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Formação para o trabalho manual no Brasil colônia / Training manual labor in colonial Brazil

Fonseca, Sônia Maria 11 September 2018 (has links)
Orientador: Dermeval Saviani / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-09-11T21:18:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fonseca_SoniaMaria_D.pdf: 5886251 bytes, checksum: c016036928263c67b039729e29a47360 (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: Na análise histórica da condição social do trabalho manual no período colonial, depreende-se alguns aspectos que se apresentam em aberto neste debate historiográfico. São eles o problema da terminologia e da categorização empregadas para designar esses trabalhadores, a questão da mecanização e da especialização do trabalho manual, e os referenciais interpretativos na perspectiva da História da Educação e da História Social. Entendemos que a essencialidade desse debate, que se quer apresentar neste trabalho, é a sua natureza fragmentada e não sistematizada. No cerne deste debate estão dois autores expoentes da História da Educação com suas premissas sobre o ensino de ofícios, a do "abastardamento do ensino de ofícios" apontado por Celso Suckow da Fonseca, e a do "aviltamento do trabalho manual" por Luiz Antônio Cunha, o que teria depreciado, enormemente, no mundo ibérico e luso-brasileiro, a formação de todo e qualquer trabalho para o qual concorresse o emprego das mãos. A formação para o trabalho manual se apresentou como um problema e desafio a serem enfrentados ao longo de toda história colonial. As ordens religiosas que se estabeleceram no Brasil, no século XVI, trataram de resolver o problema da escassez da mão de obra, através do aprendizado na prática. Dentre essas ordens destacamos os jesuítas, que souberam se adaptar a essa realidade social. O problema da formação profissional regular na colônia era o de eliminar, primeiramente, a longa distância entre as artes liberais e as artes mecânicas, e entre as belas artes e as artes aplicadas. Esse problema chegou a ser enfrentado nos mais diversos contextos históricos sem que tenha havido êxito pleno - no período jesuítico com o Plano de Estudos do Pe. Manoel da Nóbrega (1553), no período pombalino com o Plano Profissional e com as Reformas da Instrução Pública (1759/1772), e no período joanino com o Plano de Ensino Artístico de Joachim Lebreton (1816), que incluía, também, os ofícios, visando o benefício para o desenvolvimento da indústria, no entanto, todos esses intentos pedagógicos permaneceram mais como propostas retóricas e curriculares, não cumprindo o papel de sanar o problema premente da formação para o trabalho manual. / Abstract: In the historical analysis of the social status of manual labor in the colonial period, it appears that some aspects are still in the open to be presented in this historiographical debate. They are the problem of terminology and categorization used to designate those employees, the issue of mechanization and specialization of manual work, and the interpretative references under the perspective of History of Education and Social History. We understand that the essence of the debate, which wants to be presented in this work is its fragmented nature and not systematic. At the heart of this debate are two authors exponents of the History of Education with their assumptions about the teaching of crafts, the "marginalization of teaching crafts" appointed by Celso Suckow da Fonseca, and the "degradation of manual labor" by Luiz Antonio Cunha which would have depreciated tremendously in the iberian and luso-brazilian world, the formation of any work for which the use of the hands were required. The training of manual work presented itself as a problem and challenge to be faced throughout the entire colonial history. The religious orders who settled in Brazil in the sixteenth century tried to solve the problem of labor shortage with daily learning practise. Among these orders were highlighted the Jesuits, who knew how to adapt to this social reality. The problem of regular manual training in the colony, was to eliminate, first, the long distance between the liberal arts and mechanical arts, and between fine arts and applied arts. This problem came to be faced in various historical contexts which have not been fully successful -under the: Jesuit's period with the syllabus of the priest Manoel da Nobrega (1553), Marquis of Pombal's administration with the Professional Plan and the Reform of Public Instruction (1759/1772), and the kingdom of João VI with the Plan of Artistic Teaching Joachim Lebreton (1816), which included, too, crafts, for the benefit of the industrial development, however, all such attempts remained more as pedagogical rhetoric and proposed curriculum, not fulfilling the role of rectifying the pressing problem of training for manual labor. / Doutorado / Historia, Filosofia e Educação / Doutor em Educação

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