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Discursos de avós sobre o bebê, sua educação e cuidado

Torres, Maria Eduarda Abrantes 06 May 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:31:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maria Eduarda Abrantes Torres.pdf: 1501018 bytes, checksum: 397e2b5370f04c0f694f661de541d4b2 (MD5) Previous issue date: 2013-05-06 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This study aims to describe and interpret general discourse of grandmothers on babies education and care. It integrates the Center for Research on Gender, Race and Age (NEGRI), of the Social Psychology Postgraduate Study Program of the Pontifícia Universidade Católica of São Paulo, coordinated by Professor Fúlvia Rosemberg, who has been studying the process of social construction of childhood in Brazil. Inserted in the research group that investigates speeches by contemporary social actors about the baby, its education and care, this dissertation seeks to collaborate with the construction of a conception of care and education for babies including the right to quality child care education for children from 0-3 years old. For this purpose, we have questioned the construction of the public policy agenda for the Brazilian contemporary childhood, including the subordinate position proposed for early childhood educational policies. We have adopted the theoretical contributions of Social Studies of Childhood, which consider this stage a social and historical construction and the child a social actor, that is, also a producer of culture; the studies on the construction of social problems have allowed us to denaturalize the idea that the social policy agenda would be a translation of the objective social needs. The method adopted was depth hermeneutics (HP). We interviewed four grandmothers with higher level of education, living in the city of Recife and belonging to the middle class urban population, who have grandchildren aged 0-3 years old. The interviews were transcribed and analyzed using content analysis techniques based on Bardin and Rosemberg. In general, we apprehended that the grandmothers have few concrete experiences or current information about the daycare and public policies for the baby, however, are aware of the lack of vacancies in daycare centers. Although, in most cases, the interviewees stated that they had already thought about the baby s right to a daycare center, they apparently do not understand it as a right for all babies, including their own grandchildren, but only for those who need, for people of disadvantaged social classes. We note that for the grandmothers interviewed, the mother, in the private space of her own home, would be the best option for baby care and education until it enters school. Grandmothers would be the second best option, being a protagonist or just a supervisor of a reliable nanny/maid, third most cited choice of education and care. The daycare center appeared as a last resort for cases where mothers have to work and do not have someone reliable to leave their children with / Esta pesquisa tem como objetivo geral descrever e interpretar discursos de mulheres-avós sobre a educação e o cuidado de bebês. A investigação se insere na linha de Pesquisa do NEGRI - Núcleo de Estudos de Gênero, Raça e Idade da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP, coordenado pela professora doutora Fúlvia Rosemberg, que vem estudando o processo de construção social da infância no Brasil. Inserida no grupo de pesquisas que investiga discursos proferidos por atores sociais contemporâneos sobre o bebê, sua educação e cuidado, esta dissertação busca colaborar com a construção de uma concepção de cuidado e educação de bebês que inclui a creche de qualidade como direito das crianças de 0-3 anos. Para tanto temos problematizado a construção da agenda de políticas públicas para a infância brasileira contemporânea, nomeadamente a posição subalterna destinada à pequena infância nas políticas educacionais. Adotamos os aportes teóricos dos Estudos Sociais da Infância, que consideram essa fase uma construção social e histórica e a criança um ator social, isto é, também produtor de cultura; dos estudos sobre a construção de problemas sociais, que têm permitido desnaturalizar a concepção de que a agenda de políticas sociais seria tradução de necessidades sociais objetivas. O método adotado foi hermenêutica de profundidade (HP). Foram entrevistadas quatro mulheres-avós com nível superior de escolaridade, residentes na cidade do Recife e pertencentes às camadas médias urbanas da população, que possuem neto(a)(s) na faixa etária de 0 a 3 anos de idade. As entrevistas foram transcritas e analisadas utilizando técnicas de análise de conteúdo baseadas em Bardin e Rosemberg. De uma maneira geral, apreendemos que as avós dispõem de poucas experiências concretas ou informações atuais sobre a creche e as políticas públicas para o bebê, entretanto, estão conscientes que faltam vagas nas creches públicas. Apesar de, em sua maioria, as entrevistadas terem afirmado que já haviam pensado sobre o direito do bebê à creche, aparentemente não o compreendem como um direito para todos os bebês, inclusive seus próprios netos, mas apenas para aqueles que necessitam, para pessoas de camadas menos favorecidas. Destacamos que para as avós entrevistadas, a mãe, no espaço privado de sua própria casa, seria a melhor opção de cuidado e educação do bebê até o ingresso na escola. A avó seria a segunda melhor opção, sendo protagonista ou apenas supervisora de uma babá/empregada doméstica de confiança, terceira opção de educação e cuidado mais citada. A creche apareceu como última alternativa, para os casos em que as mães precisem trabalhar e não tenham alguém de confiança com quem deixar seus filhos

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