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Economia de escala e substituição de fatores na produção de soja no Brasil / Economies of scale and factor substitution in the brazilian soybean productionConte, Luciane 06 October 2006 (has links)
Este estudo tem a finalidade de estimar uma função de custo transcendental logarítmica para a atividade de produção de soja, e através dela determinar o tamanho ótimo da atividade de produção de soja, a fim de inferir sobre a existência, ou não, de economias de escala no setor. Adicionalmente, objetiva-se a caracterização sócio-econômica dos produtores de soja pesquisados e a análise das possibilidades de substituição dos recursos no processo produtivo da atividade. O referencial teórico do estudo é a teoria da dualidade da função custo e da função de produção. Os dados utilizados para a análise são de corte transversal, obtidos a partir de uma pesquisa de campo, realizada de agosto a dezembro de 2005, em uma amostra de 218 (duzentos e dezoito) produtores de soja nos cinco principais estados produtores do país: Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul. A amostra representa as realidades regionais, com o predomínio de produtores com pequenas propriedades nos estados da região Sul do país e produtores com propriedades maiores no Centro-Oeste brasileiro. As elasticidades-preço cruzadas mostraram que há complementaridade entre os fatores mão-de-obra e capital. As elasticidades de substituição parcial de Allen indicaram substituição entre a maior parte dos fatores de produção. Houve uma forte relação de complementaridade entre os fatores capital e mão-de-obra e de substituição entre os fatores químicos e mão-de-obra. Na classificação de Morishima, capital e mão-de-obra são complementares quando o preço de capital varia, e substitutos quando varia o preço do fator mão-de-obra. As estimativas de economias de escala obtidas apontam uma escala ótima de produção de aproximadamente 11.880 toneladas de soja em grão, que pode ser obtida em propriedades com aproximadamente 4.000 hectares de área de produção de soja. Os resultados empíricos obtidos neste trabalho sugerem que as economias de escala estejam determinando uma nova configuração para o setor de produção de soja no Brasil. No entanto, algumas características da pequena produção podem minimizar a importância dessas economias e estão sendo determinantes para a manutenção da produção em pequena escala na região Sul do país, no curto prazo. / The main objective of this paper is to estimate a translog cost function for the soybean production activity in Brazil, to infer about the existence of scale economies in the sector. We use cross-section data obtained through a field research undertake during the period of September to December 2004, in a sample of 218 soybean-producing units in the main producer states in Brazil. The paper also addresses a socio-economic characterization of the surveyed units and analyses substitution possibilities between inputs. The sample reflects regional detail of production structure, with smaller producers concentrated in Southern Brazil and larger producers concentrate in the Center-West region. The elasticities of derived demand showed complementary relation between labor and capital. The Allen partial elasticities of substitution show substitution between most of the production inputs. Capital and labor are complements and chemical and labor are substitutes. In terms of Morishima elasticity of substitution capital and labor are complements when capital price varies and they are substitutes when labor price varies. The economies of scale estimates point to an optimal scale of production around 12 thousand ton that could be produced in an area with approximately 4,000 hectares. The results suggest that the presence of scale economies could be determining a new production structure for the sector in Brazil. And finally, the evidence found also suggests that some aspects of the small production system work to reduce the importance of these scale economies, and are determinant to keep the small-scale operations in the traditional regions in the short run.
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Economia de escala e substituição de fatores na produção de soja no Brasil / Economies of scale and factor substitution in the brazilian soybean productionLuciane Conte 06 October 2006 (has links)
Este estudo tem a finalidade de estimar uma função de custo transcendental logarítmica para a atividade de produção de soja, e através dela determinar o tamanho ótimo da atividade de produção de soja, a fim de inferir sobre a existência, ou não, de economias de escala no setor. Adicionalmente, objetiva-se a caracterização sócio-econômica dos produtores de soja pesquisados e a análise das possibilidades de substituição dos recursos no processo produtivo da atividade. O referencial teórico do estudo é a teoria da dualidade da função custo e da função de produção. Os dados utilizados para a análise são de corte transversal, obtidos a partir de uma pesquisa de campo, realizada de agosto a dezembro de 2005, em uma amostra de 218 (duzentos e dezoito) produtores de soja nos cinco principais estados produtores do país: Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul. A amostra representa as realidades regionais, com o predomínio de produtores com pequenas propriedades nos estados da região Sul do país e produtores com propriedades maiores no Centro-Oeste brasileiro. As elasticidades-preço cruzadas mostraram que há complementaridade entre os fatores mão-de-obra e capital. As elasticidades de substituição parcial de Allen indicaram substituição entre a maior parte dos fatores de produção. Houve uma forte relação de complementaridade entre os fatores capital e mão-de-obra e de substituição entre os fatores químicos e mão-de-obra. Na classificação de Morishima, capital e mão-de-obra são complementares quando o preço de capital varia, e substitutos quando varia o preço do fator mão-de-obra. As estimativas de economias de escala obtidas apontam uma escala ótima de produção de aproximadamente 11.880 toneladas de soja em grão, que pode ser obtida em propriedades com aproximadamente 4.000 hectares de área de produção de soja. Os resultados empíricos obtidos neste trabalho sugerem que as economias de escala estejam determinando uma nova configuração para o setor de produção de soja no Brasil. No entanto, algumas características da pequena produção podem minimizar a importância dessas economias e estão sendo determinantes para a manutenção da produção em pequena escala na região Sul do país, no curto prazo. / The main objective of this paper is to estimate a translog cost function for the soybean production activity in Brazil, to infer about the existence of scale economies in the sector. We use cross-section data obtained through a field research undertake during the period of September to December 2004, in a sample of 218 soybean-producing units in the main producer states in Brazil. The paper also addresses a socio-economic characterization of the surveyed units and analyses substitution possibilities between inputs. The sample reflects regional detail of production structure, with smaller producers concentrated in Southern Brazil and larger producers concentrate in the Center-West region. The elasticities of derived demand showed complementary relation between labor and capital. The Allen partial elasticities of substitution show substitution between most of the production inputs. Capital and labor are complements and chemical and labor are substitutes. In terms of Morishima elasticity of substitution capital and labor are complements when capital price varies and they are substitutes when labor price varies. The economies of scale estimates point to an optimal scale of production around 12 thousand ton that could be produced in an area with approximately 4,000 hectares. The results suggest that the presence of scale economies could be determining a new production structure for the sector in Brazil. And finally, the evidence found also suggests that some aspects of the small production system work to reduce the importance of these scale economies, and are determinant to keep the small-scale operations in the traditional regions in the short run.
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