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Padrões estruturais de florestas montanas sob influência de um empreendimento hidrelétrico no sul do BrasilUrruth, Leonardo Marques 23 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Nenhuma / Fatores topográficos afetam as comunidades vegetais em diferentes escalas espaciais agindo como filtros para a distribuição e abundância das espécies. Essa influência é proeminente em ecossistemas montanos. No sul do Brasil as encostas íngremes dos rios da bacia hidrográfica do rio Pelotas abrigam importantes remanescentes florestais montanos, apesar da pressão antrópica histórica exercida pela extração madeireira, agropecuária, silvicultura e nas últimas décadas, principalmente pela exploração hidrelétrica. O represamento de rios é um dos mais proeminentes impactos aos ecossistemas de água doce, com reflexos sobre a vegetação ripária. A construção de reservatórios hidrelétricos em rios montanos com vales estreitos como aqueles da bacia hidrográfica do rio Pelotas causa a elevação artificial do nível e do lençol freático podendo afetar a vegetação ripária situada acima do novo nível dos rios. Portanto são esperadas diferenças estruturais entre florestas de encosta que margeiam reservatórios hidrelétricos e áreas controle. Este estudo foi desenvolvido em florestas de encosta de três tributários do rio Pelotas, em Campo Belo do Sul, SC. Foram instaladas 90 unidades amostrais (0,9 ha) em encostas que margeiam o reservatório da UHE Barra Grande e em encostas controle. Foram amostradas todas as árvores e arbustos vivos com DAP ≥ 5 cm. O desenho amostral permitiu comparar a heterogeneidade topográfica, a estrutura florestal e a composição de espécies (separadamente) entre rios, e em cada um deles o tratamento efeito da barragem através de análises de variância uni e multivariadas. Também foi utilizada uma análise de espécies indicadoras para determinar as espécies mais afins a cada encosta. A riqueza de espécies foi comparada por meio de curvas de rarefação baseadas na amostra. Neste trabalho foi utilizado o conceito de número efetivo de espécies (diversidade verdadeira) para calcular a diversidade de árvores. Foram amostradas 1233 árvores de 87 espécies e 40 famílias. As análises estatísticas revelaram heterogeneidade topográfica entre as encostas, que se refletiu na estrutura florestal e na composição de espécies. Essas diferenças também foram observadas em cada um dos rios para o tratamento efeito da barragem. Riqueza e diversidade de espécies se mostraram relativamente homogêneas. Os resultados corroboram o papel da heterogeneidade ambiental na estruturação das comunidades. As diferenças estruturais e em composição de espécies observadas para o tratamento efeito da barragem sugerem efeitos sobre a vegetação. Por outro lado, múltiplos fatores podem ter relações causais com essas diferenças, e, portanto, são necessários estudos complementares. / Plant communities are affected by topography in different spatial scales, acting as an environmental filter to species distribution and abundance. This influence is prominent in montane ecosystems. In southern Brazil, steep slopes of the Pelotas river watershed has important montane forest remnants, despite the pressure exerted by anthropic historical logging, agriculture, forestry, and in recent decades, hydroelectric exploitation. The damming of rivers is one of the most prominent impacts on freshwater ecosystems, with impacts on the riparian vegetation. The hydroelectric reservoir construction in a montane river with narrow valleys like those of the Pelotas river watershed causes the artificial increase of river water level and the groundwater affecting the riparian vegetation located above the new level of rivers. So, are expected structural differences between slope forest bordering Barra Grande hydroelectric reservoir and control areas. This study was carried out in slope forests of the three tributaries of Pelotas river in Campo Belo do Sul, SC. Were installed 90 sample plots (0.9 ha) on slope forests bordering the reservoir and control areas. We sampled all trees and shrubs alive with DBH ≥ 5 cm. The sample design allowed us to compare topography, forest structure and species composition (separately) between rivers, and the effect of the dam treatment through univariate and multivariate analysis of variance. It was also used an indicator species analysis to determine indicator species to each slope. Species richness was compared using rarefaction curves based on the sample. In this study we used the concept of effective number of species (true diversity) to calculate trees diversity. We sampled 1233 trees of 87 species and 40 families. Statistical analysis revealed topographic heterogeneity among the slopes, which was reflected in forest structure and species composition. These differences were also observed in each of the rivers for the effect of the dam treatment. Richness and true diversity proved relatively homogeneous. Our results support the role of environmental heterogeneity on forest communities. The forest structure and species composition differences observed for the effect of the dam treatment suggest effects on vegetation. On the other hand, multiple factors may have causal relationships with these differences, and therefore further studies are needed.
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