o processo de acumulação estiveram sobredeterminados pela deflagração dessas crises, configurando-se esse Estado como um Estado militar-de-crise e como um Estado potencialmente desestabilizador. Nesse contexto, o agravamento da crise de legitimidade do governo ditatorial do período seria uma conseqüência do desencadeamento dessas crises / Abstract: This work analyzes the process of the reoccurrence of political crises and instability, in the context of the function of the Bolivian military state in the period from 1971-1978. The work distances itself from the traditional focus on the phenomena of political instability and the military question, and proposes an alternative theoretical analysis. It is argued that the relation between political crisis and instability must be examined in terms of in the context of the reproductive function of the bourgeois state. It is found that the principle causes of political instability in the period in focus were provoked by the relation between the military state and the dominant classes. More specifically, it is demonstrated that the principal causes of political instability were unleashed by three intimately related devastating crises: the crisis of hegemony, the crisis of capital accumulation, and the crisis of military-governmental succession. The first crisis is related to the vacillating hegemony of American monopoly capital in the country. The second is related to the process of capital accumulation based on the practice of extraction of surplus value and immediate profit by the dominating classes. This process is exemplified by the policy of the denationalization of the Bolivian economy over the long term, which, in the period under examination, took the form of an accelerated transfer of public capital to the private sector. The third is related to the confluence of internal problems in the armed forces which contributed to the aggravation of a crisis of the military institution as such, which manifested itself in the form of attempted coup d¿état. The principal political crises and contradictions of the period from 1971-78 were aggravated by the destabilizing impact of these three crises, thus provoking permanent political instability. The functioning of the military state as well as the process of accumulation were determined by the unleashing of these crises, configuring the Bolivian state as a military-in-crisis state and as a potentially permanently unstable state. In this context, the aggravating of the crisis of legitimacy of the dictatorship is shown to be a consequence of the unleashing of these crises / Doutorado / Ciencia Politica / Doutor em Ciências Sociais
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