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Criação e apropriação de valor em relacionamentos entre empresas compradoras e fornecedores

Miguel, Priscila Laczynski de Souza 29 February 2012 (has links)
Submitted by Priscila Miguel (plsmiguel@gmail.com) on 2012-03-29T17:17:17Z No. of bitstreams: 1 Tese Priscila versão final.pdf: 2954945 bytes, checksum: d6e1ee7941cd855192c9ebbc2b7bba3c (MD5) / Approved for entry into archive by Gisele Isaura Hannickel (gisele.hannickel@fgv.br) on 2012-03-29T17:21:27Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese Priscila versão final.pdf: 2954945 bytes, checksum: d6e1ee7941cd855192c9ebbc2b7bba3c (MD5) / Made available in DSpace on 2012-03-29T17:22:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese Priscila versão final.pdf: 2954945 bytes, checksum: d6e1ee7941cd855192c9ebbc2b7bba3c (MD5) Previous issue date: 2012-02-29 / This research aimed to study how value is created in a buyer-supplier relationship, investigating how governance mechanisms impact value creation, how this phenomenon occurs over time and testing if the model derived from the notion of economic value creation (BRANDENBURGER; STUART, 1996) can be used to measure value creation in dyads. We also tested the impact of the relational sources of competitive advantage (DYER; SINGH, 1998) on the value creation for the organizations involved. By integrating the literature on relationships in the Operations and Supply Chain field with the debate on value creation and competitive advantage in the areas of Strategy and Marketing, an integrative model to assess value creation in relationships and their development over time was proposed, based on three important theories: Transaction Cost Theory, Relational View and Theory of Social Exchange. A deductive qualitative research (BARRAT; CHOI, 2011), with 28 executives responsible for the relationship in both suppliers and buyers’ companies, was performed in two industries: Food & Beverages and Personal Care. The results shown that, in these industries, suppliers are more supportive to collaboration that the buyers, but this commitment does not guarantee exclusivity or increased volumes. Relational governance mechanisms are more common in situations involving risks to companies and when there is size or power asymmetry. The qualitative research provided evidences that the model of economic value creation of Brandenburger and Stuart (1996) can be used to assess the value created in relationships, by considering the difference between willingness to pay of the buyer company and the opportunity cost of the supplier. Additionally, the results suggest that companies should assess the gains of the relationships in the long term, as gains are created in different time for buyers and suppliers. Finally, the qualitative stage identified three distinct types of value creation in dyads: situational or episodic, incremental and relational. At the same time, based on a survey with 76 suppliers, a model to evaluate the effect of the four sources of relational advantage on value creation was tested. The measurement models analysis suggested that the constructs of mechanisms of relational governance and resources complementarity resources should be grouped into a latent variable representing the intraorganizational fit (CHEUG; MYERS, Mentzer, 2010; Saxton, 1997). The measurement model for value creation, represented by five dimensions ( relationship benefits, benefits for the supplier, benefits for buyer, switching costs for the buyer company and opportunity costs for the supplier) had good fit and can be used in future research. Using the validated models and multiple linear regression, the causal relationships between the sources of the relational advantage and value creation were tested. The results provided evidence that different sources of relational advantage have different impact on different aspects of the value created. While inter-organizational fit has positive impact on both supplier and buyer benefits, knowledge sharing has a positive effect on the relationship benefit to the relationship. The asset specificity impact the opportunity cost to the supplier, while the switching cost of for the buyer is not affected by these mechanisms in this situation. A cluster analysis was performed and two distinct groups among the respondents were identified: relational dyads and non relational dyads. There are evidences that the first cluster has better performance than the second group. / A presente investigação teve como objetivo responder a questão de como ocorre a criação de valor em uma díade, investigando como os mecanismos de governança atuam sobre o valor criado, como esse fenômeno ocorre ao longo do tempo e testando a aplicabilidade do modelo derivado da noção de valor econômico (BRANDENBURGER; STUART, 1996) para medir o valor criado em díades. Também foram testados os impactos das fontes de vantagem relacional segundo a perspectiva da visão relacional sobre o valor criado para as organizações envolvidas. Ao integrar a literatura sobre relacionamentos do campo de Operações e Cadeias de Suprimentos com o debate sobre criação de valor e vantagem competitiva nas áreas de Estratégia e Marketing, a pesquisa propôs um modelo integrativo para se avaliar a criação de valor em relacionamentos e seu desenvolvimento ao longo do tempo. As principais correntes teóricas usadas foram a Teoria de Custo de Transação, a Visão Relacional da estratégia e Teoria das Transações Sociais. A pesquisa empírica qualitativa, tomando um caráter dedutivo (BARRATT; CHOI, 2011), com entrevistas com 28 gestores responsáveis pelos relacionamentos em díades dos setores de Alimentos e Bebidas (A&B) e Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPEC), tanto em empresas compradoras como fornecedoras, forneceu evidências de que, nos segmentos investigados, os fornecedores adotam um comportamento mais propenso a colaboração do que as empresas compradoras, mas que esse comprometimento não é garantia de exclusividade ou aumento de participação na relação e que mecanismos de governança relacional são mais comuns em situações que envolvem riscos para as empresas compradoras e quando há assimetria de tamanho e poder entre as partes. As entrevistas forneceram evidências que o modelo de valor econômico de Brandenburger e Stuart (1996) pode ser usado para avaliar o valor criado nos relacionamentos, considerando-se a diferença entre disposição a pagar da empresa compradora e o custo de oportunidade do fornecedor. Adicionalmente, os resultados sugerem que a avaliação dos ganhos em relacionamentos deve ser feita longitudinalmente, visto que há alternância de ganhos entre as partes. Por fim, a etapa qualitativa permitiu identificar três tipos distintos de criação de valor em díades: valor situacional, incremental e relacional. Em paralelo, foi testado um modelo para avaliar a influência das quatro fontes de vantagem relacional no valor criado para empresas compradoras e fornecedores, com base em 76 respostas de empresas fornecedoras. A análise dos modelos de mensuração sugere que os construtos de mecanismos de governança relacional e complementaridade de recursos podem ser agrupados em uma variável latente representando o alinhamento intraorganizacional - fit (CHEUG; MYERS; MENTZER, 2010; SAXTON, 1997). O modelo de mensuração para valor criado, representado por cinco dimensões de primeira ordem, denominadas benefícios para a relação, benefícios para o fornecedor, benefícios para o comprador, custos de troca para a empresa compradora e custos de oportunidade para o fornecedor se mostrou adequado e com bons ajustes. A partir dos modelos validados, as relações causais entre os recursos relacionais e as várias formas de operacionalizar valor foram testadas, utilizando-se regressão linear múltipla. Os resultados forneceram indícios de que diferentes fontes da vantagem relacional têm impacto sobre distintos aspectos do valor criado. Enquanto o alinhamento interorganizacional explica a variação de benefícios para o fornecedor e para o comprador, é o compartilhamento de conhecimento que influencia o benefício para a relação. A especificidade de ativos tem impacto no custo de oportunidade para o fornecedor, enquanto o custo de troca para o comprador não é afetado por esses mecanismos nessa situação. A análise de agrupamentos permitiu ainda constatar a existência de dois grupos distintos entre os respondentes: díades relacionais e díades não relacionais, sendo que o primeiro apresenta desempenho significativamente diferente do outro.

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