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Acidentes cirúrgicos na colecistectomia por laparotomia / Bile duct injuries during open cholecystectomy

Neves, Carlos da Costa 10 October 2003 (has links)
Estudos recentes estimam que a maioria das estenoses benignas é de natureza iatrogênica podendo ser evitada. A incidência de lesões graves dos ductos biliares durante a colecistectomia é de aproximadamente 1/300 a 1/500 procedimentos (0,2 a 0,3%). Estas lesões podem resultar em coleperitôneo, fístula biliar, estenose de via biliar ou associação dessas complicações. O objetivo deste trabalho foi de relatar os casos de lesões de vias biliares tratados no Serviço de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Foram estudados retrospectivamente 31 pacientes, de 1990 a 2002, com diagnóstico de lesões de vias biliares pós colecistectomia. 29 pacientes (93,5%) eram do sexo feminino e 2 (6,5%) eram do sexo masculino. A idade variou de 21 a 80 anos com média de 46,6 anos. Pacientes provenientes da capital do Estado de Goiás eram em número de 12 (38,7%) enquanto 19 (61,2%) eram provenientes de outras regiões do país. A colecistectomia foi realizada eletivamente em 24 pacientes (77,4%) enquanto em 7 pacientes (22,5%) foi realizada cirurgia de urgência. A via de acesso através de incisão subcostal foi empregada em 70,9% dos pacientes e a via longitudinal (mediana e paramediana direita) em 29,1%. As principais manifestações clínicas foram icterícia em 87,9% dos pacientes, fístula biliocutânea em 29%, peritonite em 29,0%, colangite em 29% e sepse em 6,4% dos pacientes. A Colangiografia Retrógrada Endoscópica foi o exame mais empregado para o diagnóstico da lesão de via biliar. As lesões dos ductos biliares foram classificadas segundo a classificação proposta por Strasberg. Aproximadamente metade (54,8%) das lesões de vias biliares foram classificadas como Strasberg E3 e E4. A técnica cirúrgica mais utilizada para o tratamento das lesões de vias biliares foi a Hepaticojejunoanastomose, com alça jejunal exclusa em Y de Roux, em 20 (64,5%) pacientes. Os 4 óbitos foram em lesões totais proximais. As lesões parciais evoluíram melhor a longo prazo / Recent studies have estimated that most of the benign biliary stenosis are iatrogenic in nature, and can thus be prevent. The incidence of severe injury to the biliary ducts during a cholecystectomy is of approximately 1/300 to 1/500 procedures (0.2-0.3%). These lesions can result in choleperitoneum, biliary fistula, stenosis of the biliary tract or an association of these complications. The objective of this paper was to report on biliary tract injuries treated at the Surgical Unit of the School of Medicine of the Federal University of Goias. Thirty-one patients with a diagnosis of biliary tract lesions, post cholecistectomy, were studied, retrospectively, from 1990 to 2002. Twenty-nine individuals (93.5%) were female, and two (6.4%), males. Their age ranged from 21 to 80 years (average of 46.6 years).Twelve (38.7%) individuals came from the capital of State of Goias and 19 (61.2%), from other regions. Cholecystectomy was performed as an elective procedure in 24 (77.4%) patients, and 7 (22.5%) underwent emergency surgery. A subcostal incision was used in 70.9% of the cases, while the longitudinal approach was used in 29.1%. The main clinical manifestations were jaundice in 87.9%, cutaneous fistula in 29%, peritonitis in 29%, cholangitis in 29% and sepsis in 6.4% of the patients. The Endoscopic Retrograde Cholangiography was the diagnostic test most frequently ordered. Biliary duct injuries were classified according to the criteria proposed by Strasberg. Aproximately half (54.8%) of the injuries were classified as Strasberg E3 and E4. The most common surgical technique used in the treatment of this condition was a Roux-en-Y hepaticojejunostomy in twenty (64.5%). Four patients with proximal injuries died. Long term followup disclosed better results with partial injuries
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Acidentes cirúrgicos na colecistectomia por laparotomia / Bile duct injuries during open cholecystectomy

Carlos da Costa Neves 10 October 2003 (has links)
Estudos recentes estimam que a maioria das estenoses benignas é de natureza iatrogênica podendo ser evitada. A incidência de lesões graves dos ductos biliares durante a colecistectomia é de aproximadamente 1/300 a 1/500 procedimentos (0,2 a 0,3%). Estas lesões podem resultar em coleperitôneo, fístula biliar, estenose de via biliar ou associação dessas complicações. O objetivo deste trabalho foi de relatar os casos de lesões de vias biliares tratados no Serviço de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Foram estudados retrospectivamente 31 pacientes, de 1990 a 2002, com diagnóstico de lesões de vias biliares pós colecistectomia. 29 pacientes (93,5%) eram do sexo feminino e 2 (6,5%) eram do sexo masculino. A idade variou de 21 a 80 anos com média de 46,6 anos. Pacientes provenientes da capital do Estado de Goiás eram em número de 12 (38,7%) enquanto 19 (61,2%) eram provenientes de outras regiões do país. A colecistectomia foi realizada eletivamente em 24 pacientes (77,4%) enquanto em 7 pacientes (22,5%) foi realizada cirurgia de urgência. A via de acesso através de incisão subcostal foi empregada em 70,9% dos pacientes e a via longitudinal (mediana e paramediana direita) em 29,1%. As principais manifestações clínicas foram icterícia em 87,9% dos pacientes, fístula biliocutânea em 29%, peritonite em 29,0%, colangite em 29% e sepse em 6,4% dos pacientes. A Colangiografia Retrógrada Endoscópica foi o exame mais empregado para o diagnóstico da lesão de via biliar. As lesões dos ductos biliares foram classificadas segundo a classificação proposta por Strasberg. Aproximadamente metade (54,8%) das lesões de vias biliares foram classificadas como Strasberg E3 e E4. A técnica cirúrgica mais utilizada para o tratamento das lesões de vias biliares foi a Hepaticojejunoanastomose, com alça jejunal exclusa em Y de Roux, em 20 (64,5%) pacientes. Os 4 óbitos foram em lesões totais proximais. As lesões parciais evoluíram melhor a longo prazo / Recent studies have estimated that most of the benign biliary stenosis are iatrogenic in nature, and can thus be prevent. The incidence of severe injury to the biliary ducts during a cholecystectomy is of approximately 1/300 to 1/500 procedures (0.2-0.3%). These lesions can result in choleperitoneum, biliary fistula, stenosis of the biliary tract or an association of these complications. The objective of this paper was to report on biliary tract injuries treated at the Surgical Unit of the School of Medicine of the Federal University of Goias. Thirty-one patients with a diagnosis of biliary tract lesions, post cholecistectomy, were studied, retrospectively, from 1990 to 2002. Twenty-nine individuals (93.5%) were female, and two (6.4%), males. Their age ranged from 21 to 80 years (average of 46.6 years).Twelve (38.7%) individuals came from the capital of State of Goias and 19 (61.2%), from other regions. Cholecystectomy was performed as an elective procedure in 24 (77.4%) patients, and 7 (22.5%) underwent emergency surgery. A subcostal incision was used in 70.9% of the cases, while the longitudinal approach was used in 29.1%. The main clinical manifestations were jaundice in 87.9%, cutaneous fistula in 29%, peritonitis in 29%, cholangitis in 29% and sepsis in 6.4% of the patients. The Endoscopic Retrograde Cholangiography was the diagnostic test most frequently ordered. Biliary duct injuries were classified according to the criteria proposed by Strasberg. Aproximately half (54.8%) of the injuries were classified as Strasberg E3 and E4. The most common surgical technique used in the treatment of this condition was a Roux-en-Y hepaticojejunostomy in twenty (64.5%). Four patients with proximal injuries died. Long term followup disclosed better results with partial injuries

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