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Iyá Zulmira de Zumbá: uma trajetória entre nações de candomblé

Passos, Marlon Marcos Vieira 21 October 2016 (has links)
Submitted by Marlon Marcos Vieira Passos (ogunte21@gmail.com) on 2017-07-18T00:24:23Z No. of bitstreams: 1 Tese Marlon versao Nicolau-LN (REESCRITA CORREÇÃO).pdf: 2813753 bytes, checksum: db3baaf78db75994dbaaf1e84588876c (MD5) / Approved for entry into archive by Hozana Azevedo (hazevedo@ufba.br) on 2017-08-09T12:00:30Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese Marlon versao Nicolau-LN (REESCRITA CORREÇÃO).pdf: 2813753 bytes, checksum: db3baaf78db75994dbaaf1e84588876c (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-09T12:00:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese Marlon versao Nicolau-LN (REESCRITA CORREÇÃO).pdf: 2813753 bytes, checksum: db3baaf78db75994dbaaf1e84588876c (MD5) / CAPES / Esta tese é um desenho etnográfico da trajetória de Zulmira de Santana França, sacerdotisa do candomblé, iniciada aos sete anos de idade, nos idos de 1941, por Marieta Beuí, mameto do Unzó Tumbenci, terreiro fundado por ela, nos anos de 1930, na cidade do Salvador da Bahia, de nação congo-angola. Em sua feitura, Zulmira de Santana França teve como mãe pequena Luiza Franquelina da Rocha, na época, uma iaô do ketu, mas que depois se tornou uma das mais expressivas sacerdotisas da nação jeje-mahi, ficando eternamente conhecida como gaiaku Luiza de Oyá, líder espiritual do terreiro Huntoloji, da cidade baiana de Cachoeira. Zulmira herdou o Tumbenci de sua mãe adotiva e depois mãe de santo, mameto Beuí, aos 17 anos, quando sua mãe Beuí veio a falecer, em 1951. Tempos depois, para a composição de suas práticas religiosas, começou a ser cuidada por sua antiga mãe pequena, a já gaiaku Luiza, que se tornou sua mãe grande na linhagem espiritual do candomblé. Então, Zulmira passou a mameto de inquice. A partir de 1958, ao cumprir suas obrigações com gaiaku Luiza, recebeu a Cuia ritual (decá) também na nação do ketu, se tornando, além de uma mameto, uma iyalorixá, podendo iniciar filhos e filhas nesta nação. A tese versa sobre os entrecruzamentos de nações, a presença do congo-angola, do ketu, e, de certa forma, do jeje no exercício sacerdotal de mãe Zulmira em seu terreiro Tumbenci. Na tese há a presença de categorias analíticas bastidianas, como o princípio de participação (Bruhl), corte e as equivalências místicas; o conceito de agregação visto em Luis Nicolau Parés; algumas abordagens sobre perspectivas fenomenológicas em estudos afro-brasileiros desenvolvidos por intelectuais como Miriam Rabelo. Portanto, é um estudo que se volta para a negação da chamada pureza ritual e que busca evidenciar as misturas entre nações de candomblé e outras expressões religiosas, como umbanda, catolicismo e espiritismo. Para fortalecer minha compreensão acerca do que estudei, utilizei o conceito de transnação, a fim de configurar outras possibilidades rituais em casas abertamente amalgamadas, que já não podem ser entendidas pelos marcadores definidores da acepção nação, vistos em terreiros considerados tradicionais, por estarem alinhados ao que chamo, problematizando, de eixo celeste, fundamentalmente, A Casa Branca, o Gantois e o Afonjá. / This thesis is an ethnographic map of Zulmira Santana France trajectory, a Candomblé priestess who was initiated at the age of 7, way back in 1941 by Marieta BEUI, a mameto of the Unzo Tumbenci yard founded by her, in the 1930s, in city of Salvador da Bahia, the Congo-Angola nation. In the process of being initiated, Zulmira de Santana França had as her Mãe Pequena (Little Mother) Luiza Franquelina da Rocha, then a iaô of Ketu, but who later became one of the most expressive priestesses of the Jeje-Mahi nation, being forever known as gaiaku Luiza de Oya, a spiritual leader of the Huntoloji's yard, in Cahoeira, a Bahian town. Zulmira inherited the Tumbenci of her adoptive mother and then mãe-de-santo (mother-ofsaint) mameto BEUI, at the age of 17, when her mother BEUI died in 1951. Later, for the composition of their religious practices, she began to be cared for by her former mãe pequena (little mother)Luiza, then a gaiaku, who became her mãe grande (great mother) in the spiritual lineage of candomblé. So Zulmira became a mameto of inquice. From 1958 on, after fulfilling her obligations to gaiaku Luiza, she received the ritual Cuia (Deca) also in the Ketu nation, becoming, in addition to a mameto a iyalorisha, being able to initiate sons and daughters in that nation. The thesis deals with the intersections of nations, the presence of the Congo-Angola, the Ketu, and, in a certain way, of Jeje in priestly exercise Zulmira mother in her yard Tumbenci. In theory there is the presence of bastidianas analytical categories, such as the principle of participation (Bruhl), cut and mystical equivalences; the concept of aggregation seen in Luis Nicolau Parés; some approaches on phenomenological perspectives in african-Brazilian studies developed by intellectuals like Miriam Rabelo. Therefore, it is a study that turns itself to the denial of the so-called ritual purity and seeks to highlight the mixtures of Candomblé nations and other religious expressions, such as Umbanda, Catholicism and spiritism. To strengthen my understanding of what I have studied, I used the concept of transnation in order to set up other ritual possibilities in openly amalgamated houses, which can no longer be understood by defining markers of nation meaning, seen in terreiros considered traditional, by being aligned to what I call, questioning, of celestial axis, fundamentally, the White House, Gantois and Afonjá.

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