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Uso da função pancreática como valor preditivo na recuperação de equinos acometidos por duodeno-jejunite proximal / Pancreatic function used to predict the clinical improvement of horses with duodenitis-proximal jejunitisBetiol, Patricia Stocco 28 January 2011 (has links)
Para determinar o quanto a avaliação pancreática pode ser útil como valor preditivo da recuperação de eqüinos acometidos por duodeno-jejunite proximal (DJP), foram utilizados 17 equinos, sendo cinco animais hígidos como grupo controle e 12 animais atendidos no Hospital de Eqüinos da Faculdade de Medicina Veterinária da USP com diagnóstico clínico de duodeno-jejunite proximal. Após a recepção destes no Serviço de Clínica Médica, foram avaliados seus parâmetros vitais (temperatura interna, freqüências cardíaca e respiratória, movimentos cecais), hidratação; volume de refluxo estomacal e seu pH; e posteriormente foram colhidas amostras de sangue a cada 12 horas até que o quadro clínico se estabilizasse. Deste momento em diante, a avaliação dos animais e colheitas das amostras de sangue ocorreram a cada 24 horas, até o completo restabelecimento destes com o retorno da ingestão de alimento. Foram determinadas as concentrações séricas de amilase; lípase; triglicérides; colesterol, proteína total; albumina e glicose no analisador bioquímico automático Labmax® com o uso de reativos específicos, as concentrações séricas de insulina e glucagon através de radioimunoensaio, e determinadas as proteínas séricas ceruloplasmina; haptoglobina, e proteína C reativa por Eletroforese em gel de poliacrilamida-SDS. A análise estatística indicou diferença entre o grupo controle e o grupo de cavalos com DJP que morreu, para triglicérides (p=0,0032) e entre o grupo controle e o grupo de cavalos com DJP que sobreviveu, para insulina (p=0,0127), colesterol (p=0,0061), amilase (p=0,0471) e lipase (p=0,0011) e; indicou diferenças entre o grupo controle e o grupo que morreu e o grupo que sobreviveu para glucagon (respectivamente p=0,0092 e p=0,0004), para albumina (respectivamente p=0,0244 e p=0,0089) e para haptoglobina (respectivamente p=0,005 e p=0,0014). Já a análise para o grupo que sobreviveu entre os momentos chegada, retirada da sonda e alta (respectivamente M1, M2 e M3) indicou diferenças estatísticas entre o M1 e o M3 para triglicérides (p=0,011), insulina (p= 0,018), frequência cardíaca (FC) (p=0,046) e hematócrito (p=0,008), e diferenças entre o M1 e o M2 para insulina (p= 0,018) e para o hematócrito (p=0,003). A avaliação estatística entre o grupo de cavalos que morreu e que sobreviveu nos momentos M1, M2, M3 e M4 (respectivamente 0, 12, 24 e 36 horas após a chegada no hospital) indicou diferenças para triglicérides no M2 (p=0,0338), para glucagon nos quatro momentos com p variando de p=0,0142 a 0,0402, para frequência respiratória no M2 (p=0,0272), para FC nos quatro momentos com p variando de p=0,0138 a 0,0415, e para hematócrito em M1 (p=0,0298); M2 (p=0,0182) e M3 (p=0,0402). Os resultados sugerem que os animais com DJP estavam em balanço energético negativo acentuado, pois, os valores de triglicérides e glucagon encontraram-se significativamente alterados nestes animais. O aumento de haptoglobina, nos animais com DJP, dos dois grupos avaliados em relação ao grupo controle, sugere que esta é uma proteína de fase aguda importante para ser acompanhada nos animais com DJP. Em contrapartida, as proteínas ceruloplasmina e proteína C reativa não apresentaram diferenças estatísticas, portanto, o processo da DJP parece não influenciar as suas concentrações de forma significativa. Durante a pesquisa, houve grande variação dos valores de FC e hematócrito nos animais do grupo que morreu e do grupo que sobreviveu, sugerindo que estes parâmetros sejam de grande importância para serem avaliados no transcorrer da doença. Concluiu-se, através dos exames laboratoriais realizados, que a função pancreática não pode ser usada como valor preditivo da recuperação de cavalos com DJP, que os valores de hematócrito e frequência cardíaca são de fundamental importância no acompanhamento da evolução e da melhora clínica dos cavalos com essa doença e, que dentre as proteínas de fase aguda avaliadas (ceruloplasmina, proteína C reativa e haptoglobina), apenas a haptoglobina aumentou significativamente nos cavalos com DJP. / Seventeen horses were evaluated to confirm if the pancreatic function could be used to predict the clinical improvement of horses with duodenitis-proximal jejunitis (DPJ). Of the 17 horses in this study, 5 were used as control group and the other 12 were admitted to the Veterinary Hospital of the University of São Paulo with DPJ. Sample collected for horses with DPJ included physical examination (heart rate, respiratory rate, rectal temperature), hydration, volume, color and pH analysis of nasogastric reflux (NGR). The blood of horses was collected on the admission at the hospital and each 12 hours until the normalization of physical parameters and at the end of NGR, at this time the blood and physical examination were made each 24 hours until the time the time animals were allowed to eat. Samples of 12 horses with DPJ were collected for amylasis, lipasis, triglycerides, cholesterol, total serum protein, albumin, and glucose analysis by Labmax® automatic biochemistry analyzer. The insulin, glucagon and trypsin concentrations were determined by radioimmunoassay. And the serum acute phase proteins concentrations of: cerulopasmin, haptoglobin and C reactive protein were determined by SDS polyacrilamide gel electrophoresis. The statistical analysis showed differences between the control group (in fast) and the horses that have died for triglycerides (p=0,0032). And differences between the control group and the horses that have survived for insulin (p=0,0127), cholesterol, (p=0,0061), amylasis (p=0,0471) and lipasis (p=0,0011). The statistical analysis showed differences between the control group (in fast) and both groups of horses that have died and horses that survived for glucagon (p=0,0092 and p=0,0004, respectively), for albumin (p=0,0244 e p=0,0089, respectively) and for haptoglobin (p=0,005 and p=0,0014, respectively). The statistical analysis between moments: at the time of admission at the hospital (M1), at the time ending of the nasogastric reflux (M2) and at the time animals returned to eat (M3), in survived horses, showed differences between M1 and M3 for triglycerides (p=0,011), insulin (p=0,018), heart rate (HR) (p=0,046) and hematocrit (p=0,008). And we found differences between M1 and M2 for insulin (p= 0,018) and hematocrit (p=0,003). The analysis on the admission at the hospital (M1), 12 (M2), 24 (M3) and 36 (M4) hours after that, between horses that have died and horses that have survived showed differences in M2 for triglycerides (p=0,0338), for glucagon in M1 to M4 with the p value varied from p=0,0142 to 0,0402. We found differences in M2 for respiratory rate (p=0,0272), differences for HR in M1 to M4 with the p value varied from p=0,0138 to 0,0415 and differences in M1 (p=0,0298); M2 (p=0,0182) and M3 (p=0,0402) for hematocrit. Because of the significant disturbance of triglycerides and glucagon values we assumed that the animals with DPJ were in severe negative energy balance. The increased values of haptoglobin suggest that there is an important acute phase protein to observe during the DPJ process. But, the DPJ do not appear to significatively alter ceruloplasmin and C reactive protein concentrations. During the trial, there were considerable HR and hematocrit variations in both animals with DPJ that have died and that have survived. That fact made us believe that those are very important parameters to evaluate during the DPJ disease. We concluded that the pancreatic function couldn\'t be used to predict the clinical improvement of horses with DPJ, that the HR and hematocrit are very important data to follow during the disease, and just the haptoglobin values increased in horses with DPJ.
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Uso da função pancreática como valor preditivo na recuperação de equinos acometidos por duodeno-jejunite proximal / Pancreatic function used to predict the clinical improvement of horses with duodenitis-proximal jejunitisPatricia Stocco Betiol 28 January 2011 (has links)
Para determinar o quanto a avaliação pancreática pode ser útil como valor preditivo da recuperação de eqüinos acometidos por duodeno-jejunite proximal (DJP), foram utilizados 17 equinos, sendo cinco animais hígidos como grupo controle e 12 animais atendidos no Hospital de Eqüinos da Faculdade de Medicina Veterinária da USP com diagnóstico clínico de duodeno-jejunite proximal. Após a recepção destes no Serviço de Clínica Médica, foram avaliados seus parâmetros vitais (temperatura interna, freqüências cardíaca e respiratória, movimentos cecais), hidratação; volume de refluxo estomacal e seu pH; e posteriormente foram colhidas amostras de sangue a cada 12 horas até que o quadro clínico se estabilizasse. Deste momento em diante, a avaliação dos animais e colheitas das amostras de sangue ocorreram a cada 24 horas, até o completo restabelecimento destes com o retorno da ingestão de alimento. Foram determinadas as concentrações séricas de amilase; lípase; triglicérides; colesterol, proteína total; albumina e glicose no analisador bioquímico automático Labmax® com o uso de reativos específicos, as concentrações séricas de insulina e glucagon através de radioimunoensaio, e determinadas as proteínas séricas ceruloplasmina; haptoglobina, e proteína C reativa por Eletroforese em gel de poliacrilamida-SDS. A análise estatística indicou diferença entre o grupo controle e o grupo de cavalos com DJP que morreu, para triglicérides (p=0,0032) e entre o grupo controle e o grupo de cavalos com DJP que sobreviveu, para insulina (p=0,0127), colesterol (p=0,0061), amilase (p=0,0471) e lipase (p=0,0011) e; indicou diferenças entre o grupo controle e o grupo que morreu e o grupo que sobreviveu para glucagon (respectivamente p=0,0092 e p=0,0004), para albumina (respectivamente p=0,0244 e p=0,0089) e para haptoglobina (respectivamente p=0,005 e p=0,0014). Já a análise para o grupo que sobreviveu entre os momentos chegada, retirada da sonda e alta (respectivamente M1, M2 e M3) indicou diferenças estatísticas entre o M1 e o M3 para triglicérides (p=0,011), insulina (p= 0,018), frequência cardíaca (FC) (p=0,046) e hematócrito (p=0,008), e diferenças entre o M1 e o M2 para insulina (p= 0,018) e para o hematócrito (p=0,003). A avaliação estatística entre o grupo de cavalos que morreu e que sobreviveu nos momentos M1, M2, M3 e M4 (respectivamente 0, 12, 24 e 36 horas após a chegada no hospital) indicou diferenças para triglicérides no M2 (p=0,0338), para glucagon nos quatro momentos com p variando de p=0,0142 a 0,0402, para frequência respiratória no M2 (p=0,0272), para FC nos quatro momentos com p variando de p=0,0138 a 0,0415, e para hematócrito em M1 (p=0,0298); M2 (p=0,0182) e M3 (p=0,0402). Os resultados sugerem que os animais com DJP estavam em balanço energético negativo acentuado, pois, os valores de triglicérides e glucagon encontraram-se significativamente alterados nestes animais. O aumento de haptoglobina, nos animais com DJP, dos dois grupos avaliados em relação ao grupo controle, sugere que esta é uma proteína de fase aguda importante para ser acompanhada nos animais com DJP. Em contrapartida, as proteínas ceruloplasmina e proteína C reativa não apresentaram diferenças estatísticas, portanto, o processo da DJP parece não influenciar as suas concentrações de forma significativa. Durante a pesquisa, houve grande variação dos valores de FC e hematócrito nos animais do grupo que morreu e do grupo que sobreviveu, sugerindo que estes parâmetros sejam de grande importância para serem avaliados no transcorrer da doença. Concluiu-se, através dos exames laboratoriais realizados, que a função pancreática não pode ser usada como valor preditivo da recuperação de cavalos com DJP, que os valores de hematócrito e frequência cardíaca são de fundamental importância no acompanhamento da evolução e da melhora clínica dos cavalos com essa doença e, que dentre as proteínas de fase aguda avaliadas (ceruloplasmina, proteína C reativa e haptoglobina), apenas a haptoglobina aumentou significativamente nos cavalos com DJP. / Seventeen horses were evaluated to confirm if the pancreatic function could be used to predict the clinical improvement of horses with duodenitis-proximal jejunitis (DPJ). Of the 17 horses in this study, 5 were used as control group and the other 12 were admitted to the Veterinary Hospital of the University of São Paulo with DPJ. Sample collected for horses with DPJ included physical examination (heart rate, respiratory rate, rectal temperature), hydration, volume, color and pH analysis of nasogastric reflux (NGR). The blood of horses was collected on the admission at the hospital and each 12 hours until the normalization of physical parameters and at the end of NGR, at this time the blood and physical examination were made each 24 hours until the time the time animals were allowed to eat. Samples of 12 horses with DPJ were collected for amylasis, lipasis, triglycerides, cholesterol, total serum protein, albumin, and glucose analysis by Labmax® automatic biochemistry analyzer. The insulin, glucagon and trypsin concentrations were determined by radioimmunoassay. And the serum acute phase proteins concentrations of: cerulopasmin, haptoglobin and C reactive protein were determined by SDS polyacrilamide gel electrophoresis. The statistical analysis showed differences between the control group (in fast) and the horses that have died for triglycerides (p=0,0032). And differences between the control group and the horses that have survived for insulin (p=0,0127), cholesterol, (p=0,0061), amylasis (p=0,0471) and lipasis (p=0,0011). The statistical analysis showed differences between the control group (in fast) and both groups of horses that have died and horses that survived for glucagon (p=0,0092 and p=0,0004, respectively), for albumin (p=0,0244 e p=0,0089, respectively) and for haptoglobin (p=0,005 and p=0,0014, respectively). The statistical analysis between moments: at the time of admission at the hospital (M1), at the time ending of the nasogastric reflux (M2) and at the time animals returned to eat (M3), in survived horses, showed differences between M1 and M3 for triglycerides (p=0,011), insulin (p=0,018), heart rate (HR) (p=0,046) and hematocrit (p=0,008). And we found differences between M1 and M2 for insulin (p= 0,018) and hematocrit (p=0,003). The analysis on the admission at the hospital (M1), 12 (M2), 24 (M3) and 36 (M4) hours after that, between horses that have died and horses that have survived showed differences in M2 for triglycerides (p=0,0338), for glucagon in M1 to M4 with the p value varied from p=0,0142 to 0,0402. We found differences in M2 for respiratory rate (p=0,0272), differences for HR in M1 to M4 with the p value varied from p=0,0138 to 0,0415 and differences in M1 (p=0,0298); M2 (p=0,0182) and M3 (p=0,0402) for hematocrit. Because of the significant disturbance of triglycerides and glucagon values we assumed that the animals with DPJ were in severe negative energy balance. The increased values of haptoglobin suggest that there is an important acute phase protein to observe during the DPJ process. But, the DPJ do not appear to significatively alter ceruloplasmin and C reactive protein concentrations. During the trial, there were considerable HR and hematocrit variations in both animals with DPJ that have died and that have survived. That fact made us believe that those are very important parameters to evaluate during the DPJ disease. We concluded that the pancreatic function couldn\'t be used to predict the clinical improvement of horses with DPJ, that the HR and hematocrit are very important data to follow during the disease, and just the haptoglobin values increased in horses with DPJ.
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