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As escolhas léxico-gramaticais das crianças de 5 a 6 anos: interface entre a realidade e o jogo de faz-de-conta sob a perspectiva da lingüística sistêmico-funcional / The lexicogrammatical choices mada by 5-6 years old children: interface between reality and pretend play according to functional systemic linguistics perspectiveBarosa, Silmara Parise 27 May 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-05-27 / This research examines the casual conversation of children between the ages of five
and six within social interactions in pretend plays. Herein, I show how a number of
researchers face pretend play, its relevance to the child´s development and the
importance of this experience to the nuclear self I attempt, at first, to point out the
importance of social interaction, in this context, to the improvement of the child´s
linguistic skills; secondly, I try to highlight the lexicogrammatical choices made by
these children when setting the limits between reality and fantasy, those that reveal
their pragmatic competence. For this reason, I fall back upon the theoretical frame of
Functional Systemic Linguistics (Halliday 1994), with special emphasis on the
interpersonal metafunction and also on casual conversation (Eggins & Slade, 1997).
The analyses embrace the acts of speech, lexicogrammatical choices and pragmatic
competence. The results suggest that five-to-six-year-old children are capable of
providing information exchange and posing challenges for the negotiation of power
during pretend play, and that the fantasy context is propitious for interaction practice,
without the presence of an adult. Note the intertext that sets a new social and cultural
context based on the relationship of values and beliefs that the interactants bring
from their family circle. The construction of the social self involves the recognition of
social roles and the assignment of these roles among the participants. The marking
of the reality and fantasy reference frames is realized through verbs in the present
and past tenses in all the analyzed texts, and the findings of Musatti & Orsolini
(1993); Lodge (1979); Kaper (1980); James (1982) e Van Gessel-Hotcker (1989)
corroborate it. In addition, the analyses show the children´s competence concerning
the use of pragmatic features of language when it comes to the structural dimensions
related to the turn-taking dynamics; social, as the mutual intention to topics of
conversation; cognitive, as the interactants communicative intention; and linguistic,
as the use of speech markers, verbs, and pronouns to connect / Este trabalho examina a conversa casual de crianças de 5 a 6 anos de idade em
contextos de interação social na brincadeira de faz-de-conta. Mostro como os vários
pesquisadores encaram a brincadeira de faz-de-conta, sua relevância para o
desenvolvimento infantil e a importância dessa experiência para a formação do eu
nuclear. Tento, em um primeiro momento, destacar a importância da interação social
nesse contexto para o crescimento das habilidades lingüísticas da criança; em um
segundo momento, tento ressaltar as escolhas léxico-gramaticais feitas pelas
crianças ao marcar os limites entre a realidade e a fantasia, aquelas que denunciam
sua competência pragmática. Para tanto, recorro ao arcabouço teórico da Lingüística
Sistêmico Funcional (Halliday 1994), com especial enfoque na metafunção
interpessoal, e também sobre a conversa casual (Eggins & Slade, 1997). As análises
abrangem os atos de fala, as escolhas léxico-gramaticais e a competência
pragmática. Os resultados sugerem que as crianças da faixa etária de 5 a 6 anos
são capazes de proporcionar a troca de informações e oferecer desafios para a
negociação do poder durante o jogo de faz-de-conta, e que o contexto de fantasia é
propício ao exercício da interação, sem a presença do adulto. Note-se o intertexto
que redesenha um contexto social e cultural baseado na filiação dos valores e
crenças que os interactantes trazem do ambiente familiar e que constituem o
contexto em que ocorrem as interações. A construção do eu social, envolve o
reconhecimento de papéis sociais e a atribuição desses papéis entre os
participantes. A marcação dos enquadres de referência da realidade e da fantasia é
realizada pelo tempo verbal no presente e no pretérito, em todos os textos
analisados, e corroboram os achados de (Musatti & Orsolini (1993); Lodge (1979);
Kaper (1980); James (1982) e Van Gessel-Hotcker (1989) em uma perspectiva
interlingüística. As análises revelam, ainda, a competência das crianças quanto ao
uso de aspectos pragmáticos da linguagem nas dimensões da estrutura discursiva,
como a dinâmica de tomada de turno; social, como a atenção mútua aos tópicos da
conversa; cognitiva, como as intenções comunicativas dos interactantes; e
lingüística, como o uso de marcadores de discurso, verbos, e pronomes para
conectar as idéias
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