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A formação em oncologia e a atuação profissional dos enfermeiros – um estudo com egressos de uma Universidade do Sul CatarinenseGiustina, Kelli Pazeto Della January 2015 (has links)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Educação. / A presente pesquisa tem como objetivo principal analisar de que forma a oncologia vem sendo tratada na formação inicial do enfermeiro. O câncer é um grave problema de saúde pública atual, tanto no Brasil como no mundo, e implica em questões de qualidade de atendimento ao paciente oncológico, bem como o preparo profissional para tal. A pesquisa se caracterizou como exploratória e empírica, com abordagem qualitativa. O estudo se deu a partir do curso de Enfermagem de uma Universidade do Sul Catarinense e foram instrumentos de pesquisa, a análise documental do Projeto Pedagógico (PP) do curso e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de Enfermagem, assim como as entrevistas semiestruturadas com uma representante da coordenação do curso em questão, e com oito enfermeiras egressas deste curso, hoje atuantes na atenção básica do município de Criciúma. A pesquisa foi conduzida à luz do referencial teórico de Paulo Freire e de Gilles Ferry no que concerne à formação de modo geral, e de Ceccim e Feuerwerker em relação à formação específica na área da saúde, a partir do entendimento do quadrilátero da formação em saúde. A análise foi orientada por categorias, as quais foram: Percepção da coordenação quanto à preparação do curso para a oncologia; Formação inicial em oncologia/Avaliação da sua formação; Estratégias de superação da formação inicial; Educação permanente em saúde; Processo de trabalho com paciente oncológico/Papel do Enfermeiro; Facilidades e dificuldades no atendimento oncológico. Na categoria sobre a percepção da coordenação quanto à preparação do curso para a oncologia, a representante da coordenação do curso de Enfermagem expressa uma percepção teórica positiva do curso em relação à formação para a oncologia, representada por aproximações teóricas do aluno no decorrer do curso, o que se percebe nas ementas de algumas disciplinas oferecidas. As categorias sobre formação inicial em oncologia e avaliação da formação apresentaram dissonâncias, já que algumas enfermeiras relataram que tiveram um embasamento inicial para a oncologia na graduação; porém, outras citaram que não tiveram esse conhecimento. Sobre as estratégias de superação da formação inicial, as enfermeiras buscam auxílio em artigos ou livros, e também em colegas, além de valorizarem o dia a dia como estratégia de aprendizado na área. A educação permanente em saúde foi percebida como praticamente ausente na pesquisa, tanto a realizada pelas enfermeiras com sua equipe, quanto à própria educação permanente recebida pelas enfermeiras. Nas categorias processo de trabalho com paciente oncológico e papel do enfermeiro, as enfermeiras relataram diversos aspectos cotidianos do enfermeiro no atendimento às necessidades básicas do paciente oncológico. E, por último, na categoria facilidades e dificuldades no atendimento oncológico, houve diversos relatos das enfermeiras sobre pontos facilitadores e dificultadores do processo de trabalho, com destaque para a dificuldade de recursos em geral. Para melhorias no processo de atendimento efetivo ao paciente oncológico, defende-se a problematização na formação do enfermeiro sobre as diversas necessidades sentidas pela equipe e por este tipo de paciente, assim como sobre o papel do enfermeiro educador.
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