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Estudo comparativo da frequência e da gravidade da disfunção temporomandibular em pacientes com e sem cefaléia / COMPARATIVE STUDY OF FREQUENCE AND SEVERITY OF TEMPOROMANDIBULAR DYSFUNCITION BETWEEN PATIENTS WITH AND WITHOUT HEADACHE.

Mello, Christiane Espinola Bandeira de 25 March 2011 (has links)
Headache is one of the most recurrent complaints in orofacial pain clinics, in the same way that is also very frequent signs and symptoms of temporomandibular disorder (TMD) in patients with headache. However, the literature is controversial regarding the association of these two diseases. ObjeTo identify frequency of TMD and its severity in individuals with headache. 60 adults of both genders were assessed, with age averaging 36.84 years, and divided into three groups of 20 individuals: chronic daily headadche (CDH), episodic headache (EH) and a control group without headache (WH). Headache diagnosis was conducted by a neurologist, according to the criteria of International Society of Headache, and the TMD diagnosis was achieved using the Research Diagnostic Criteria (RDC-TMD), and its severity was defined by the Temporomandibular Index (TMI). The TMD symptoms were always more frequent in individuals with headache, specially the cervical pain (CDH, n=17; EH, n=19; WH, n=12), pain in TMJ area (CM, n=16; EM, n=12; WM, n=6) and teeth grinding (CDH, n=8; EH, n=10; WH, n=4). Similarly, TMD clinical signs have always prevailed on individuals with headache diagnosis, notably pain to palpation on the lateral pterygoid (CCD, n=19; EH, n=16; WH, n=11) and posterior digastric muscles (CDH, n=19; EH, n=15; WH, n=10) and pain to palpation on the TMJ area (CDH, n=18; EH, n=16; WH, n=11). The episodes of TMD were high in all assessed groups: it did not show any statistically significant difference between the groups, but was numerically higher in patients with headache. However, the mean values of TMD severity in headache patients evaluated according to TMI criteria were statistically higher than in patients of the control group, notably the articular (CDH=0,38; EH=0,25; WH=0,19) and muscular (CDH=0,46; EH=0,51; WH=0,26) indices. The findings presented in this study allow us to state that thereis a higher risk of the presence of TMD signs and symptoms, especially TMJ and masticatory muscles pain as well as bruxism in patients suffering from headache. Accordingly, the TMD and its severity appears to be higher in patients suffering from headache, which indicates the need for a multidisciplinary diagnosis and treatment of such patients, given that the associated treatment of headache and TMD brings more benefits regarding the symptoms relief of such individuals. / A dor de cabeça é um achado muito comum em clínicas de dor orofacial, da mesma maneira que é muito frequente a presença de sinais e sintomas de disfunção temporomandibular (DTM) em pacientes com cefaléia, no entanto a associação dessas duas condições clínicas ainda é muito controversa na literatura. Verificar a presença de DTM e sua gravidade entre pacientes com cefaléia. Foram avaliados 60 adultos de ambos os gêneros, com média de idade de 36,84 anos, divididos em três grupos de 20 indivíduos com diagnóstico de cefaléia crônica diária (CCD), cefaléia episódica (CE) e sem cefaléia (grupo controle). O diagnóstico da cefaléia foi realizado por um cefaliatra, segundo os critérios de Sociedade Internacional de Cefaléia e o diagnóstico da DTM foi realizado através do Research Diagnostic Criteria (RDC-DTM), sendo sua gravidade determinada pelo Indice Temporomandibular (ITM). Os sintomas de DTM foram numericamente mais comuns nos pacientes com cefaleia, destacando-se significativamente a dor na nuca (CCD, n=17; CE, n=19; Controle, n=12), dor na ATM (CCD, n=16; CE, n=12; Controle, n=6) e ranger dos dentes (CCD, n=8; CE, n=10; Controle, n=4). Da mesma forma, os sinais clínicos de DTM foram sempre mais prevalentes nos sujeitos com diagnóstico de cefaleia, especialmente a dor à palpação nos músculos pterigoideo lateral (CCD, n=19; CE, n=16; Controle, n=11) e digástrico posterior (CCD, n=19; CE, n=15; Controle, n=10) e a dor à palpação na ATM (CCD, n=18; CE, n=16; Controle, n=11). A frequência de DTM foi alta em todos os grupos avaliados sem diferença estatisticamente significativa, mas numericamente maior nos pacientes com cefaléia (CCD, n=19; CE, n=19; Controle, n=17). No entanto, os valores médios de gravidade da DTM nos pacientes com cefaléia, avaliados pelo ITM, foram estatisticamente superiores em relação ao grupo controle, destacando-se os subíndices articular (CCD=0,38; CE=0,25; Controle=0,19) e muscular (CCD=0,46; CE=0,51; Controle=0,26). Os achados do presente estudo nos permitem afirmar que existe um risco maior da presença de sinais e sintomas de DTM, principalmente dor na ATM, músculos mastigatórios e o bruxismo em pacientes com cefaléia. Da mesma forma, a DTM e, principalmente a sua gravidade parece ser maior nos pacientes com cefaléia, o que indica a necessidade de diagnóstico e tratamento multidisciplinar desses pacientes, visto que o tratamento associado da cefaléia e DTM podem trazer mais benefícios no alívio sintomático desses sujeitos.

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