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Hemorragia digestiva alta no Hospital da Restauração em RecifeCavalcantI de Almeida, Thaís 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / A hemorragia digestiva alta (HDA) é uma grave e frequente complicação nas emergências dos
hospitais cursando com elevada morbimortalidade. Sua ocorrência é maior em áreas de baixas
condições socioeconômicas e acarreta um grande impacto econômico para os gestores de saúde. A
maioria dos estudos relacionados ao tema evidencia as úlceras pépticas como a principal causa de
sangramento, porém no Brasil há uma heterogeneidade em relação à causa da HDA, se varicosa ou
não varicosa, tendo em vista que algumas regiões são endêmicas para esquistossomose, sendo
nestes locais a ruptura de varizes esofágicas (VVEE) a principal etiologia. Dois estudos foram
elaborados abordando o tema, em que os pacientes incluídos foram atendidos com HDA no setor de
endoscopia do Hospital da Restauração, referência em hemorragia digestiva em Pernambuco, no
período de outubro de 2008 a outubro de 2009. Foi preenchido formulário padronizado sobre
antecedentes pessoais, dados demográficos, clínicos e realizado endoscopia digestiva alta para
determinação do sítio de sangramento e terapêutica quando necessária. No primeiro estudo, foram
analisadas as características demográficas e clínicas e as causas do sangramento de 385 pacientes
com HDA. Observou-se média de idade de 55,9 anos, sendo 234 (60,8%) do sexo masculino e
maior frequência da faixa etária de 50 a 59 anos (27,3%); 166 (43,1%) eram naturais da Região
Metropolitana do Recife. O consumo de anti-inflamatórios não esteróides (AINES) foi relatado por
167 (43,4%) pacientes, história prévia de hemotransfusão por 182 (47,3%) e doença hepática
crônica (DHC) em 112 (29,1%). Hematêmese esteve presente em 50,4% dos casos. A HDA foi
classificada em não varicosa (41,3%) e varicosa (39,7%) e quanto à etiologia, foi secundária a
VVEE em 38,1% dos casos, a úlcera péptica em 19,5% e não determinada em 19%. Foi observada
uma relação entre o uso de AINES e HDA não varicosa (p<0,001). No segundo estudo, foram
avaliados 178 pacientes portadores de varizes esofagogástricas com HDA. A média de idade foi
53,9 anos, sendo 115 (64,6%) do sexo masculino. A faixa etária mais frequente foi de 50 a 59 anos
(31,5%) e 67 (37,7%) eram naturais de Zona da Mata. Ao exame físico, 58 (32,6%) pacientes
apresentavam ascite. Observou-se que 177 pacientes tinham VVEE e 78 tinham varizes gástricas.
Quanto aos exames solicitados para caracterizar a doença de base, evidenciou-se um valor médio de
albumina de 2,8g/dl, de bilirrubina total 2,2mg/dl e de INR 1,4. A DHC foi definida pelo ultrassom
em cirrose (38), esquistossomose (60) e doença mista (22). Após alta hospitalar, 45/174 pacientes
(25,9%) ficaram em uso de propranolol e 57/174 (32,8%) conseguiram acompanhamento em
ambulatório especializado. Após 3 meses do episódio de HDA, foi constatado relato de
ressangramento em 92/161 (57,1%) pacientes e óbito em 44/161 (27,3%)
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