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Solos e indicadores de uso agrícola em Roraima : áreas indígena Maloca do Flechal e de colonização do Apiaú / Soils and land use indicators in Roraima: the indians Reserve of Flechal and the Apiaú colonization areasMelo, Valdinar Ferreira 09 December 2002 (has links)
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Previous issue date: 2002-12-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Na região de colonização do Apiaú, região central do Estado de Roraima, e área indígena Maloca do Flechal, nordeste de Roraima, foram estudados solos sob cultivo itinerante, impactados pelo uso do fogo, submetidos à conversão floresta pastagem ou agricultura. A área indígena possui ambientes e solos eutróficos, atípicos para a Amazônia, explorados desde os tempos coloniais. Os solos foram submetidos a análises físicas, químicas, mineralógicas e caracterização das substâncias húmicas, com o propósito de entender os efeitos dos sistemas de uso adotados e das condições pedoclimáticas. Na colônia do Apiaú, os solos foram classificados como Argissolos, Latossolos e Gleissolos, bastante intemperizados, com mineralogia caulinítica e baixos teores de ferro, e baixo conteúdo de cátions trocáveis e forte acidez, com alumínio trocável predominante. O cultivo e queima de restos culturais de banana aumentou os teores de cátions trocáveis e de P disponível na superfície. Em função dos baixos teores de óxidos de Fe e Al, a capacidade de adsorção de fosfato é baixa ( 0,234 a 1,721 mg g -1 ). A conversão floresta - pastagem ou agricultura reduziu o estoque de C do solo. A combustão parcial da fitomassa pelo fogo, aumentou o aporte instantâneo de MO e da fração ácido fúlvico, em ambiente de mata queimada. As frações húmicas comportaram-se diferentemente entre as áreas estudadas e a humina representa um estoque expressivo de C de baixa ciclaqem. Nos perfis de Latossolos ( 5 e 6 ) o incremento de MO pode justificar os maiores valores de ácidos húmicos em profundidade. A fração ácido húmico apresentou baixo grau de humificação nas áreas de mata não queimadas, pela quantificação dos radicais livres semiquinonas. O maior grau de humificação foi encontrado na área cultivada com milho. O Al complexado pela MO variou entre ambientes e em profundidade, com maiores valores superficiais associados à fração ácido húmico. Os baixos valores de Al, em forma de polímeros, indicam menor participação na reserva não trocável no solo. Os solos da área indígena da Maloca do Flechal, baseado em suas características químicas e mineralógicas, possuem elevada fertilidade natural. No entanto, o relevo impõe limitações à exploração. A posição na paisagem condiciona a mineralogia, que é dominantemente oxídica no Latossolo de topos e dominada por argilominerais 2:1, nos Chernossolos e Cambissolos das partes baixas. A reserva mineral da fração silte confere alta fertilidade natural para os Chernossolos que em posição de relevo suavizado indicam ambiente com elevado potencial para agricultura de subsistência nos moldes praticados. A mineralogia condicionou maiores valores de adsorção de fosfato para o Latossolo e Nitossolo e menores valores para os Chernossolos e Cambissolos. Maiores teores de C foram encontrados no Latossolo e no Chernossolo sob cultivo contínuo, sendo que os microagregados parecem contribuir para uma maior estabilidade da MO no Latossolo. O Chernossolo sob cultivo teve maior aumento da polimerização dos ácidos húmicos ( AHs ). Já no Latossolo, o oligotrofismo parece favorecer o aumento da polimerização dos AHs. Os Cambissolos e Chernossolo não cultivados são mais homogêneos quanto à qualidade dos AHs. O fracionamento de Al indicou baixos valores de Al trocável e baixo potencial de liberação de formas não trocáveis para trocáveis. Valores alto de Al de baixa cristalinidade reflete a expressividade de minerais primários e argilas 2:1. / In the Apiaú colonization area, Central Roraima State, and the Flechal Indian area, NE Roraima, soils under shiffiting cultivation, fire use and submitted to forest conversion to pasture or agruculture, were studied. The Flechal Indigenous area presents soil and landscape not typical of Amazonia, being explored since colonila times. Soils were subjected to physical, chemical and mineralogical analyses, as well a detailed characterization of humic substances. The aim was to understand the effects of management and pedoenvironmental condition on soil properties. In the Apiaú, soils are classified as Argisols, Latosols, Gleisols all which strongly weathered and kaolinitic with low Fe-oxides content, low base saturation, low pH and Al-saturated predominate. The burning and cultivation of Banana increased the available P and exchangeable cation levels at the surface. Due to the low Fe and Al-oxide amounts, P adsorption capacity is severally low. The forest conservation to pasture or agriculture resulted in decreased C stocks and relative increase in the soluble compartment of fulvic acid fraction, in the burned forest. The humics fractions were different between soils, and the Humin represented the great C stock of low turnover. In the Latosols, the OM increase can explain the greater value of Humic acids with depth. The HA fraction showed a low degree of humification in the pristine forest, compared with, compared with others, based on free-radical semiquinone quantification. The higher humification xiiiwas observed in the area cultivated with maize. The OM bond Al varied between soils and depth, with greater amounts at the surface associated with Humic acid. The low amounts of Al-polymers indicate lesser release of no-exchangeable Al to Al-solution. The soils in the indigenous area have high fertility status, based on chemical and mineralogical properties. However, topography is a limiting factor to intensive land use. Landscape position has a direct influence on mineralogy, with the Chernosols at the bottom. The soil mineral reserve in the silt (coarse) fraction confers high natural fetility in the Chernosols which possess a greater potential for subsistence agriculture in the way it has been practised. The clay mineralogy conditioned a greater P adsoption capacity in the Latosol and Nitossol and lower values for Chernosols. Greater C levels were observed in the Latosol and Chernosol under cultivation; microaggregates seem to contribute to a high OM stability in Latosol. The Chernosol. The Chernosol under cultivation slowed a increased HA polymerization, whereas the Latosol had a similar high polymerization due to low nutrient status. The Chernosols with no cultivation are similar with reference to HA quality. The Al fractionation indicated low value of exchangeable Al and low Al potential for release from non-exchangeable forms. High values of poorly crystallyne Al are related to abundant 2:1 clays and primary mineral.
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