CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de NÃvel Superior / Os bufodienolÃdeos sÃo esterÃides cardioativos de 24 carbonos, isolados originalmente de um extrato de pele de sapos da famÃlia Bufonidae utilizado na medicina chinesa. Os bufodienolÃdeos possuem grande variedade de atividades biolÃgicas, incluindo atividades antineoplÃsicas. Em relaÃÃo à atividade antitumoral, os bufodienolÃdeos tem demonstrado inibir o crescimento de vÃrias linhagens de cÃlulas cancerÃgenas humanas por induzir apoptose e parada do ciclo celular. O presente estudo avaliou o potencial citotÃxico e genetÃxico de seis bufodienolÃdeos em seis linhagens tumorais humanos, trÃs linhagens murinas normais e cÃlulas mononucleadas do sangue perifÃrico (CMSP) humano. Todos os seis bufodienolÃdeos foram citotÃxicos para todas as linhagens tumorais e CMSP com valores de IC50 variando entre 0,002 e 3,17 ÂM. Os bufodienolÃdeos testados nÃo apresentaram citotoxicidade para linhagens murinas normais. Desta forma, o composto hellebrigenina foi escolhido para se determinar o mecanismo de aÃÃo envolvido. Uma sequÃncia de experimentos in vitro foram realizados utilizando-se a linhagem leucÃmica HL-60. As cÃlulas foram tratadas em diferentes concentraÃÃes da amostra hellebrigenina (0,03, 0,06 e 0,12 ÂM) por 24 horas. A viabilidade das cÃlulas (nÃmero de cÃlulas viÃveis e integridade de membrana) HL-60 avaliada por citometria de fluxo, mostrou que o nÃmero de cÃlulas reduziu a partir da menor concentraÃÃo (0,03 ÂM) testada e a porcentagem de cÃlulas com membrana integra reduziu a partir da concentraÃÃo 0,06 ÂM. A anÃlise morfolÃgica por citometria de fluxo revelou aumento de cÃlulas com padrÃo apoptÃtico a partir da concentraÃÃo de 0,06 ÂM. Jà a anÃlise do conteÃdo nuclear, nos mostrou aumento de fragmentaÃÃo de DNA sub-G1 indicativo de apoptose e acÃmulo de cÃlulas na fase G2/M a partir das concentraÃÃes de 0,03 e 0,06 ÂM, respectivamente. Outros testes por citometria de fluxo revelaram que houve externalizaÃÃo da fosfatidilserina, despolarizaÃÃo mitocondrial, ativaÃÃo da caspase iniciadora 8 e consequente ativaÃÃo das caspases efetoras 3 e 7. Estes dados indicam um mecanismo citotÃxico por induÃÃo de mais de uma via apoptÃtica. Hellebrigenina nÃo foi capaz de causar danos ao DNA de HL-60 e de CMSP e nem o surgimento de aberraÃÃes cromossÃmicas em CMSP. Por meio dos estudos de docking molecular foi possÃvel predizer a ligaÃÃo entre hellebrigenina e topoisomeraseIIα humana, resultado compatÃvel com a possÃvel inibiÃÃo dessa enzima. De forma geral, os resultados apontam o potencial citotÃxico do bufodienolÃdeo hellebrigenina / Bufodienolides are cardioactive steroids of 24 carbons, originally isolated from a frogâs skin extract of the family Bufonidae used in Chinese medicine. Bufodienolides shows many biological activities, including anticancer activities. Related to antitumor activity, the bufodienolÃdeos has been shown to inhibit the growth of several human cancer cell lines by inducing apoptosis and cell cycle arrest. This study evaluated the potential cytotoxicity and genotoxicity of six bufodienolides, in six human tumor cell lines, three normal murine lineages and PBMC (peripheral blood mononuclear cells). All six bufodienolides were cytotoxic to all cell lines and tumor PBMC with IC50 values ranging from 0.002 to 3.17 ÂM. Bufodienolides showed no cytotoxicity for normal murine strains. Thus, the compound hellebrigenin was chosen to determine the action mechanism involved, a sequence of in vitro experiments were performed using HL-60 leukemia cell line. Cells were treated at different concentrations of hellebrigenin (0.03, 0.06 and 0.12 ÂM) for 24 hours. Cell viability (viable cell number and membrane integrity) HL-60 assessed by flow cytometry showed that the number of cells decreased from the lower concentration (0.03 ÂM) tested and the percentage of cells with reduced membrane integrity from 0.06 ÂM concentration. Morphological analysis by flow cytometry revealed increased apoptotic cells starting at concentrations of 0.06 ÂM. The analysis of nuclear content, showed an increase in DNA fragmentation indicative of sub-G1 apoptosis and accumulation of cells in G2 / M phase from the concentrations of 0.03 and 0.06 ÂM, respectively. Other tests by flow cytometry revealed that there was an externalization of phosphatidylserine, mitochondrial depolarization, activation of caspase 8 and initiating subsequent activation of effector caspases 3 and 7. These data indicate a cytotoxic mechanism induced by over an apoptotic pathway. Hellebrigenin was not able to cause DNA damage in HL-60 and PBMC nor the emergence of chromosomal aberrations in PBMC. Through the studies of molecular docking was possible to predict the connection between hellebrigenina and human topoisomeraseIIα, showing a result that is compatible with a possible inhibition of this enzyme. Overall, the results indicate the potential cytotoxicity of hellebrigenin