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A dimensão subjetiva do processo de escolarização de surdos: um estudo da trajetória de dois jovens formados na Educação Básica

Yamamoto, Cibele Takaoka 05 September 2017 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-09-15T12:24:26Z No. of bitstreams: 1 Cibele Takaoka Yamamoto.pdf: 1165336 bytes, checksum: 62d776baca04c93b71d4b6d24ef7cdee (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-15T12:24:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Cibele Takaoka Yamamoto.pdf: 1165336 bytes, checksum: 62d776baca04c93b71d4b6d24ef7cdee (MD5) Previous issue date: 2017-09-05 / Fundação São Paulo - FUNDASP / The purpose of this study is to investigate and give visibility to the subjective dimension of the schooling process of deaf people, based on the study of the paths of two young deaf people that graduated from High School. Conducted by the theoretical and methodological framework of Historical Social Psychology and the theoretical category subjective dimension of reality, the schooling process of deaf students is comprehended as a complex phenomenon that develops in social and historical relations and that does not only cover elements of objective reality but is also constituted by the subjectivity of the individuals that constitute this reality. Thus, through the study of the meanings (sense and meaning) of two young deaf people regarding their paths, this paper intends to evidence and discuss elements of subjectivity produced by these individuals. Therefore, this research aspires to contribute to a reflection on the schooling process of deaf people that also considers its subjective dimension. This study was based on two young deaf participants of 23 and 24 years old, who graduated from High School in 2013 and 2012, respectively. The school career of the participants presented diverse school contexts, including public schools for the deaf, private regular schools (with and without sign language interpreters) and a private school that initially worked with a bilingual educational proposal, and later with an inclusive proposal. In order to get closer to the experiences of these young people in a way that the emerging of their subjective senses was facilitated, conversations were made following González Rey's (2012) concept of conversational systems. In the analysis of the speeches produced by the participants during the conversations, the Aguiar and Ozella’s (2013) core of meaning proposal was used. Through this analysis, it was possible to reflect about the meanings produced by the participants, especially those that refer to the challenges encountered in their paths and their possibilities of confrontation. Among the results, some experienced and reported conditions were known to be important so that they could signify their own paths with a greater appropriation of themselves and their possibilities as active individuals capable of transforming their reality. In this regard, some elements were worthy of notice: 1) The recognition of deafness by its differences; 2) The possibility of access to a sign language; 3) The encounter and identification with other deaf people; 4) Possible spaces for dialogue in the family and at school. It was verified that the construction of spaces for dialogue between deaf and hearing can be an important tool so that deafness is not only recognized by its differences but can also be debated in relation to the social interaction of the deaf and hearing. This study intends, through the meanings of the participants, to identify important elements of subjectivity that are a part of the subjective dimension of the schooling process of deaf people and that can contribute to increase the debate about this process / O presente trabalho tem como objetivo investigar e dar visibilidade à dimensão subjetiva do processo de escolarização de surdos, a partir do estudo da trajetória de dois jovens surdos formados na Educação Básica. Orientando-se pelo referencial teórico-metodológico da Psicologia Sócio-Histórica e da categoria teórica dimensão subjetiva da realidade, compreende-se o processo de escolarização de alunos surdos como um fenômeno complexo, que se desenvolve nas relações sociais e históricas e que não abrange somente elementos da realidade objetiva, mas é constituído também pela subjetividade dos sujeitos que se constituem nessa realidade. Desse modo, por meio do estudo das significações (sentidos e significados) de dois jovens surdos sobre as suas trajetórias, busca-se evidenciar e discutir elementos de subjetividade produzidos por esses sujeitos. Assim, pretende-se colaborar para uma reflexão sobre o processo de escolarização de surdos que considere também a sua dimensão subjetiva. A pesquisa trabalhou com dois jovens surdos de 23 e 24 anos, que se formaram na Educação Básica em 2013 e 2012, respectivamente. As trajetórias escolares dos participantes apresentaram contextos escolares diversificados, incluindo escolas públicas especiais para surdos, escolas privadas de ensino regular (com e sem intérpretes de Libras) e uma escola privada que trabalhava inicialmente com proposta educacional bilíngue, e posteriormente com uma proposta inclusiva. Para que fosse possível uma aproximação das experiências desses jovens de modo que o despertar de seus sentidos subjetivos fosse facilitado, foram realizadas conversações seguindo o conceito de sistemas conversacionais de González Rey (2012). Na análise das falas produzidas pelos sujeitos durante as conversações foi utilizada a proposta dos núcleos de significação de Aguiar e Ozella (2013). Por meio dessa análise, foi possível refletir a respeito das significações produzidas pelos sujeitos, principalmente no que se refere aos desafios encontrados em suas trajetórias e as suas possibilidades de enfrentamento. Entre os resultados, algumas condições vivenciadas e narradas se apresentaram como importantes para que eles pudessem significar as suas trajetórias com uma maior apropriação de si e de suas possibilidades como sujeitos ativos e transformadores da realidade. Nesse sentido, destacaram-se: 1) O reconhecimento da surdez nas suas diferenças; 2) A possibilidade de acesso a uma língua de sinais; 3) O encontro e a identificação com outros surdos; e 4) Os espaços de diálogo possíveis na família e na escola. Verificou-se que a construção de espaços de diálogo entre surdos e ouvintes pode se configurar como uma importante ferramenta para que a surdez não seja apenas reconhecida nas suas diferenças, mas também possa ser debatida na relação de convivência social de surdos e ouvintes. O trabalho busca, a partir das significações dos sujeitos, identificar elementos de subjetividade importantes que compõem a dimensão subjetiva do processo de escolarização de surdos e que podem contribuir para ampliar o debate sobre esse processo

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