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A grande imprensa brasileira e seu discurso jornalístico autorreferencial

Diniz, Talita Rampazzo 31 January 2014 (has links)
Submitted by Amanda Silva (amanda.osilva2@ufpe.br) on 2015-04-14T15:47:00Z No. of bitstreams: 2 TESE Talita Rampazzo Diniz.pdf: 5427572 bytes, checksum: 4375a2865a81ddffa035c6393b011e65 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-14T15:47:00Z (GMT). No. of bitstreams: 2 TESE Talita Rampazzo Diniz.pdf: 5427572 bytes, checksum: 4375a2865a81ddffa035c6393b011e65 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2014 / FACEPE / O estudo aborda a Folha de S. Paulo, a Veja e o Jornal Nacional a partir da premissa de que eles ainda são as maiores expressões da grande imprensa brasileira. No entanto, questiona-se como no cenário atual de tantas transformações na comunicação mantêm essa alta posição no campo jornalístico. O viés escolhido para aferir a sua sobrevivência é o discursivo. Toma-se o pressuposto de que nos mais de 40 anos de suas trajetórias eles edificaram e movimentam uma rede de coerção que auxilia em sua sustentação. Esse funcionamento se dá com a mobilização de mecanismos de controle enunciativo que atuam na orientação de suas falas. Para identificar os modos de ativação disso, buscaram-se os discursos autorreferenciais e jornalísticos enunciados pelos três a seus respectivos públicos. Isso porque nesses dizeres institucionais as características do enunciador podem ser mais facilmente capturadas. Foram analisados editoriais, edições especiais de aniversário e publicações oficias, veiculados em um largo período, que se inicia na data de fundação de cada um dos veículos e termina no dia 31 de dezembro de 2013. A apresentação do corpus ocorre em duas frentes concomitantes. Uma traça as histórias particulares das produções com a descrição de seus enunciados e a outra tenta compreender como o desdobramento dessas trajetórias está envolvido na caracterização da imprensa. Toda a análise é desenvolvida utilizando-se disposições dos métodos arqueológico e genealógico de Michel Foucault. Com os capítulos, pode ser acompanhado como o objeto investigado manifestou aos poucos regras às suas enunciações, fundou saberes, estabeleceu relações de poderes, investiu estrategicamente na autoridade e se comporta taticamente. Embora sejam muitas as demandas, os desafios e as reformas executadas, observa-se que nem tudo entra em suas enunciabilidades. Da mesma forma, há enunciados que seguem continuamente repetidos. As inovações e as novidades adotadas ora são festejadas, ora são exibidas como uma característica comum, ora são simplesmente silenciadas. Porém, em cada época, as enunciações adquirem uma função diversa, sempre intrincada ao fortalecimento das produções. Por tudo isso, considera-se que enquanto essas permanecerem em um alto posto no campo jornalístico o jogo de dominação enunciativo sustentado por elas continua influenciando a significação do jornalismo no país, pois os seus comportamentos são determinantes para os efeitos de sentido estabelecidos a essa atividade, inclusive os relativos à sua transformação.

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