Made available in DSpace on 2016-04-29T13:31:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Bruna Barreto Cunha Souza.pdf: 3951995 bytes, checksum: 0e7347538baf45b2f88a0bfce984e53e (MD5) Previous issue date: 2013-06-10 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Care provided to users of psychoactive substances is a complex due to its numerous contradictions and history, which is intertwined with the prohibitionist policy against drug use. Under this perspective, care provided to users has often had a moralistic character, which gives priority to measures of incarceration rather than projects that add value to rescue the user s citizenship and wishes. We know that the understanding of drug use as a public health issue is already a step forward. And, in this context, the Day- Care Centre for Users of Alcohol and Other Drugs (CAPS AD in Portuguese) emerges as a reference device, playing a strategic role in the assistance network. So, this institution was chosen to be approached in this research. We ground on the constructionist perspective because we believe that care to drug user is constructed socially and performed by humans, professionals and managers, and non-humans factors, the environment in which they are received. Our goal was to know how care becomes effective in drug users assistance, proposed by the Health Department: CAPS AD. With this purpose, observations of everyday activities on the device during four months and six interviews with professionals who work in it were made. The survey results suggest that, although AD CAPS III Sé can be well located, have an easy access and an engaged team also critical about the problem of drug consumption, it still presents challenges to be faced, such as its physical structure, the vision that professionals have for assistance network to users, which often prevents efficient care in other devices. There is also the question of the limits that the own activity imposes on professionals who work on CAPS, leaving them exhausted in their daily lives. Despite these difficulties, care becomes effective on that device because its professionals propose strategies that go beyond technique, listening to the users and not judging their behavior in a host perspective and harm reduction / O cuidado aos usuários de substâncias psicoativas é complexo devido a suas inúmeras contradições e por sua história, que se confunde com a política proibicionista de combate às drogas. Sob essa visão repressora, o cuidado oferecido aos usuários muitas vezes tem tido um caráter moralista, que prioriza medidas de reclusão ao invés de projetos que valorizam o resgate a cidadania e desejos do usuário. Sabemos que o entendimento do uso de drogas como questão de saúde pública já é um avanço. E, nesse contexto, o Centro de Atenção Psicossocial para Usuários de Álcool e outras Drogas (CAPS AD) surge como um dispositivo de referência, desempenhando papel estratégico na rede de assistência. Por isso, ele foi escolhido para a realização desta pesquisa. Nos ancoramos na perspectiva construcionista por acreditar que o cuidado ao usuário de drogas é socioconstruído e performado por fatores humanos, como os profissionais e gestores, e não humanos, que integram o ambiente no qual são acolhidos. Nosso objetivo foi conhecer como o cuidado se efetiva em um dispositivo de assistência ao usuário de drogas proposto pelo Ministério da Saúde: o CAPS AD. Para tanto, foram realizadas observações das atividades cotidianas no dispositivo durante quatro meses alternados e seis entrevistas com profissionais que nele atuam. Os resultados da pesquisa sugerem que, apesar de o CAPS AD III Sé ser bem localizado, de acesso fácil e contar com uma equipe engajada e crítica sobre a problemática do consumo de drogas, ele ainda apresenta desafios a serem enfrentados, tais como sua estrutura física e a visão que os profissionais da rede de assistência têm dos usuários, o que muitas vezes impede a efetivação do cuidado em outros dispositivos de atenção. Há ainda a questão dos limites que o próprio trabalho impõe aos profissionais do CAPS, deixando-os esgotados em sua vida cotidiana. Apesar dessas dificuldades, o cuidado se efetiva naquele dispositivo, pois seus profissionais propõem estratégias que vão além da técnica, escutando o usuário e não julgando seu comportamento, em uma perspectiva de acolhimento e redução de danos