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Ambientes restauradores : uma retomada do urbano / Urban restorative environments : a retakeReifschneider, Elisa Dias Becker 03 March 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, 2016. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2016-04-15T15:25:06Z
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2016_ElisaDiasBeckerReifschneider.pdf: 18597138 bytes, checksum: ebda687dfcd0a9662650abc5af2bae42 (MD5) / Esta pesquisa aborda ambientes físicos que exercem um papel de restauro das capacidades cognitivas e emocionais desgastadas no dia-a-dia. Em comparação com cenários naturais foram investigados edifícios espelhados, edifícios de arquitetura não convencional e fachadas com murais de grafite. Investigou-se: se estes três elementos são percebidos como distintos dos demais elementos da cidade e como são classificados (Estudo 1: tarefa de classificação de imagens); quais são os perfis de restauro potencial percebido para estes ambientes (Estudo 2: diferencial semântico); e de que maneira o restauro promovido pela visualização de edifícios escultóricos (um subconjunto dos edifícios de arquitetura não convencional) e edifícios espelhados se compara com o restauro promovido por cenários de natureza, em ambos os casos após a indução de um estresse agudo (Estudo 3: experimento). O primeiro estudo (n=152) evidenciou que há critérios formais de agrupamento compartilhados entre participantes, os três elementos de interesse compõem grupos distintos e agrupamentos gerados por leigos e por pessoas com treino em arte diferem. O segundo estudo (n=125) evidenciou que natureza é o ambiente mais preferido (54,4%) e é percebido como mais restaurador. Edifícios de vidro espelhado são percebidos como majoritariamente neutros e edifícios de arquitetura não convencional e cenários de grafite são grupos intermediários. O perfil de restauro percebido é diferente para leigos e participantes com treino em artes em relação à subtipos de cenários urbanos, mas não em relação à natureza. O terceiro estudo (n=40) evidenciou que não há diferenças de restauro entre as condições de visualização de fotos de natureza, arquitetura escultórica e vidro espelhado no que diz respeito à recuperação fisiológica (atividade eletrodérmica e pressão arterial sistólica) e recuperação atencional. Foi observada uma diferença entre os grupos na percepção subjetiva de estresse: a percepção de relaxamento foi menor para integrantes do grupo de visualização de edifícios de vidro espelhado. A principal contribuição desta pesquisa é a observação de que há um alto potencial restaurador em ambientes urbanos bem cuidados e com projetos arquitetônicos que valorizam elementos como linhas curvas, orgânicas, flúidas, complexas porém harmônicas, a presença de nichos e a integração com elementos naturais e de água. O grafite apresenta ainda um perfil de restauro promissor e deve ser investigado em pesquisas futuras. Concluímos que: não é possível tratar cenários urbanos como um grupo homogêneo; é preciso estudar as diferenças de cenário levando-se em consideração sua complexidade; há diferenças na classificação e percepção de potencial restaurador de ambientes urbanos entre pessoas que possuem treino na área de artes e leigos e, finalmente, pesquisas da área devem fazer uma avaliação conjunta dos diversos aspectos da experiência de restauro: percepção subjetiva, indicadores atencionais e indicadores fisiológicos. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This research focuses on physical environments that restore cognitive and emotional capacities worn out in daily life. In comparison with natural environments, reflective glass buildings, unconventional architectural buildings and graffiti art murals were investigated. With a card sorting task we investigated whether these three elements were perceived as distinct from other urban elements and how they were classified (Study 1); with a semantic differential task we investigated what were their perceived restorative profiles (Study 2); and with an experiment we investigated in which way restoration promoted by the visualization of sculptural buildings (a subset of unconventional buildings) and reflective glass buildings compared to restoration obtained by nature scenes, in all cases after an experimental stressor (Study 3). The first study (n=152) showed that there are formal grouping criteria that are shared between subjects, that the three urban elements of interest comprise different groups and that groupings differ between lay people and people with art training. The second study (n=125) showed that nature is the most preferred environment (54,4%) as well as the one perceived as most restorative. Reflective glass buildings are perceived as mainly neutral and unconventional buildings and graffiti art are intermediate groups. Perceived restorative profile is different between lay people and people with arts training for subtypes of urban scenarios, but not for nature. The third study (n=40) showed that there are no differences in attentional restoration and restoration for physiological measures (electrodermal activity and systolic blood pressure) between nature, sculptural architecture and reflective glass conditions. A difference in subjective stress was perceived between groups: the perception of relaxation was smaller for participants in the reflective glass group. This research’s main contribution is the observation that there is an elevated restorative potential in well preserved urban environments with architectural projects emphasizing elements such as curved, organic, fluid, complex but harmonic lines, the presence of niches and the integration with nature and water features. In addition, graffiti art presents a promising restorative profile and should be further investigated. We conclude that: it is not possible to treat urban environments as a homogeneous group; it is necessary to study the differences in environments taking into account their complexity; there are differences in classification and perception of the restorative potential of urban environments for lay people and people with training in the arts; and, finally, research in the area should strive to make a joint evaluation of the various aspects of the restoration experience: subjective perception, attentional indicators and physiological indicators.
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