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Intelecto e pessoa: problema da individuação em Santo TomásModesto Benvinda, Nalfran January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / Esta dissertação tem o intuito de mostrar a partir do pensamento de Tomás de Aquino
que o intelecto é fundamento do pensar e do querer do homem individual. O ponto de apoio e
investigação em busca do nosso objetivo será um texto, o De unitate intellectus contra
averroístas, que nosso autor escreve para refutar duas teses do pensamento averroísta, a saber,
a de que o intelecto possível é uma substância separada, sendo assim extrínseco aos elementos
constitutivos do ser do homem e a tese de que o intelecto é único para todos os homens. A
posição de Tomás vai de contra as teses averroístas a partir de um dado da experiência: esse
homem singular pensa [Hic homo singularis intelligit]. Nesse sentido, Tomás, a partir de
Aristóteles, faz toda uma fundamentação de que o intelecto não é separado ao modo como os
averroístas propunham, como também, que o intelecto é múltiplo, sendo numericamente
dividido entre os homens. É a partir da atitude de Tomás que nos posicionamos dizendo que, a
partir de suas teses, temos resguardado o pensar e o querer do homem individual, isto é, da
pessoa humana. Tendo em vista que nossa questão figura no horizonte da antropologia
tomista, questionando em torno de qualidades fundamentais do homem individual,
percorremos um caminho no sentido de aprofundar a antropologia tomista, estabelecendo sua
vinculação com o pensamento sobre o homem em Aristóteles; compreender o problema da
individuação em nosso autor; desenvolver a noção de pessoa até atingir nossa questão central,
quando explicitamos a posição de Tomás diante das teses averroístas. Em suma, nosso autor
conclui que é apenas admitindo que o intelecto é faculdade da alma, que é forma do corpo e
que é numericamente dividido entre os homens, sendo um para cada homem, que podemos
resguardar o pensamento e a liberdade à pessoa. Nosso autor conclui que, não sendo assim,
ficamos destituídos de condições básicas para se fundamentar uma moral, que tem na sua base
a própria liberdade humana
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