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A noção de couraça na obra de Wilhelm Reich: origens e considerações sobre o desenvolvimento humanoAlmeida, Bruno Henrique Prates de 27 April 2012 (has links)
Esta pesquisa teórica investiga o desenvolvimento da noção de couraça nos primeiros quinze anos da obra de Wilhelm Reich, de 1920 até 1935. Como objetivo central, buscamos responder a seguinte questão norteadora: qual(ais) o(s) sentido(s) de couraça no pensamento de Wilhelm Reich? Visamos, sobretudo, contribuir para o esclarecimento e a discussão dessa importante noção do pensamento reichiano. Em termos de método, a fim de acompanhar o percurso do pensamento do autor, abordamos a obra de acordo com sequência cronológica de publicação. Com essa orientação histórica, elencamos e analisamos textos que, a nosso ver, fornecem subsídios para a compreensão da noção em tela. Além disso, ficamos atentos a prováveis sinônimos e sentidos utilizados, mesmo que o termo propriamente dito não estivesse explicitamente citado. Como preparação do terreno, realizamos uma pesquisa etimológica sobre o termo couraça. Em seguida, elencamos dois autores - o filósofo francês Henri Bergson e o fundador da psicanálise Sigmund Freud - investigados devido à importância dos mesmos na construção do pensamento reichiano como um todo e, possivelmente também, em relação à noção de couraça. Em termos de resultados, os escritos de Reich analisados indicaram que as significações de couraça como defesa, proteção e resistência estão sempre presentes. Dentre os artigos acessados, localizamos a primeira aparição do vocábulo em 1922, como couraça narcísica. Constatamos que, para Reich, a couraça mantém contato com as realidades interna e externa, articula as noções de economia pulsional, ego e caráter, além de estar relacionada à operação do recalque. A princípio, é concebida na esfera psíquica, mas, gradativamente, passa a ser considerada, também, no âmbito somático, principalmente como hipertonia muscular crônica. Ainda, tecemos algumas relações com a visão de Bergson sobre o assunto e com a conceituação freudiana acerca do escudo protetor. Por fim, na esfera do tema saúde-doença, registramos algumas ponderações a respeito da relação entre a noção de couraça e o processo do desenvolvimento humano / This research examines the development of the notion of armor in the first fifteen years of Wilhelm Reich´s work, from 1920 until 1935. As the main goal, we aimed to answer the question: What is (are) the meaning(s) of the term armor in Wilhelm Reich´s thought? We had in view, above all, contribute to clear up and discuss this important notion in Reichian thought. In terms of method, in order to keep track of the author´s thinking route, we followed the chronological sequence of his publications. Based on this historical orientation, we focused and detailed the texts that, in our view, supplies subsidies for the comprehension about the notion of armor. Moreover, we drew our attention to the probable synonyms and meanings, even if the term was not cited. To begin, we researched the etymology of the term. Then, we listed two authors the French philosopher Henri Bergson and the founder of psychoanalysis Sigmund Freud investigated because of their importance on the construction of early Reich´s thought and, possibly, concerning the notion of armor. In terms of results, the analyzed Reich´s texts indicated that the significances of defense, protection and resistance are always present. Among the accessed articles, we localized the very first appearance of the word in 1922, as narcissistic armor. We verified that, to Reich, the armor keeps in contact with the inner e outer realities, articulates the notions of drive economy, ego and character, and has relations with the repression operation. In the beginning, it is conceived in the psychological sphere, but, gradually, it is considered in a somatic scope as well, especially as a chronic muscular hypertony. Yet, we wove some relations with Bergson´s view about the theme and with the freudians conception concerning the protective shield. Finally, under the health-disease angle, we pointed out some aspects and relations between the notion of armor and the human development process
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A noção de couraça na obra de Wilhelm Reich: origens e considerações sobre o desenvolvimento humanoBruno Henrique Prates de Almeida 27 April 2012 (has links)
Esta pesquisa teórica investiga o desenvolvimento da noção de couraça nos primeiros quinze anos da obra de Wilhelm Reich, de 1920 até 1935. Como objetivo central, buscamos responder a seguinte questão norteadora: qual(ais) o(s) sentido(s) de couraça no pensamento de Wilhelm Reich? Visamos, sobretudo, contribuir para o esclarecimento e a discussão dessa importante noção do pensamento reichiano. Em termos de método, a fim de acompanhar o percurso do pensamento do autor, abordamos a obra de acordo com sequência cronológica de publicação. Com essa orientação histórica, elencamos e analisamos textos que, a nosso ver, fornecem subsídios para a compreensão da noção em tela. Além disso, ficamos atentos a prováveis sinônimos e sentidos utilizados, mesmo que o termo propriamente dito não estivesse explicitamente citado. Como preparação do terreno, realizamos uma pesquisa etimológica sobre o termo couraça. Em seguida, elencamos dois autores - o filósofo francês Henri Bergson e o fundador da psicanálise Sigmund Freud - investigados devido à importância dos mesmos na construção do pensamento reichiano como um todo e, possivelmente também, em relação à noção de couraça. Em termos de resultados, os escritos de Reich analisados indicaram que as significações de couraça como defesa, proteção e resistência estão sempre presentes. Dentre os artigos acessados, localizamos a primeira aparição do vocábulo em 1922, como couraça narcísica. Constatamos que, para Reich, a couraça mantém contato com as realidades interna e externa, articula as noções de economia pulsional, ego e caráter, além de estar relacionada à operação do recalque. A princípio, é concebida na esfera psíquica, mas, gradativamente, passa a ser considerada, também, no âmbito somático, principalmente como hipertonia muscular crônica. Ainda, tecemos algumas relações com a visão de Bergson sobre o assunto e com a conceituação freudiana acerca do escudo protetor. Por fim, na esfera do tema saúde-doença, registramos algumas ponderações a respeito da relação entre a noção de couraça e o processo do desenvolvimento humano / This research examines the development of the notion of armor in the first fifteen years of Wilhelm Reich´s work, from 1920 until 1935. As the main goal, we aimed to answer the question: What is (are) the meaning(s) of the term armor in Wilhelm Reich´s thought? We had in view, above all, contribute to clear up and discuss this important notion in Reichian thought. In terms of method, in order to keep track of the author´s thinking route, we followed the chronological sequence of his publications. Based on this historical orientation, we focused and detailed the texts that, in our view, supplies subsidies for the comprehension about the notion of armor. Moreover, we drew our attention to the probable synonyms and meanings, even if the term was not cited. To begin, we researched the etymology of the term. Then, we listed two authors the French philosopher Henri Bergson and the founder of psychoanalysis Sigmund Freud investigated because of their importance on the construction of early Reich´s thought and, possibly, concerning the notion of armor. In terms of results, the analyzed Reich´s texts indicated that the significances of defense, protection and resistance are always present. Among the accessed articles, we localized the very first appearance of the word in 1922, as narcissistic armor. We verified that, to Reich, the armor keeps in contact with the inner e outer realities, articulates the notions of drive economy, ego and character, and has relations with the repression operation. In the beginning, it is conceived in the psychological sphere, but, gradually, it is considered in a somatic scope as well, especially as a chronic muscular hypertony. Yet, we wove some relations with Bergson´s view about the theme and with the freudians conception concerning the protective shield. Finally, under the health-disease angle, we pointed out some aspects and relations between the notion of armor and the human development process
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