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Planejamento para a conservação de plantas ameaçadas no cerrado brasileiro / Conservation planning of threatened plants in the brazilian cerradoMonteiro, Lara de Macedo 15 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-15 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Earth is facing the highest species' extinction rates of its history, and humans are the major stressar. Adding up to this biodiversity crisis, species-rich areas, which also coincide with areas highly transformed by humans (e.g. biodiversity hotspots), are poorly covered by protected areas. ln Brazil this reality is not different. Responsible for harbouring a third of all plant species already classified under a threat category (n= 645), the Brazilian Cerrado has only 8.3% of its area legally protected. ln this biorne, the campos rupestres, a mountaintop grassland ecosystem, stands out for its high number of threatened species currently underrepresented in conservation strategies. ln chapter 1, we aimed at indicating priority areas to secure protection of the threatened plant species from the southern Espinhaço mountains, a region that encampasses large areas of campos rupestres. We found that it is possible to protect, on average, more than 25% of the threatened species' ranges, avoiding sites with extensive use for farming and mining and favouring areas with intensive fire frequency by constraining the management to a relatively small area of only 17% of the region. Conservation plans such as these proposed for campos rupestres represent important opportunities to fulfil the gap existent between research and implementation. However, we do not rule out the need for increasing sophisticated tools that account for the consequences of complex processes threatening biodiversity in the near future ( e.g. clima te change and deforestation) and especially the need for predictive and realistic conservation strategies that anticipate and mitigate their negative effects. Unfortunately, until now we have been relying species protection to a residual system of PAs that provide minimal conservation impact. Thus, in chapter 2 we aimed to select spatial conservation priorites that minimize the risk of deforestation while retaining sites with high plant biodiversity value threatened from climate change in the Brazilian Cerrado. We simulated two ways of spacing out priorities for conservation actions ("time-step action" and "acting now''), and two methods of setting priorities: one that minimizes expected habitat conversion and prioritizes high valuable sites to plant biodiversity at risk from climate change (maximum conservation impact) and another that prioritizes sites based only on their value for plant biodiversity at risk from climate change, regardless their vulnerability to land conversion ("usual approach''). We found that although the scenarios that maximize conservation impact avoided higher amounts of vegetation loss, they prevented least species' range loss. Moreover, the acting now scenarios always performed better in terms of range loss avoided compared to the time-step scenarios under the sarne method of prioritization. Finally, we believe that planning for vegetation loss avoidance is a more conservative strategy because vegetation information is less subjective to any source of bias and is a better surrogate for general biodiversity. We also recommend that acting as soon as possible is always the best strategy to guarantee biodiversity conservation in the Cerrado. / A Terra vem enfrentando as maiores taxas de extinção de espécies de sua história, e os humanos são a maior causa disso. Além da crise de biodiversidade, áreas ricas em espécies, que, por sua vez, coincidem com locais sob alta influência de atividades humanas (ex: hotspots de biodiversidade), são pouco representadas por Unidades de Conservação. No Brasil, essa realidade não é diferente. Responsável por abrigar um terço de todas as espécies de plantas já classificadas sob uma das categorias de ameaça (n=645), o Cerrado brasileiro possui somente 8.3% de sua área legalmente protegida. Nesse biorna, o ecossistema de campos rupestres destaca-se pelo seu alto número de espécies ameaçadas atualmente subrepresentadas em estratégias de conservação. No capítulo 1, nosso objetivo foi indicar áreas prioritárias para assegurar a proteção de espécies ameaçadas de plantas da Serra do Espinhaço Meridional, uma região que abrange grandes trechos de campos rupestres. Nós encontramos que é possível proteger, em média, mais de 25% da distribuição das espécies ameaçadas restringindo o manejo a uma área relativamente pequena de apenas 17% da região e evitando locais de uso extensivo do solo para agropecuária e mineração e favorecendo locais com alta ocorrência de queimadas. Planos de conservação como esse proposto para campos rupestres representam importantes oportunidades para preencher a lacuna existente entre pesquisa e implementação. No entanto, nós não descartamos a necessidade de ferramentas mais sofisticadas que considerem as consequências dos complexos processos que ameaçam a biodiversidade em um futuro próximo ( ex: mudanças climáticas e desmatamento) e, especialmente, a necessidade de estratégias de conservação preditivas e realistas que antecipem e mitiguem seus efeitos negativos. Infelizmente, até agora a proteção das espécies tem se restringido a um sistema residual de unidades de conservação de baixo impacto para a conservação. Portanto, no capítulo 2 nosso objetivo foi selecionar espacialmente locais de alto valor para a biodiversidade de plantas ameaçadas em um cenário de mudanças climáticas e ao mesmo tempo minimizar o risco de conversão da vegetação desses locais. Nós simulamos duas formas de particionar as ações de conservação ("ação em intervalos de tempo" e "agir agora") e dois métodos de estabelecer prioridades: um que minimiza a conversão de hábitat esperada e prioriza locais altamente importantes para a biodiversidade de plantas ameaçadas em um cenário de mudanças climáticas ("máximo impacto da conservação") e outro que prioriza locais baseando-se somente no seu valor para a biodiversidade de plantas ameaçadas em um cenário de mudanças climáticas, independentemente de sua vulnerabilidade ao desmatamento ("abordagem habitual''). Nós encontramos que, embora os cenários que maximizem o impacto da conservação tenham evitado maiores perdas de vegetação, eles evitaram uma menor perda no tamanho médio da distribuição das espécies comparado às abordagens habituais. Além disso, constatamos que os cenários "agir agora" tiveram um melhor desempenho em termos de perda de distribuição evitada comparado aos cenários de implementação sequencial de ações considerando um mesmo método de priorização. Finalmente, nós acreditamos que planejar para evitar perda de vegetação é uma estratégia mais segura, porque a informação sobre vegetação é menos sujeita a qualquer viés e é um melhor indicador para biodiversidade em geral. Também recomendamos que agir o quanto antes é sempre a melhor estratégia para garantir a conservação da biodiversidade no Cerrado.
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