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O dilaceramento do Ser em Que farei quando tudo arde?, de Lobo AntunesCosta Valverde, Tercia 31 January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente pesquisa visa discorrer acerca do processo de dilaceramento do sujeito pósmoderno
no romance Que farei quando tudo arde? (2001), do escritor português
contemporâneo António Lobo Antunes, no seio da anti-família representada por Carlos, Judite
e Paulo. Partindo dos estudos literários, a discussão do referido tema aborda a Pós-
Modernidade e suas consequências tendo em vista a crise identitária do homem moderno.
Essa análise toma como suporte as idéias de Foucault, Deleuze, Guattari, entre outros,
buscando o entendimento desse mal estar da modernidade, resultante do processo de
fragmentação do eu. A partir da interseção entre Literatura, História, Sociologia, Filosofia e
Estudos Culturais, esse estudo discute o imaginário de Portugal, como reação a um estar no
mundo problemático. Essa pesquisa tenta demonstrar também o contraste entre a fluidez
ideológico-comportamental-sexual da contemporaneidade e as idéias fixas da ordem
tradicional ocidental, alicerçadas na moralidade cristã. É discutido ainda, nessa obra
antuniana, dentro do contexto pós-moderno, como se situa essa Moral Cristã no seio da
sociedade portuguesa, em um tempo sem moral e com valores diversos dos antigos. Em
acréscimo, o perfil narrativo antuniano em Que farei quando tudo arde? é também analisado
nesse estudo destacando-se a sua escrita irônico-grotesca na crítica tecida à moralidade
reinante em seu país
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