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AS MEDIAÇÕES DO DIREITO À EDUCAÇÃO BÁSICA E PROFISSIONAL NA REDE FEDERAL: INSERÇÃO E PERMANÊNCIA NO CURSO PROEJA DE EDIFICAÇÕES DO IFES-CAMPUS VITÓRIA 2010-2014NUNES, R. F. 03 July 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-07-03 / A presente investigação situa-se na confluência dos campos da Educação de Jovens e Adultos e do Trabalho e Educação, e tem como objeto de estudo o Curso Proeja de Edificações do Ifes campus Vitória no período de 2010 a 2014. O intuito desse trabalho é problematizar a permanência escolar dos sujeitos do Proeja na perspectiva do materialismo histórico dialético. A abordagem metodológica constituiu-se de cunho qualitativo organizado a partir de entrevistas semi-estruturadas com os sujeitos da EJA, mas também abordou aspectos quantitativos da oferta do Proeja informado por fontes documentais. Do ponto de vista da evolução das matrículas, o Proeja vem sofrendo um processo de esvaziamento e não consolidação como afirma Vitorette (2014), o que sinaliza que esta política vem sendo preterida em função de outras como o PRONATEC. Consideramos o Proeja uma política pública que se insere no contexto de lutas sociais onde a inserção e a permanência escolar se manifestam como resistência da classe trabalhadora. Neste processo, as mediações socioeconômica e educacional-cultural apresentam-se como campos complexos de interesses em conflito que apesar das dificuldades possibilitam aos sujeitos da EJA permanecerem na instituição de ensino. A assistência estudantil representou um importante elemento da mediação ao atuar no atendimento ao aluno. A relação professor-aluno a despeito dos conflitos está se constituindo no diálogo possibilitando superação de rígida hierarquia e viabilizando o processo ensino-aprendizagem. A família, a experiência de vida e a trajetória escolar deste público no retorno à escola mostraram-se elementos potencializadores da permanência escolar, pois constituíram-se em forças de superação. Como política conciliatória de classe, o Proeja sofre o limite estrutural do sistema capitalista, onde se pode até alcançar a emancipação política, mas isso não significa alcançar a emancipação humana.
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