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Efeitos da urbanização na assembleia de drosofilídeos (diptera, insecta) no domínio da floresta atlântica na região nordeste do BrasilSilva, Jordany Gomes da 27 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-27 / FACEPE / A substituição de áreas florestais por paisagens urbanas é um evento que vêm ocorrendo
com rapidez por todo o mundo, de modo que um desafio fundamental para a conservação é
entender como isso afeta a biodiversidade e a abundância das espécies. Dentro deste
contexto as moscas da Família Drosophilidae apresentam-se como excelentes modelos de
estudo. Tal argumento se sustenta no fato de serem insetos pequenos, de fácil captura,
abundantes na natureza e sensíveis a pequenas modificações ambientais, o que acaba se
refletindo no tamanho das populações naturais e também na diversidade de espécies que
ocupa um determinado habitat. No presente estudo foram investigadas a abundância e a
riqueza de drosofilídeos em duas áreas com diferentes níveis de conservação no domínio da
Floresta Atlântica, na sub-região denominada de Centro de Endemismo de Pernambuco
(CEP). O CEP é um dos setores do bioma com menor área remanescente, além de ser o
mais desmatado, o menos estudado e o menos protegido por ações conservacionistas. O
estudo consistiu em um ano de amostragem, com coletas mensais em cada área, sendo
colocadas, em cada coleta, 10 armadilhas com isca de banana para a atração dos
drosofilídeos. Foram coletados 52.516 drosofilídeos distribuídos em 44 espécies. O
ambiente mais urbanizado, o Campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (RUR)
foi o que apresentou a maior riqueza de espécies, 41, contra 29 observadas no ambiente
mais preservado, a Reserva Ecológica de Dois Irmãos (DOI). A explicação para tal resultado
é discutida e comparada com outros estudos. Em DOI foi observada maior abundância de
espécies nativas, destacando-se a presença de Drosophila willistoni e D. paulistorum. Em
RUR as espécies exóticas D. malerkotliana e Zaprionus indianus foram as mais abundantes,
embora a primeira espécie também tenha sido a mais abundante em DOI. A maior
abundância de espécies exóticas em ambientes mais urbanizados corrobora o que foi
encontrado em outros estudos com amostragens de drosofilídeos. No presente estudo
também foram acompanhadas mensalmente as oscilações de abundância das populações
mais representativas. Para tanto, foram utilizadas variáveis abióticas para compreender os
picos de abundância das diferentes espécies nestes dois ambientes. Os resultados mostram
que os drosofilídeos são excelentes indicadores quando se pretende avaliar o estado de
conservação de determinados ambientes na Floresta Atlântica do Nordeste do Brasil.
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