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Processos de subjetivação do/no corpolinguagem no movimento da Marcha das Vadias: o sintoma da ideologiaCOSTA, Isaac Itamar de Melo 26 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-26 / CNPq / A dominação do sujeito pelo Estado produz uma coerção, uma ilusão de o sujeito ser
dono do que diz e de si próprio, de seu corpo, podando qualquer tipo de capacidade
psíquica que proporcione reflexão, que induza à criatividade ou singularidade. Esse
mecanismo faz parte da interpelação do indivíduo em sujeito e está na base do processo
de subjetivação. Este estudo coliga a ideia de subjetivação à de corporificação dos
sujeitos, de maneira que um processo é indissociável do outro. Subjetivar-se é,
necessariamente, corporificar-se. Com tal ancoragem, propomo-nos a examinar o sujeito
em sua relação com o corpo e o discurso, no que Vinhas (2014) denomina
corpolinguagem discursivo. O sujeito a que nos referimos é aquele da Marcha das
Vadias, movimento feminista cujo eixo principal se concentra na reestruturação da
forma com a qual a polícia lida com as situações relacionadas ao crime de estupro, e,
mais recentemente, em desdobramentos desse primeiro eixo, à defesa do aborto e das
causas raciais, homossexuais e transgênero. Partimos da hipótese de que os
desdobramentos de sentido averiguados em diferentes momentos da Marcha estão
intimamente relacionados à forma como o sujeito do movimento feminista se inscreve
na história. O que explicamos tanto pelo viés do discurso, da
corporificação/subjetivação; quanto pelo viés sociológico, da congruência dos fatos
históricos das diferentes fases (ondas) da teoria feminista, num só fluxo horizontal
(feminist sidestreaming), ou quarta onda do movimento feminista (MATOS, 2010). Para
tanto, mobilizamos os pressupostos teóricos da Análise de Discurso de inspiração
pecheuxtiana, com destaques à noção de sujeito e, consequentemente, forma-sujeito,
formação discursiva e posição-sujeito. Nesse enquadramento, atemo-nos às
manifestações corpóreas desse sujeito, de maneira que consideramos o corpo no
arcabouço teórico da psicanálise e da AD. A questão problema que norteia esta
discussão é analisar o funcionamento desse fenômeno num arquivo de imagens
extraídas das Marchas das Vadias compreendidas entre 2011 e 2015, de maneira a a)
apontar concretamente a mudança de foco da MDV pelo viés do processo de
subjetivação/corporificação; e b) identificar nesse processo as marcas ideológicas
deixadas no corpo pelo discurso. / The domination of subject by the State produces a coercion, an illusion of the subject
controls your own says and body, pruning any type of psychic capacity that provides
reflection, induces creativity or uniqueness. This mechanism is a part of the
interpellation of the individual in subject and integrates the base to subjectivity process.
This study combines the idea of subjectivity to the embodiment of the subjects, in a way
that one process is inseparable from the other. Subjectivity is the same of embodiment.
With such an anchorage, we propose to examine the subject in its relation with the body
and discourse, what Vinhas (2014) calls discursive bodylanguage. The subject that we
refer is those of Slutwalk, a feminist movement whose axis was concentrated in the
restructuring the way with the police deal with such situations related to the crime of
rape, and, more recently, in the defense of abortion and racial, homosexuals and
transgender causes. Our hypothesis developments direction ascertained in different
moments of the March are closely related to the way as the subject of the feminist
movement is inscribed in history. What we have explained through discourse: with the
embodiment/subjectivity; and through the sociological bias: the congruence of the
historical facts of different stages (waves) of feminist theory, in a horizontal flow
(feminist sidestreaming), or fourth wave of the feminist movement (MATOS, 2010). To
this end, we mobilize theoretical assumptions of Discourse Analysis, with highlights to
the notion of subject and Form-Subject, Discursive formation and Subject-position. In
this framework, we investigate corporal manifestations of this subject, considering the
bodies through the theoretical framework of psychoanalysis and AD. The main question
who guides this discussion is analyze this phenomenon drawn an archive of pictures of
the SlutWalk taken between 2011 and 2015, the way one a) specifically pointing an SW
focus change on the bias of subjectivity process/embodiment; and b) identify this
process through the ideological discourse marks left in the body.
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