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Efeitos da estimulação multissensorial e cognitiva sobre o declínio cognitivo senil agravado pelo ambiente empobrecido das instituições de longa permanênciaOLIVEIRA, Thaís Cristina Galdino de 27 August 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-08-27 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O objetivo do presente trabalho foi investigar possíveis impactos da estimulação cognitiva e
multissensorial sobre o desempenho de idosos institucionalizados e não institucionalizados no
Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e em testes de linguagem. Os participantes foram
divididos em dois grupos pareados por anos de escolaridade e idade: 1) institucionalizados
(n=25, 76,0 ± 6,9 anos de idade), que habitam em instituições de longa permanência e 2) não
institucionalizados (n=17, 74,2 ± 4,0 anos de idade), que habitam na comunidade com suas
famílias. O MEEM foi aplicado para selecionar voluntários cognitivamente saudáveis, os
quais foram então submetidos à estimulação e avaliações neuropsicológicas e de linguagem.
Compuseram as avaliações o MEEM e testes específicos de linguagem, incluindo nomeação
de Boston, fluência verbal semântica (FVS) e fonológica (FVF), Bateria Montreal de
Avaliação da Comunicação (MAC) e o Teste de Narrativa “Roubo de Biscoitos”. A
intervenção multissensorial e cognitiva foi realizada em grupos de 10 voluntários submetidos
a uma série de sessões de estimulação duas vezes por semana, durante seis meses, num total
de 48 sessões. As sessões foram baseadas em exercícios de linguagem e memória com
estímulos visuais, olfativos e auditivos, bem como atividades lúdicas, incluindo música, canto
e dança. Ambos os grupos foram avaliados no início (antes das intervenções), no meio (após
24 sessões) e no final (após 48 sessões) da intervenção. Em comparação com o grupo não institucionalizado (comunidade), o grupo institucionalizado apresentou desempenhos
inferiores em todas as tarefas em todas as janelas de tempo. Cada paciente foi comparado a si
mesmo utilizando um índice de contraste (C) que foi concebido para expressar o desempenho
de todos os testes em escala única (0 -1) de desempenho cognitivo. O índice de contraste foi
estimado da seguinte forma: (C = (D – A) / (D + A), onde D representa o desempenho após a
estimulação e A antes da estimulação). Todos os pacientes melhoraram seus desempenhos
após a intervenção e o impacto foi significativamente maior no grupo institucionalizado.
Sugerimos que o ambiente pobre de estimulos somato-motores e cognitivos, onde as pessoas
vivem institucionalizadas está contribuindo para os menores índices cognitivos observados na
primeira avaliação e pelo maior impacto do programa de estimulação neste grupo. Em
comparação com o teste neuropsicológico clássico MEEM, os testes de linguagem parecem
ser significativamente mais sensíveis para detectar alterações precoces no estado cognitivo.
Tomados em conjunto, os resultados podem ter implicações para as políticas de saúde pública
para a população idosa. / The aim of the present report is to investigate possible impacts of cognitive and multisensory
stimulation on the performances of institutionalized and community people in the mini-mental
state examination (MMSE) and in language tests. Subjects were divided in two groups paired
by years of school and age: 1) institutionalized (n = 25, 76.0 ± 6.9 years old) which inhabit in
long-stay institutions and 2) non-institutionalized (n = 17, 74.2 ± 4.0 years old) which inhabit
in the community with their families. MMSE was applied to select cognitively healthy
volunteers which were subsequently submitted to the stimulation and neuropsychological and
language assessments. MMSE and specific language tests, including Boston naming, semantic
(VSF) and phonological (PSF) verbal fluencies, Montreal Communication Evaluation Battery
(MAC) and the Boston cookie theft picture description task were done. The multisensory and
cognitive intervention was applied in groups of 10 volunteers submitted to a series of
stimulation sessions twice a week, over six months in a total of 48 sessions. Sessions were
based on language and memory exercises, visual, olfactory and auditory stimulus, as well as
ludic activities including music, sing and dance. Both groups were assessed at the beginning
(before interventions), in the middle (after 24 sessions) and at the end (after 48 sessions) of
intervention. As compared to the non-institutionalized (community) group, the
institutionalized one showed lower performances in all tasks in all time windows. Each
patient was compared with himself using a contrast index (C) that was designed to be able to
express performances of all tests in a single (0 -1) scale of cognitive performances. The
contrast index was estimated as follow: (C = (D – A) / (D + A), where D corresponds to the
scores before stimulation and A after stimulation). All patients improve their performances
after intervention and the impact was significantly higher in the institutionalized group. We
suggest that the impoverished environment where institutionalized people live is contributing
to the lower cognitive scores observed at the first assessment and by the higher impact of the
stimulation program in this group. As compared to the classic MMSE neuropsychological
test, language tests seem to be much significantly more sensitive to detect early changes in the
cognitive status. Taken together the results may have implications for public health policies
dedicated to the aged population.
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