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A antiga linha férrea de Goiânia. De símbolo da modernidade à obsolescência / Goiania’s ancient railway. From modernity symbol to obsolescence

Brandão, Simone Buiate 23 August 2017 (has links)
Submitted by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2017-09-20T17:51:49Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Simone Buiate Brandão - 2017.pdf: 29054363 bytes, checksum: c80f17cee4480fd52ff6cf3de1612730 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-09-21T10:48:24Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Simone Buiate Brandão - 2017.pdf: 29054363 bytes, checksum: c80f17cee4480fd52ff6cf3de1612730 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-21T10:48:24Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Simone Buiate Brandão - 2017.pdf: 29054363 bytes, checksum: c80f17cee4480fd52ff6cf3de1612730 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2017-08-23 / This research is an agony verbalization for what has been left to oblivion in Goiania’s landscape, the ancient railroad of Goiás Railway. It used to be the modernization symbol of Goiás State and of the city construction, it was built in the 1950’s, from the extension of a railroad branch originated in the trunk line Araguari – Anápolis. The railway used to cross the whole state, to the north of the country, with the goal to reach the new capital of sertão, Brazil’s very deep country side, departing from Leopoldo de Bulhões and getting into the city perimeter up to Campinas, the oldest district in Goiânia. However, the golden years of the railway were too short, the late arrival of the trails coincided with the highways’ fast progress in the country, while the railways suffered many reflexes from the lack of investments and serious financial problems, besides the undercarriage’s obsolescence. Thus, a dream coming true became a nightmare, resulting on the partial deactivation process of the rail branch. This had boosted the increase of irregular neighboring areas occupations, the abandonment of spaces and the immediate removal of some trails. However, remains of a railway area were left, such as the stations, few residences and trails which unveil a past. This past is present like a ghost, who still walks by the city almost unseen by great majority of the population. Having this in mind, the aim of this study is to elaborate a story in order to understand and analyze the landscape that has been transformed along the years with the insertion of this modernity instrument in the urban tissue of Goiânia. The methodological procedures were based on bibliographic researches, documents analysis, on printed and electronic material from private and public institutions, on field and mapping services. This work helped us to understand how the railway has interfered in the formation and transformation of the space along the years until today, unveiling four distinct axes: the superposition axe, a path where nowadays one can find the Leste-Oeste Avenue, which has replaced the trails; the destruction axe, which comprises the Trabalhador Square, where one can find the Railway Station that suffers constant reuse try-outs, but nowadays is abandoned; the crossties’ cemetery, a path full of railway remains; and, finally, the resistance axe, the only path where the train still operates. In this way, this study tries to fulfil a gap in Goiás Railway’s history that has not been registered yet. At the same time, it establishes a base for new stories that could deeply explore each axe identified. / A presente pesquisa é a verbalização de uma angústia por aquilo que está caindo no esquecimento na paisagem de Goiânia, a “antiga” linha da Estrada de Ferro Goiás. Símbolo do processo de modernização do Estado de Goiás e da construção da cidade, a ferrovia foi implantada na década de 1950, por meio da extensão de um ramal que partiu da linha tronco - Araguari – Anápolis. A ferrovia percorria todo o Estado, sentido norte do país, com o objetivo de atingir a nova capital do sertão, saindo de Leopoldo de Bulhões e adentrando o perímetro urbano até Campinas, distrito originador da cidade de Goiânia. Entretanto, os tempos áureos da estrada de ferro foram curtos, a chegada tardia dos trilhos coincidiu com o progresso vertiginoso das rodovias no país, enquanto as ferrovias sofriam sérios reflexos da falta de investimentos e graves problemas financeiros, além da obsolescência de materiais rodantes. Logo, aquilo que foi a realização de um sonho se transformou em pesadelo, resultando no processo de desativação parcial do ramal. Isso impulsionou o aumento de ocupações irregulares dos bairros do entorno, o abandono de algumas áreas e a retirada imediata dos trilhos em alguns trechos. Entretanto, restaram os resquícios de uma era ferroviária como as estações, algumas residências e alguns trilhos que revelam um passado. Esse passado se faz presente como um fantasma, que ainda transita pela cidade quase imperceptível aos olhos da grande maioria da população. Tendo isso em vista, o objetivo deste estudo foi elaborar uma narrativa para compreender e analisar a paisagem que se transformou, ao longo dos anos, com a inserção desse instrumento da modernidade no tecido urbano de Goiânia. Os procedimentos metodológicos basearam-se em pesquisas bibliográficas, pesquisa documental em acervos impressos e eletrônicos, de instituições públicas e privadas, em trabalho de campo e mapeamento. Esse caminho ajudou a compreender como a ferrovia interferiu na formação e transformação do espaço ao longo dos anos até o presente, revelando quatro quadros distintos: o eixo da sobreposição, um trecho onde hoje se faz presente a Av. Leste-Oeste, que substituiu os trilhos; o eixo da destruição, que compreende a Praça do Trabalhador, onde se encontra a Estação Ferroviária que sofre constantes tentativas de reuso, mas que atualmente encontra-se em estado de abandono; o cemitério dos dormentes, um trecho carregado de resquícios ferroviários; e finalmente, o eixo da resistência, o único trecho por onde o trem ainda circula. Assim, esta dissertação tenta preencher uma lacuna da história da Estrada de Ferro Goiás ainda não contada, ao mesmo tempo em que lança uma base para novas narrativas que possam explorar profundamente cada quadro identificado.

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