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Estudo do metabolismo energético de embriões bovinos produzidos in vitro e sua relação com cinética embrionáriaSoares, Carlos Alexandre January 2014 (has links)
Orientadora: Profa. Dra. Marcella Pecora Milazzotto / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Biotecnociência, 2014. / Atualmente, diversas tecnologias vêm sendo exploradas e têm sido sugeridas
para evidenciar diferenças metabólicas entre embriões que resultem na identificação
daqueles mais aptos a gerarem prenhes. Na produção in vitro de embriões bovinos
podemos observar diferentes velocidades de desenvolvimento embrionário que
apresentam características diferencias em relação ao metabolismo energético, o que se
reflete na viabilidade destes embriões. Além disso, por se desenvolverem
diferencialmente e apresentarem características metabólicas diferentes, esses embriões
também poderão secretar e consumir diferencialmente moléculas no meio de cultivo que
serviriam como biomarcadores da viabilidade embrionária. O objetivo principal deste
trabalho foi é a identificação de biomarcadores relacionados ao metabolismo energético e
sua possível relação com a qualidade embrionária. Para isso, embriões foram
classificados, de acordo com sua cinética de clivagem, em embriões rápidos (4 ou mais
células) e embriões lentos (2 ou 3 células) às 22 horas após o início do cultivo in vitro
(40hpi). Desta forma, foi gerado dois grupos (rápido e lento) que foram avaliados nos
estágios de clivagem (40hpi), mórula (96hpi) e blastocisto (168hpi). Em cada momento
de análise os grupos foram avaliados em relação a quantidade de glicose, piruvato, lactato
e glutamato no meio de cultivo, quantidade de glicogênio intracelular e expressão dos
genes candidatos GLUT1, GLUT3, G6PD e GSK3. Como resultado embriões dos grupos
rápido e lento variaram em relação ao consumo de glutamato, piruvato e glicose no meio
de cultivo, sugerindo uma maior atividade metabólica dos embriões do grupo rápido. O
estoque de glicogênio, apesar de similar entre os grupos nas fases de clivagem e mórula,
na fase de blastocisto apenas embriões do grupo lento o apresentaram. Embriões de
desenvolvimento rápido e lento apresentam diferenças em relação ao padrão de expressão
de genes relacionados ao metabolismo energético em algumas das fases analisadas. De
acordo com os dados obtidos, nenhum dos metabolitos parece ser um biomarcador que
reflita relação com a qualidade embrionária. No entanto, os padrões encontrados
associados com dados de expressão gênica obtidos pelo nosso grupo sugerem que
embriões lentos são mais próximos do que seria o padrão in vivo.
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