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A escolha pela física: gosto ou desafio? / The choice for physics: liking or challenge?Michele Hidemi Ueno Guimarães 20 December 2013 (has links)
Este trabalho tem por objetivo estudar algumas relações transferenciais estabelecidas por sete professores de Física de Universidades públicas e particulares do Estado de São Paulo, em relação à escolha do curso, ao longo da sua trajetória e, por último, ao assumirem a Física como profissão. No levantamento inicial que realizei, identifiquei que é na graduação que as relações transferenciais se tornam estratégicas, uma vez que o curso de Física apresenta uma baixa terminalidade. A partir daí, algumas questões surgiram: qual a relação transferencial que o aluno estabelece com a Física, no momento em que decide cursá-la? Que relações transferenciais existem entre professores e alunos? O que leva muitos alunos a abandonarem o curso? Por que há tantas desistências e evasões? Quais laços um físico estabelece com a Física, a ponto de escolhê-la como profissão? Eu poderia partir de uma pesquisa direcionada aos alunos que abandonaram o curso. Saber o que falhou. No entanto são esses exatamente que apresentam uma relação transferencial mais frágil. Interessava-me o oposto: aqueles cujas relações transferenciais tinham permanecido e mais, aqueles que escolheram a Física como profissão. Por isso, direcionei este trabalho àqueles que permaneceram, àqueles que fizeram o curso, tornando-se cientistas e professores. Para contextualizar o problema, realizei um levantamento quantitativo do número de alunos que se formaram no IFUSP, entre os anos 2000 e 2010 e percorri a história do Ensino de Física no Brasil, desde o seu surgimento até os dias atuais. O que pude constatar, nesse percurso e nas falas dos professores, é que a Ciência determina um modelo específico de constituição do sujeito, inclusive a sua forma de pensar. A ideia do trabalho é apresentar como cada entrevistado teceu a sua história com a Física, além de algumas considerações que ressoaram em mim, no momento das entrevistas e depois, ao transcrevê-las. Pude perceber que, para que um físico se mantenha na profissão, é necessário que ele estabeleça continuamente laços com aquilo que está fazendo e sustente o desejo de ser reconhecido pelos outros. Para analisar essas relações transferenciais, parti de um referencial psicanalítico, de orientação freudiana e lacaniana, privilegiando alguns de seus conceitos, tais como: transferência, transferência positiva e negativa, transferência imaginária, simbólica e real, saber, sujeito e outros. Possibilitando iluminar o que ocorre em relação às possíveis articulações entre Psicanálise, Educação, o Ensino de Física e o Ensino de Ciências. / This work aims to study some transference relationships which were established by seven professors of Physics of public and private universities in the State of São Paulo, in relation to choice for the physics subject, throughout his career, and finally, to take physics as a profession. In the initial survey, I could identify that it is in the graduation that the transference relationships become strategic, since the physics course presents a low terminally. From this conclusion, some questions arose: what is the transference relationship that the students establish with the Physics? When it occurs? at the time they decide to attend the course or during the course? What transference relationships exist between teachers and students? What leads many students to leave the course? Why are there so many withdrawals and dropouts? What ties makes a physicist to connect with the physics to the point of choosing it as a profession? I could have started the survey targeting the students who dropped the course. To know what has failed on the way and what could be improved. However these are exactly the ones who present a more fragile transference relationship with the physics. My interest was exactly in the opposite: in those which the transference relationships had remained - and more, in those who choose the physics as a profession. So I directed this work to those who stayed, to those who took the subject to become scientists and teachers. To contextualize the problem, I conducted a quantitative survey of the number of students who graduated in IFUSP, between 2000 and 2010 and also I scoured the history of Physics Teaching in Brazil, from its inception to the present day. What I could observe during the course of this work and in the speeches of the teachers, is that science determines a specific model for the constitution of the subject, including his way of thinking. The idea of this work is to present how each interviewed teacher has established his story with the physics, as well as some considerations that resonated in me, at the time of the interviews and when I transcribed them. I could also realize that for a physicist to remain in the profession, he must continually establish ties with what he is working and sustain his desire to be recognized by others. To examine more deeply these transference relationships I considered a psychoanalysis reference based on the Freudian and Lacanian orientation, emphasizing some of its concepts such as transference itself, positive and negative transference, imaginary and symbolic transference, and other concepts such as real, known, subject. This could enable enlighten what occurs in terms of possible links between Psychoanalysis, Education, Physics Education and Science Teaching.
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A escolha pela física: gosto ou desafio? / The choice for physics: liking or challenge?Guimarães, Michele Hidemi Ueno 20 December 2013 (has links)
Este trabalho tem por objetivo estudar algumas relações transferenciais estabelecidas por sete professores de Física de Universidades públicas e particulares do Estado de São Paulo, em relação à escolha do curso, ao longo da sua trajetória e, por último, ao assumirem a Física como profissão. No levantamento inicial que realizei, identifiquei que é na graduação que as relações transferenciais se tornam estratégicas, uma vez que o curso de Física apresenta uma baixa terminalidade. A partir daí, algumas questões surgiram: qual a relação transferencial que o aluno estabelece com a Física, no momento em que decide cursá-la? Que relações transferenciais existem entre professores e alunos? O que leva muitos alunos a abandonarem o curso? Por que há tantas desistências e evasões? Quais laços um físico estabelece com a Física, a ponto de escolhê-la como profissão? Eu poderia partir de uma pesquisa direcionada aos alunos que abandonaram o curso. Saber o que falhou. No entanto são esses exatamente que apresentam uma relação transferencial mais frágil. Interessava-me o oposto: aqueles cujas relações transferenciais tinham permanecido e mais, aqueles que escolheram a Física como profissão. Por isso, direcionei este trabalho àqueles que permaneceram, àqueles que fizeram o curso, tornando-se cientistas e professores. Para contextualizar o problema, realizei um levantamento quantitativo do número de alunos que se formaram no IFUSP, entre os anos 2000 e 2010 e percorri a história do Ensino de Física no Brasil, desde o seu surgimento até os dias atuais. O que pude constatar, nesse percurso e nas falas dos professores, é que a Ciência determina um modelo específico de constituição do sujeito, inclusive a sua forma de pensar. A ideia do trabalho é apresentar como cada entrevistado teceu a sua história com a Física, além de algumas considerações que ressoaram em mim, no momento das entrevistas e depois, ao transcrevê-las. Pude perceber que, para que um físico se mantenha na profissão, é necessário que ele estabeleça continuamente laços com aquilo que está fazendo e sustente o desejo de ser reconhecido pelos outros. Para analisar essas relações transferenciais, parti de um referencial psicanalítico, de orientação freudiana e lacaniana, privilegiando alguns de seus conceitos, tais como: transferência, transferência positiva e negativa, transferência imaginária, simbólica e real, saber, sujeito e outros. Possibilitando iluminar o que ocorre em relação às possíveis articulações entre Psicanálise, Educação, o Ensino de Física e o Ensino de Ciências. / This work aims to study some transference relationships which were established by seven professors of Physics of public and private universities in the State of São Paulo, in relation to choice for the physics subject, throughout his career, and finally, to take physics as a profession. In the initial survey, I could identify that it is in the graduation that the transference relationships become strategic, since the physics course presents a low terminally. From this conclusion, some questions arose: what is the transference relationship that the students establish with the Physics? When it occurs? at the time they decide to attend the course or during the course? What transference relationships exist between teachers and students? What leads many students to leave the course? Why are there so many withdrawals and dropouts? What ties makes a physicist to connect with the physics to the point of choosing it as a profession? I could have started the survey targeting the students who dropped the course. To know what has failed on the way and what could be improved. However these are exactly the ones who present a more fragile transference relationship with the physics. My interest was exactly in the opposite: in those which the transference relationships had remained - and more, in those who choose the physics as a profession. So I directed this work to those who stayed, to those who took the subject to become scientists and teachers. To contextualize the problem, I conducted a quantitative survey of the number of students who graduated in IFUSP, between 2000 and 2010 and also I scoured the history of Physics Teaching in Brazil, from its inception to the present day. What I could observe during the course of this work and in the speeches of the teachers, is that science determines a specific model for the constitution of the subject, including his way of thinking. The idea of this work is to present how each interviewed teacher has established his story with the physics, as well as some considerations that resonated in me, at the time of the interviews and when I transcribed them. I could also realize that for a physicist to remain in the profession, he must continually establish ties with what he is working and sustain his desire to be recognized by others. To examine more deeply these transference relationships I considered a psychoanalysis reference based on the Freudian and Lacanian orientation, emphasizing some of its concepts such as transference itself, positive and negative transference, imaginary and symbolic transference, and other concepts such as real, known, subject. This could enable enlighten what occurs in terms of possible links between Psychoanalysis, Education, Physics Education and Science Teaching.
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