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Avaliação de pacientes com esclerose múltipla por meio de escalas de incapacidade

José Porto Moreira, Alvaro 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T22:59:16Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4190_1.pdf: 955844 bytes, checksum: af14e12372e718d49c9974d4037aa5af (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / Pacientes com esclerose múltipla possuem graus de incapacidade variados, a depender das funções neurológicas comprometidas e da sua repercussão clínica. Porém, a mensuração da incapacidade pode variar de acordo com a escala clínica utilizada, com conquências prognósticas e terapêuticas. Para comparar as avaliações obtidas pelas principais escalas de incapacidade empregadas em pacientes com esclerose múltipla, aferindo o impacto físico e psíquico, procedeu-se a estudo transversal, tipo série de casos. Cinqüenta e dois pacientes com esclerose múltipla foram avaliados entre novembro/2007 a julho/2008, no Hospital da Restauração. As escalas de incapacidade aplicadas foram divididas em: relacionadas ao exame físico (Expanded Disability Status Scale - EDSS; Neurological Rating Scale - NRS; e Multiple Sclerosis Severity Score - MSSS), relacionadas à capacidade funcional (Multiple Sclerosis Funcional Composite - MSFC; Timed 25-foot walk - TFW; 9-hole-peg test - 9-HPT; e Paced Auditory Serial Addiction -PASAT) e relacionadas à percepção do paciente (The Guy's Neurological Disability Scale - GNDS; Multiple Sclerosis Impact Scale - MSIS-29; e Modified Fatigue Impact Scale - MFIS- 21). A razão de gênero feminino:masculino igualou-se a 4,2:1; predominou cor de pele auto-referida parda, idade entre 20 e 59 anos e escolaridade de 2º grau ou maior. A forma clínica mais frequente foi recorrente-remitente, com início sem síndrome clínica isolada, com sintomas motores ou sensitivos. A forma clínica associou-se significantemente ao tempo de doença. As escalas relacionadas ao exame físico (EDSS, NRS e MSSS) e à capacidade funcional (MSFC) apresentaram correlação significante, e diferiram entre os grupos leve e intenso. As escalas relacionadas à percepção do paciente, MSIS-29 e MFIS-21, correlacionaram-se significantemente, porém não o fizeram com as demais. Os componentes físicos das escalas de incapacidade correlacionaram-se. Enquanto que apenas as escalas de relacionadas à percepção do paciente, MSIS-29, MFIS-21 (cognitivo) e GNDS (cognição e humor), mantiveram correlação moderada e significante quando avaliados os componentes psíquicos. Escalas relacionadas com o exame físico e com a capacidade funcional diferem das escalas relacionadas à percepção do paciente. Essa diferença está presente quando os componentes psíquicos das escalas são avaliados separadamente, porém não se apresenta nas correlações entre os componentes físicos. A compreensão do instrumento de avaliação, portanto, poderá ajudar a entender as relações entre a mensuração objetiva, as limitações técnicas dos vários métodos de aferição e a percepção das consequências clínicas da esclerose múltipla.

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