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Manejo de Dor Neonatal: Contexto Organizacional, Estresse e Coping dos Profissionais de SaúdeMARTINS, S. W. 26 September 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-09-26 / A dor é um evento constante nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) devido à terapêutica necessária à sobrevivência do recém-nascido (RN), tendo consequências para seu desenvolvimento. Nesse ambiente, o manejo da dor pelos profissionais de saúde pode funcionar como mecanismo de proteção ao desenvolvimento do RN. Este manejo depende de fatores ligados ao profissional, como suas crenças sobre o recém-nascido RNPT (RNPT), seu conhecimento sobre as consequências da dor, suas habilidades para avaliação e tratamento no RN, suas estratégias de enfrentamento (coping), além de fatores relacionados à cultura organizacional da UTIN. Este estudo, com enfoque preventivo de riscos ao desenvolvimento infantil, teve por objetivo identificar, descrever e analisar as relações entre as variáveis socioculturais do estresse e enfrentamento no contexto do manejo de dor de RNPT na UTIN pela equipe médica e de Enfermagem, com o propósito de identificar fatores facilitadores e não facilitadores à futura implantação de um protocolo de alívio da dor na UTIN de um hospital público da Serra, ES. Para atingir os objetivos,
quatro etapas foram realizadas para: 1) identificação e análise das concepções sobre o RNPT, a avaliação e o manejo da dor durante a realização de 20 procedimentos invasivos de rotina, utilizando um questionário, especialmente elaborado, aplicado aos 84 profissionais da UTIN; 2) identificação e análise dos níveis de estresse ocupacional pela versão brasileira do Effort-Reward Imbalance (ERI) e as estratégias de enfrentamento pela Escala de Coping Ocupacional (ECO) adaptada para a UTIN, aplicados, individualmente, em 80 profissionais desta amostra; 3) identificação e análise de variáveis da cultura organizacional da UTIN que influenciam o manejo de dor, por meio da aplicação do Diagnóstico Ocupacional (DO) e da Escala de Clima Organizacional para Organizações de Saúde (ECOOS) adaptada para a UTIN em uma subamostra de 25 profissionais de saúde; além de um protocolo de entrevista sobre aspectos da cultura organizacional, especialmente elaborado, aplicado em 15 desses profissionais. Os dados obtidos foram organizados e analisados por estatística descritiva e inferencial. Os resultados evidenciaram a influência do fator organizacional no comportamento do profissional de saúde, em termos de seu engajamento ou não em práticas adequadas e efetivas de assistência ao recém-nascido. Mostraram também a complexidade do trabalho em uma UTIN, alertando para a necessidade de analisar as ações da equipe de saúde em termos das relações entre variáveis do ambiente, do paciente, do profissional e dos familiares. A identificação e análise dessas variáveis poderão subsidiar intervenções mais eficazes, voltadas à assistência humanizada oferecida ao RN, no que se refere ao tratamento da dor.
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