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Hipertensão arterial sistêmica no setor de emergência: o uso de medicamentos sintomáticos como alternativa de tratamento

Gonçalves de Lima, Sandro January 2003 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:29:03Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo7988_1.pdf: 268181 bytes, checksum: 6f52250cb487bb68595ac9ba0beab819 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2003 / O tratamento do paciente hipertenso em Unidade de Emergência tem-se voltado primariamente para as cifras tensionais. A atenção aos sintomas referidos e o tratamento dos mesmos têm sido colocados em segundo plano. Freqüentemente, tem-se interpretado que os sintomas são a conseqüência da elevação da pressão arterial (PA) e dessa forma justifica-se o tratamento dos números (os níveis tensionais). Alguns estudos mostram que os sintomas que motivam à procura do Setor de Emergência parecem não estar associados à elevação da PA. Nas situações onde não se verifica deterioração rápida dos órgãos-alvo nem risco de vida imediato, a abordagem do evento deflagrador pode resultar em significativa redução ou até normalização da PA e a orientação para uma adequada adesão ao tratamento crônico da hipertensão parece ser a conduta mais apropriada. Neste estudo, comparou-se o tratamento com medicação sintomática ou anti-hipertensiva em pacientes atendidos na Unidade de Emergência do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC UPE). Cem pacientes atendidos na Emergência Cardiológica do HUOC com sintomas associados à pressão arterial sistólica (PAS) entre 180 e 200 mmHg e/ou pressão arterial diastólica (PAD) entre 110 e 120 mmHg, foram randomizados para tratamento com medicação sintomática (dipirona ou diazepam) ou anti-hipertensiva (captopril). Aqueles pacientes, portadores de qualquer condição clínica associada que necessitassem de tratamento imediato na Unidade de Emergência foram excluídos do estudo. Atingiram o critério de alta os pacientes, que ao final do período de observação de noventa minutos, tornaram-se assintomáticos e tiveram seus níveis tensionais sistólicos reduzidos para abaixo de 180 mmHg e diastólicos para aquém de 110 mmHg. A idade média da população estudada foi 54,4 anos. A maioria dos pacientes era de mulheres, hipertensos crônicos em tratamento farmacológico irregular, com baixa taxa de aderência às medidas não farmacológicas e classificados quanto ao índice de massa corpórea (IMC) em sobrepeso e obesos grau I. Cefaléia, dor torácica tipo D (não anginosa) e dispnéia foram as queixas mais freqüentes. A proporção de pacientes tratados com medicação sintomática que atingiu o critério de alta foi semelhante àquela de pacientes medicados com anti-hipertensivo (p = 0,165). Não foi encontrada associação entre o diagnóstico prévio de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) (p = 0,192), tratamento farmacológico (p = 0,687) e não-farmacológico e o critério de alta. Os nossos resultados apontam para a necessidade de uma maior valorização dos sintomas apresentados pelos pacientes, oferecendo um atendimento mais humanizado e resultados objetivos também satisfatórios. Isso implica conscientizar a população médica acerca da diferença entre crise hipertensiva e aquelas situações onde a PA elevada poderia ser uma conseqüência dos sintomas apresentados pelos pacientes

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