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O graben de urussanga e as rochas da Bacia do Paraná associadas a lineamentos NW-SE no distrito fluorítico de Santa Catarina : aplicação da estratigrafia de seqüências e implicações na gênese e prospecção de filões de fluorita

Silva, Mateus Marcili dos Santos January 2008 (has links)
Os filões de fluorita mesozóico-terciários do distrito de Santa Catarina são associados a lineamentos NNE-SSW. Nestes, a localização preferencial dos filões é nas intersecções com lineamentos NW-SE e próximas a relictos de rochas paleozóicas da Bacia do Paraná, mesmo em áreas mais a leste, que foram fortemente soerguidas. O trabalho visou o entendimento destas relações através do estudo detalhado de uma área de intersecção de lineamentos com sedimentitos e filões associados. No lineamento NW-SE foi identificado o graben de Urussanga, onde o emprego da estratigrafia de seqüências permitiu a identificação 3 superfícies cronoestratigráficas e de 7 associações faciológicas, sendo as duas primeiras pertencentes a Formação Rio do Sul. As associações faciológicas III, IV, V e VI fazem parte da Formação Rio Bonito e, a associação faciológica VII pertencente a Formação Palermo. A evolução tectono-sedimentar encontrada indica que a sedimentação da bacia na área do distrito foi essencialmente controlada por estas estruturas NW-SE, que criaram zonas com cobertura sedimentar mais espessa, uma condição necessária para a formação dos filões de fluorita e um dos fatores controladores da distribuição dos filões em escala regional. A migração dos fluidos mineralizantes em profundidades maiores foi fortemente controlada pelas estruturas do NW-SE. Após a ascensão até o nível da base da cobertura sedimentar, eles migraram longitudinalmente pelas estruturas NNE-SSW, depositando fluorita e estabelecendo gradientes geoquímicos que controlaram a formação de filões numa escala local. Os resultados do presente trabalho mostram, portanto, que apesar do hiato de cerca de 200Ma existente as rochas da Bacia do Paraná na área do distrito fluorítico de Santa Catarina e os filões de fluorita, as relações genéticas entre os sedimentitos e estes depósitos são, na verdade, muito estreitas. / The tertiary-mesozoic fluorite deposits from Santa Catarina state are associated to NNE-SSW lineaments. The preferential localization of these deposits is on intersections with NW-SE lineaments and near to paleozoic rock relicts from Paraná Basin, even in uplifted areas further east. The aim of this study was to understand these relationships studying particularly an area characterized by lineaments intersection with fluorite deposits and associated sedimentes. In NW-SE lineaments the Urussanga graben was identified. The use of sequence stratigraphy allowed the identification of three cronostratigraph surfaces and seven facies associations; the first two belonging to Formation Rio do Sul. The facies associations III, IV, V and VI are part of the Rio Bonito Formation, end, facies association VII belongs to Palermo Formation. The observed tectono-sedimentary evolution indicates that the sedimentation basin in the area was essentially controlled by the NW-SE structures which generated areas with thicker sedimentary cover, a necessary condition for the formation of fluorite deposits and one of the controlling factors of the distribution of fluorite deposits at a regional scale. The migration of mineralizing fluids in greater depths was strongly controlled by the NW-SE structures. After rising up to the basal level of the sedimentary cover, the fluids migrated longitudinally along the NNE-SSW structures, depositing fluorite and establishing geochemical gradients that controlled the formation of deposits at a local scale. The results of this study show, therefore, that despite the gap existing 200Ma between the rocks of Paraná Basin in the area and the mineralization of fluorite, genetic relations between sedimentary rocks and these deposits are, in fact, very close.
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Estratigrafia e evolução da barreira holocênica na praia do Hermenegildo (RS)

Lima, Leonardo Gonçalves de January 2008 (has links)
A caracterização do sistema de barreiras costeiras na Praia do Hermenegildo, através de técnicas de sondagem (SPT) aliadas a métodos geofísicos de alta resolução (GPR), permitiu determinar as relações estratigráficas entre as unidades litológicas (fácies) dos ambientes deposicionais costeiros, bem como suas geometrias características. Horizontes orgânicos e conchas de moluscos foram submetidos a datações de radiocarbono, permitindo assim o posicionando cronológico das unidades estratigráficas. Além dos aspectos geológico-evolutivos, foram também analisados os aspectos climáticos e ecológicos que influenciaram a evolução ambiental desta região durante o final do Pleistoceno e no Holoceno. O registro estratigráfico identificado é composto de duas unidades maiores: i) uma unidade retrogradacional (transgressiva) holocênica; sobreposta ao ii) substrato pleistocênico. Estas unidades estão separadas por uma discordância erosiva, representando um hiato deposicional condicionado pelo nível de mar baixo do último estágio glacial. Com base na estrutura sedimentar, características sedimentológicas, datações de radiocarbono, análises de palinomorfos, diatomáceas e moluscos foi possível distinguir sete fácies sedimentares: Fácies L3 (estuarino/lagunar), Fácie B3 (marinho/raso/estuarino), Fácies TA4 (paludial de água doce), Fácies L4 (estuarino/lagunar), Fácies ML4 (margem lagunar), Fácies T4 (paludial) e Fácies B4 (eólico). A unidade (seqüência) pleistocênica (fácies L3 e B3) indicam que um sistema barreira-laguna foi presente na área ocupada atualmente pela Praia do Hermenegildo durante a Penúltima Transgressão. Os aspectos estratigráficos interpretados para a unidade holocênica indicam claramente uma natureza retrogradante (transgressiva), produzida pela migração de um sistema barreira-laguna em direção ao continente. O seu registro bioestratigráfico define uma máxima influência marinha (fácies L4), por volta de 6.800 cal anos AP, intercalando períodos de deposição tipicamente lacustres na retrobarreira (fácies TA4 e T4). A porção emersa da barreira corresponde a uma fácies eólica (B4), que ao transgredir sobre o ambiente lagunar de retrobarreira originou a fácies ML4 sob uma dinâmica lagunar. Os aspectos estratigráficos identificados para este setor costeiro convergem para um diagnóstico onde as tendências transgressivas operam neste setor nos últimos 6.800 cal anos AP. / The characterization of the coastal barrier system of Hermenegildo, by data obtained trough SPT drilling and GPR allowed the establishment of the stratigraphic relationships between the lithological units of the coastal depositional environments of Hermenegildo, as well as the identification of their geometries. Organic horizons and shells were dated by 14C, allowing the chronological positioning of the stratigraphic units. Not only geological aspects were analysed, but also climatic and ecological aspects that have influenced the environmental evolution of the study region at the end of the Pleistocene and during the Holocene. The stratigraphic record is formed by two major units: i) a retrogradational (transgressive) Holocene unit; overlying the ii) Pleistocene substrate. These units are limited by an erosional surface related to the sea level low stand of the last glaciation. Based on sedimentary structures, sedimentology, 14C dating, palinology, analysis of diatoms and mollusks it was possible to distinguish seven sedimentary facies: Facies L3 (estuarine/lagoonal), Facies B3 (shallow marine/estuarine), Facies TA4 (fresh water marsh), Facies L4 (estuarine/lagoonal), Facies ML4 (lagoonal margin), Facies T4 (salt marsh) and Facies B4 (aeolian). The Pleistocene unit (facies L3 and B3) indicates the existence of a barrier/lagoon system in the present region of Hermenegildo beach at the time of the penultimate transgression. The stratigraphy of the Holocene unit clearly indicates its retrogradational (transgressive) nature, as a product of the landward migration of a barrier/lagoon system. The biostratigraphic record of the Holocene unit shows a maximum marine influence in the lagoonal system (facies L4) around 6,800 cal yrs BP, intercalating periods of typical lacustrine deposition in the backbarrier area (facies TA4 and T4). The emerged part of the barrier corresponds to the aeolian facies (B4), which by transgressing into the lagoonal depression formed facies ML4, under the lagoonal margin dynamics. The stratigraphic aspects of this coastal sector converge into a diagnostic of a transgressive trend of sea level operating in this sector in the last 6,800 cal yrs BP.
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Análise estratigráfica e estrutural do intervalo carbonoso portador de CBM : eo-permiana da Bacia do Paraná

Casagrande, Junia January 2010 (has links)
O termo Coal Bed Methane (CBM) refere-se ao metano gerado nas camadas de carvão e é um alvo exploratório na indústria do petróleo. Desde os anos setenta quando o CBM foi visto como uma fonte de energia economicamente viável estudos foram direcionados no entendimento de sua ocorrência, distribuição, viabilidade, produtividade e recuperação (Flores, 1997). Atualmente o CBM é produzido economicamente e investigado em diversas bacias carboníferas do mundo. No Brasil as principais acumulações de carvão são de idade Permiana e fazem parte da Formação Rio Bonito da Bacia do Paraná. De várias jazidas de carvão conhecidas a Jazida de Santa Terezinha, nordeste do estado do Rio Grande do Sul, é a que certamente apresenta o maior potencial para CBM. Seu condicionamento como um baixo estrutural com camadas de carvão de espessuras significativas ocorrendo entre 400m e 1000m de profundidade conferiram a jazida uma situação favorável para geração de metano. Uma boa quantidade de dados geológicos provenientes de diversos poços testemunhados foi utilizada para caracterização estratigráfica do intervalo carbonoso da jazida. A descrição detalhada de testemunhos deu embasamento para análise de fácies e sistemas deposicionais permitindo o reconhecimento de parasseqüências, cujo empilhamento evidenciou uma seqüência deposicional dominantemente transgressiva apresentando na base depósitos aluviais, na porção intermediária sistemas lagunares/paludais com formação de turfeiras, e no topo depósitos marinhos. A análise estrutural revelou uma forte compartimentação tectônica das camadas de carvão, deslocadas por falhamentos normais de alto rejeito. A integração de dados estratigráficos com a determinação do padrão de estruturação atual e demais complexidades forneceu elementos para o reconhecimento de uma zona com melhores condições para exploração de CBM na Jazida de Santa Terezinha. / Coal bed methane (CBM0 refers to the methane gas generated in coal beds and is a worldwide target in the petroleum industry. Since the Seventies when CBM was seen like a economically viable energy source studies had been directed to understand it’s occurrence pattern, distribution, viability, productivity and recovery (Flores, 1997). Nowadays CBM is economically produced and investigated in several coaly basins around the world (USA, China). In Brazil the main coal accumulations are of Permian age being part of the Rio Bonito Formation of Parana Basin. From all known coalfields the Santa Terezinha coalfield, in the northeastern region of Rio Grande do Sul state, certainly is the one that presents greater potential to CBM. The structural conditioning and the good thickness of coal beds occurring in depths between 400m and 1000m emplaced the coalfield in a favorable situation to methane generation. Tens of cored wells were utilized to the stratigraphic characterization of the coal bearing interval. A detailed description of cores supplied informations to facies and depositional environments analysis allowing the recognition of parasequences with a dominant retrogradational pattern characterizing a manly transgressive depositional sequence showing aluvial deposits at the base, marsh and lacustrine deposits in middle portion and marine strata on top. The structural analysis revealed a strong tectonic compartmentation of coal beds, displaced by normal faults with high slip. The integration of stratigraphic data with the determination of actual structural patterns and other complexities allowed the recognition of a zone with better conditions to CBM exploration in the Santa Terezinha coalfield.
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Estratigrafia de sequencias no complexo vulcano-sedimentar de Abrolhos (Eoceno da Bacia do Espirito Santo, Brasil)

Santos Filho, Rangel Borges dos January 2009 (has links)
No arquipélago de Abrolhos afloram rochas siliciclásticas nas ilhas de Santa Bárbara e Redonda. Datações radiométricas recentes atribuem a idade Eocênica às rochas vulcânicas aflorantes que ocorrem associadas a sequências sedimentares. Este trabalho sintetiza alguns aspectos sedimentológicos e estratigráficos levantados em campanhas de campo, com o objetivo de ampliar o conhecimento acerca de um dos poucos exemplares dessa natureza na margem continental leste do Brasil. Com base na classificação e interpretação das fácies, e no agrupamento destas em associações de fácies, foi possível inserir os depósitos estudados num contexto de plataforma rasa a profunda. Dessa forma, interpreta-se um modelo sedimentológico composto por um sistema deposicional deltaico e marinho raso, influenciado por ondas e caracterizado por um subsistema de shoreface médio a shoreface inferior. A partir do reconhecimento e da delimitação dos padrões de empilhamento das superfícies cronoestratigráficas nos perfis litológicos levantados nos afloramentos, foram identificadas três Sequências T-R de 4ª ordem. Os empilhamentos destas Sequências formam uma tendência geral progradacional para a seção estudada. / In the Abrolhos archipelago occours siliciclastic rocks outcrops on the islands of Santa Barbara and Redonda. Modern radiometric datings attribute Eocene age to the volcanic rocks occorrences associated with sedimentary sequences. This work summarizes some sedimentologics and stratigraphs aspects collected in field campaigns, in order to enhance our understanding about one of the few examples of its kind in the Brazilian continental eastern coast. Based on the classification and interpretation of facies, and the grouping of these facies associations, it was possible to insert the deposits studied in the context of shallow to deep shelf. Thus, it is interpreted sedimentological model composed of a deltaic depositional system and shallow marine, influenced by waves and characterized by a subsystem of medium shoreface to lower shoreface. From the recognition and demarcation of the stacking patterns of the surfaces chronostratigraphy in lithologic profiles collected in outcrops, three 4th order TR sequences were identified. The stacking of these sequences form a progradacional general trend for the section studied.
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Aplicação de métodos radiométricos em minerais diagenéticos de rochas sedimentares siliciclásticas

Maraschin, Anderson José January 2008 (has links)
O objetivo principal desta tese foi a avaliação de métodos radiométricos aplicados em minerais diagenéticos potássicos. Procurou-se verificar a sua viabilidade na obtenção de idades referentes a eventos deposicionais e diagenéticos em rochas sedimentares siliciclásticas. O método 40K-40Ar foi aplicado em ilitas diagenéticas presentes nos arenitos fluviais da Formação Guaritas (Bacia do Camaquã, RS). As ilitas diagenéticas foram identificadas por técnicas analíticas convencionais, como petrografia, difração de raios X e microscopia eletrônica de varredura e transmissão, permitindo a separação de diferentes frações granulométricas para datação. As frações maiores (2-6 μm) contendo ilita resultaram em idades mais antigas (ente 521 e 489 Ma), o que pode indicar uma sútil contaminação por minerais detríticos potássicos, derivados dos granitóides sin-tectônicos adjacentes, potencial área-fonte dos arenitos da Formação Guaritas. As frações mais finas (0,1, 0,4 e < 2 μm), provavelmente desprovidas de contaminação, revelaram idades entre 490 e 470 Ma, representativas do processo de ilitização nos arenitos. Estas idades ficaram muito próximas à idade ordoviciana previamente inferida para esta unidade sedimentar. O outro método utilizado foi o 40Ar-39Ar em overgrowths de K-feldspato que ocorrem em abundância nos arenitos-reservatório da Formação Açu (Bacia Potiguar, RN). Esses overgrowths precipitaram em condições de superfície, logo após a deposição do sedimento, de acordo com feições diagnósticas de eodiagênese, tais como cutículas de argilominerais mecanicamente infiltrados ao redor destes. Assim, a idade de 120 Ma obtida nessa feição diagenética indiretamente representa a idade deposicional para os arenitos da Formação Açu. Além disso, estes resultados ficaram muito próximos às idades inferidas (entre 112,9 e 96,9 Ma) pelo seu conteúdo palinológico. Foram obtidas também idades 40Ar-39Ar do K-feldspato detrítico, onde os valores entre 428 e 373 Ma estão muito próximos aos cristais datados de rochas da Província Borborema, embasamento da Bacia Potiguar e fonte dos arenitos da Formação Açu. Este estudo mostra que a aplicação de métodos radiométricos em minerais diagenéticos tem sido usada com sucesso na obtenção de idades diagenéticas e deposicionais em arenitos e assim contribuindo para o melhor entendimento da evolução diagenética de rochas sedimentares siliciclásticas. / The present thesis aimed at the application of radiometric methods to diagenetic mineral phases in order to determine depositional or diagenetic events in siliciclastic sedimentary rocks. The 40K-40Ar method was applied to diagenetic illites from sandstones of the Guaritas Formation (Camaquã basin, south Brazil). Diagenetic illites were initially identified by different analytical procedures such as petrography, X-ray diffraction, scanning and transmission electron microscopy, in order to obtain different size fractions. The obtained ages of around 521 Ma in the 2-6 μm fraction is associated with a slight contamination probably derived from syn-transcurrent granitoids, the potential sources of detritus for the sandstones of the Guaritas Formation. Contamination-free, fine fractions (<0.1, <0.4, and < 2 μm) yielded ages between 490 and 470 Ma, interpreted as the age of the illitization process in these sandstones. The obtained results are close to the previously estimated age for this sedimentary unit. In hydrocarbon reservoir sandstones of the Açu Formation (Potiguar basin, northeast Brazil), the 40Ar-39Ar method was applied to K-feldspar overgrowths. These overgrowths precipitated in near-surface conditions, soon after deposition, as inferred from typical eogenetic features as infiltrated grain coatings around the overgrowths. Thus, the obtained age of around 120 Ma is interpreted as a depositional age for the sandstones of the Açu Formation. Besides, the result is close to the estimated age for the Açu Formation (112.9 to 96.9 Ma) by its palynological content. Ages from detrital K-feldspar grains spread from 428 to 373 Ma, very similar to ages obtained in areas of the Borborema Province, which is the basement of the Potiguar basin and main source area for the sandstones of the Açu Formation. This study highlights that the radiometric methods have been used with success on diagenetic minerals for constraining the timing of depositional and diagenetic events in sandstones, contributing for a better understanding of diagenetic history of siliciclastic sedimentary rocks.
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Análise estratigráfica da barreira transgressiva holocênica na região da Lagoa do Sombrio, SC

Silva, Anderson Biancini da January 2011 (has links)
Na Planície Costeira Sul de Santa Catarina, entre o rio Mampituba e o norte da lagoa do Sombrio encontram-se depósitos costeiros gerados por transgressões e regressões da linha de costa durante o Quaternário. A área de estudo situa-se em um suave embaiamento costeiro onde a barreira holocênica apresenta um comportamento progradacional. Contudo, dados de subsuperfície adquiridos através do método geofísico do GPR na porção mais interna deste setor, revelaram a presença de refletores inclinados no sentido do continente, evidenciando a fase retrogradacional da barreira holocênica. Estes refletores são interpretados como estratos sedimentares formados em ambiente subaquoso, correspondente à margem lagunar que progradou no sentido do continente. A inversão dos refletores no sentido do oceano corresponde à fase progradacional, sendo estes interpretados como estratos formados no pós-praia (backshore) e na zona de estirâncio (foreshore). As diferentes fácies reconhecidas em subsuperficie com o GPR foram caracterizadas com o auxilio de dois furos de sondagens SPT (Standard Penetration Test). Os dados obtidos nos testemunhos permitiram diferenciar aspectos como textura, cor, conteúdo fossilífero, teor de matéria orgânica e forma dos grãos. Os depósitos sedimentares relacionados à fase retrogradacional são representados por areias finas a muito finas, com a presença de até 34% de lama. Por outro lado, os depósitos relacionados à fase progradacional são compostos por areias finas sem contribuição significativa de lama. Por fim, a datação por radiocarbono de um fragmento de madeira, localizado na fácies interpretada como a margem lagunar, revelou que esta foi depositada há cerca de 8 ka AP, em um nível relativo do mar aproximadamente 7 m abaixo do atual. Esta margem, que progradou no sentido do continente, corresponde à fase retrogradacional (transgressiva) da barreira holocênica. / In the Southern Santa Catarina Coastal Plain, between Mampituba river and the northern Sombrio lagoon, are present coastal deposits generated by shoreline transgressions and regressions during the Quaternary. The study area is situated on a gentle coastal embayment where the holocenic barrier has a progradational behavior. However, subsurface data acquired through the GPR in the innermost portion of this sector, revealed the presence of reflectors inclined landward, evidencing the retrogradational phase of the holocenic barrier. These reflectors are interpreted as sedimentary strata formed in subaqueous environment, corresponding to the margin lagoon which prograded landward. The reversal of reflectors basinward corresponds to the progradational phase, which is interpreted as backshore and foreshore strata. The facies recognized in subsurface with GPR were characterized with the aid of two SPT (Standard Penetration Test) drill holes. The core data allowed differentiate aspects such as texture, color, grain shape, fossil and organic matter content. Sedimentary deposits related to the retrogradational phase are represented by fine to very fine sand, with the presence of until 34% of mud. On the other hand, progradational deposits are composed of fine sand without significant mud content. Finally, the radiocarbon dating of a wood fragment, located in lagoon margin facies, showed that it was deposited at about 8 ka BP, in a mean sea level of around 7 m below the current level. This margin, which prograded landwards, corresponds to the retrogradational phase of the holocenic barrier (transgressive).
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Estudo do gênero Glossotherium Owen, 1840 (Xenarthra, Tardigrada, Mylodontidae), pleistoceno no estado do Rio Grande do Sul, Brasil

Pitana, Vanessa Gregis January 2011 (has links)
O estudo dos Mylodontinae provenientes de localidades pleistocênicas da região central (Municípios de São Gabriel e Rosário do Sul), oeste (Municípios de Quaraí, Uruguaiana e Alegrete) e costeira (Município de Santa Vitória do Palmar) do Estado do Rio Grande do Sul, possibilitou a identificação de material craniano e mandibular como Glossotherium robustum, com base nos seguintes caracteres: alargamento da porção anterior da maxila, forma arredondada e inclinação ventrolateral da fossa para o estilohial, formato elíptico do côndilo occipital e goteira lingual em forma de pá. Os caracteres cranianos, principalmente da região rostral, são mais confiáveis para uma identificação a nível de espécie. Os dentários, molariformes e material pós-craniano isolado (úmero, rádio, fêmur, tíbia e astrágalo) foram identificados como Glossotherium aff. G. robustum. No caso específico dos dentários, levou-se em conta a forma espatulada da região sinfisiária e a menor convexidade da margem ventral do corpo do dentário; pequenas diferenças morfológicas (e.g. tamanho dos dentes, diferença na altura do dentário) foram atribuídas à ontogenia. Na identificação do material pós-craniano, foram utilizados alguns caracteres como a robustez das cristas umerais, a borda bem marcada da faceta astragalar na tíbia e o ângulo reto da apofise odontoide no astrágalo. Deve-se considerar também, a maior homogeneidade morfológica dos ossos pós-cranianos em relação ao crânio e a escassez de esqueletos completos para o estudo comparativo. Alguns espécimes foram identificados apenas como Mylodontinae, na falta de caracteres anatômicos diagnósticos, ou devido ao seu estado fragmentário. De acordo com os caracteres acima mencionados para o crânio, dentários e material pós-craniano, confirmou-se uma maior similaridade morfológica do material pleistocênico do RS com a fauna Pampeana (Pleistoceno superior) da Argentina e Uruguai. O presente estudo também permitiu reconhecer diferenças morfológicas consistentes em relação à forma intertropical, a qual deve ser considerada totalmente distinta de G. robustum. Dessa forma, até o presente momento, os registros desta espécie parecem mostrar que esteve bem distribuída entre as latitudes de 17°S e 40°S que abrange a Bolívia, Argentina, Uruguai e Brasil. / The study of Mylodontinae from Pleistocene localities of the central (Municipalities of São Gabriel and Rosário do Sul), western (Municipalities Quaraí, Uruguaiana and Alegrete) and coast regions (Municipality of Santa Vitória do Palmar) of Rio Grande do Sul State enabled the identification of the cranial and mandibular material as Glossotherium robustum, on the basis of following characters: enlargement of the anterior portion of maxilla, rounded and ventrolaterally bent fossa for the estilohial, elliptical shape of the occipital condyle and shovel-shaped symphyseal region. Cranial characters, mostly rostral region, provide a better support for a identification at the species level. Dentaries, teeth and isolated postcranial material (humerus, radius, femur, tibia and astragalus) were identified as Glossotherium aff. G. robustum. For the dentaries, it was taken into account the spatulate shape of the symphyseal region and the convexity of the ventral margin of dentary body. Small differences in morphology (e.g. size of the teeth, height of the dentary body) were seen as a result of ontogeny. In the identification of postcranial material, some characters were used as: robustness of the humeral ridge, well developed edge of astragalar facet in the tibia and the right angle of the odontoid apophysis in the astragalus. In addition, we took into account the morphological uniformity of the postcranial bones in regard to the skull and the lack of complete skeletons for the comparative. Some specimens were identificated only as Mylodontinae; because of the lack of diagnostic characters, and the fragmentary state of material. According to the characters mentioned above, it was confirmed a greater morphological similarity of the pleistocenic material of RS with that of Pampean fauna (upper Pleistocene) of Argentina and Uruguay. Comparative study also allowed to recognize consistent morphological differences regarding to the intertropical form, which must seen regarded as entirely distinct from the southern taxon. Thus, to date, the records of G. robustum indicated that this taxon was well distributed between latitudes 17°S and 40°S including Bolivia, Argentina, Uruguay and Brazil.
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Arquitetura estratigráfica da formação Romualdo, pós-rifte da Bacia do Araripe, Brasil / Stratigraphic architecture of Romualdo formation, post-rift of Araripe Basin, Brazil

Custódio, Michele Andriolli [UNESP] 07 April 2017 (has links)
Submitted by Michele Andriolli Custodio null (mi.andriolli@gmail.com) on 2017-05-16T19:15:02Z No. of bitstreams: 1 Dissertacao_Mestrado_Michele Andriolli Custodio.pdf: 8806933 bytes, checksum: d185af0ebf1e0398d67dbb538a16ca92 (MD5) / Approved for entry into archive by Luiz Galeffi (luizgaleffi@gmail.com) on 2017-05-16T19:25:50Z (GMT) No. of bitstreams: 1 custodio_ma_me_rcla.pdf: 8806933 bytes, checksum: d185af0ebf1e0398d67dbb538a16ca92 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-16T19:25:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 custodio_ma_me_rcla.pdf: 8806933 bytes, checksum: d185af0ebf1e0398d67dbb538a16ca92 (MD5) Previous issue date: 2017-04-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Os eventos geológicos relacionados à abertura do Oceano Atlântico Sul influenciaram profundamente o registro sedimentar da Bacia do Araripe. A Formação Romualdo, unidade superior do Andar Alagoas (neo-Aptiano a eo-Albiano), registra a ingressão marinha no interior do Nordeste do Brasil. A arquitetura estratigráfica desta unidade é crucial para entender a paleogeografia do Gondwana e como o Proto-Oceano Atlântico alcançou o interior do Nordeste do Brasil durante o Cretáceo. A Formação Romualdo constitui um completo ciclo transgressivo-regressivo limitado por duas discordâncias regionais. Na parte leste da bacia, a sequência deposicional da Formação Romualdo compreende depósitos marinhos marginais do trato de sistemas de mar baixo sucedidos por depósitos marinhos rasos com a superfície de máxima inundação marcada poucos metros acima do intervalo, correspondendo ao limite superior do trato de sistemas transgressivo. Outro nível de registro da ingressão marinha corresponde a um intervalo superior com camadas de coquinas e calcários coquinoides preservando fósseis de invertebrados, o qual integra o trato de sistemas de mar alto. Sucedendo a ingressão marinha, uma incompleta sucessão regressiva de fácies marinhas marginais registra o retorno de ambientes continentais na bacia. A arquitetura estratigráfica baseada na correlação de várias seções define geometria em forma de cunha com o mergulho deposicional para sul/sudeste, e diminuição de espessura em direção a noroeste, com áreas fontes localizadas a norte e nordeste da bacia. A geometria em forma de cunha e as medidas de dados de paleocorrentes indicam também onlap costeiro para NNW. Neste contexto a ingressão marinha teria alcançado a Bacia do Araripe a partir de SSE. / Geologic events related to the opening of the South Atlantic Ocean deeply influenced the sedimentary record of the Araripe Basin. The Romualdo Formation, superior unit of Alagoas Age (neo-Aptian to eo-Albian) record the marine incursion in the Brazil northeast interior. The stratigraphic architecture of those units are crucial to understand the paleogeography of Gondwana as well as how the proto-Atlantic Ocean waters reached interior NE Brazil during the early Cretaceous. The Romualdo Formation constitute a facies-cycle wedge constrained by two regional unconformities. In the eastern portion of the basin, the Romualdo depositional sequence comprises marginal-marine deposits of lowstand systems tract, followed by a shallow marine dominated transgressive facies succession, with marine flooding surface marked few meters above of interval, corresponding to upper boundary of transgressive system tract. Another record level of marine ingression corresponds to upper interval with shell beds, preserving invertebrates fossils, which integrate the highstand system tract. Following the marine ingression, an incomplete regressive succession of marginalmarine facies records the return of continental environments to the basin. The stratigraphic framework based on the correlation of several sections defines a facies cycle wedge with depositional dip towards southeast, decreasing in thickness towards northwest, and with source areas located at the northern side of the basin. The facies-cycle wedge geometry altogether with paleocurrent data indicates a coastal onlap towards NNW. In such a context the marine ingression would have reached the western portion of the Araripe Basin from the SSE.
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Caracteriza??o tectono-estratigr?fica da sequ?ncia transicional na sub-bacia de Sergipe

Cruz, Liliane Rab?lo 26 September 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2015-02-24T19:48:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 LilianeRC_Capa_ate_Cap3.pdf: 3239359 bytes, checksum: 5d036616594887894c2008efe8619990 (MD5) Previous issue date: 2008-09-26 / This thesis deals with the tectonic-stratigraphic evolution of the Transitional Sequence in the Sergipe Sub-basin (the southern segment of the Sergipe-Alagoas Basin, Northeast Brazil), deposited in the time interval of the upper Alagoas/Aptian stage. Sequence boundaries and higher order internal sequences were identified, as well as the structures that affect or control its deposition. This integrated approach aimed to characterize the geodynamic setting and processes active during deposition of the Transitional Sequence, and its relations with the evolutionary tectonic stages recognized in the East Brazilian Margin basins. This subject addresses more general questions discussed in the literature, regarding the evolution from the Rift to the Drift stages, the expression and significance of the breakup unconformity, the relationships between sedimentation and tectonics at extensional settings, as well as the control on subsidence processes during this time interval. The tectonic-stratigraphic analysis of the Transitional Sequence was based on seismic sections and well logs, distributed along the Sergipe Sub-basin (SBSE). Geoseismic sections and seismic facies analysis, stratigraphic profiles and sections, were compiled through the main structural blocks of this sub-basin. These products support the depositional and tectonic-stratigraphic evolutionary models built for this sequence. The structural analysis highlighted similarities in deformation styles and kinematics during deposition of the Rift and Transitional sequences, pointing to continuing lithospheric extensional processes along a NW trend (X strain axis) until the end of deposition of the latter sequence was finished by the end of late Aptian. The late stage of extension/rifting was marked by (i) continuous (or as pulses) fault activity along the basin, controling subsidence and creation of depositional space, thereby characterizing upper crustal thinning and (ii) sagstyle deposition of the Transitional Sequence at a larger scale, reflecting the ductile stretching and thinnning of lower and sub crustal layers combined with an increasing importance of the thermal subsidence regime. Besides the late increments of rift tectonics, the Transitional Sequence is also affected by reactivation of the border faults of SBSE, during and after deposition of the Riachuelo Formation (lower section of the Transgressive Marine Sequence, of Albian age). It is possible that this reactivation reflects (through stress propagation along the newlycreated continental margin) the rifting processes still active further north, between the Alagoas Sub-basin and the Pernambuco-Para?ba Basin. The evaporitic beds of the Transitional Sequence contributed to the development of post-rift structures related to halokinesis and the continental margin collapse, affecting strata of the overlying marine sequences during the Middle Albian to the Maastrichtian, or even the Paleogene time interval. The stratigraphic analysis evidenced 5 depositional sequences of higher order, whose vertical succession indicates an upward increase of the base level, marked by deposition of continental siliciclastic systems overlain by lagunar-evaporitic and restricted marine systems, indicating that the Transitional Sequence was deposited during relative increase of the eustatic sea level. At a 2nd order cycle, the Transitional Sequence may represent the initial deposition of a Transgressive Systems Tract, whose passage to a Marine Transgressive Sequence would also be marked by the drowning of the depositional systems. At a 3rd order cycle, the sequence boundary corresponds to a local unconformity that laterally grades to a widespread correlative conformity. This boundary surface corresponds to a breakup unconformity , being equivalent to the Pre-Albian Unconformity at the SBSE and contrasting with the outstanding Pre-upper Alagoas Unconformity at the base of the Transitional Sequence; the latter is alternatively referred, in the literature, as the breakup unconformity. This Thesis supports the Pre-Albian Unconformity as marker of a major change in the (Rift-Drift) depositional and tectonic setting at SBSE, with equivalent but also diachronous boundary surfaces in other basins of the Atlantic margin. The Pre-upper Alagoas Unconformity developed due to astenosphere uplift (heating under high lithospheric extension rates) and post-dates the last major fault pulse and subsequent extensive block erosion. Later on, the number and net slip of active faults significantly decrease. At deep to ultra deep water basin segments, seaward-dipping reflectors (SDRs) are unconformably overlain by the seismic horizons correlated to the Transitional Sequence. The SDRs volcanic rocks overly (at least in part) continental crust and are tentatively ascribed to melting by adiabatic decompression of the rising astenospheric mantle. Even though being a major feature of SBSE (and possibly of other basins), the Pre-upper Alagoas Unconformity do not correspond to the end of lithospheric extension processes and beginning of seafloor spreading, as shown by the crustal-scale extensional structures that post-date the Transitional Sequence. Based on this whole context, deposition of the Transitional Sequence is better placed at a late interval of the Rift Stage, with the advance of an epicontinental sea over a crustal segment still undergoing extension. Along this segment, sedimentation was controled by a combination of thermal and mechanical subsidence. In continuation, the creation of oceanic lithosphere led to a decline in the mechanical subsidence component, extension was transferred to the mesoceanic ridge and the newly-formed continental margin (and the corresponding Marine Sequence) began to be controlled exclusively by the thermal subsidence component. Classical concepts, multidisciplinary data and new architectural and evolutionary crustal models can be reconciled and better understood under these lines / Esta tese aborda a evolu??o tectono-estratigr?fica da Seq??ncia Transicional na Subbacia de Sergipe (por??o sul da Bacia Sergipe-Alagoas, Nordeste do Brasil), depositada no intervalo que abrange o Alagoas superior. Foram identificadas as suas superf?cies lim?trofes e seq??ncias internas, de maior ordem, bem como as estruturas que a afetaram ou controlaram a sua deposi??o. Essa abordagem integrada teve como objetivo caracterizar o contexto geodin?mico e os processos atuantes durante a deposi??o desta seq??ncia e sua rela??o com os est?gios tect?nicos reconhecidos na evolu??o das bacias da Margem Leste Brasileira. O tema da tese remete a uma problem?tica amplamente discutida na literatura, envolvendo a passagem entre os est?gios Rifte e Drifte, a express?o e o significado da discord?ncia de breakup, a rela??o entre a sedimenta??o e o tectonismo em ambientes distensionais, bem como os controles dos processos de subsid?ncia neste intervalo de tempo. A an?lise tectono-estratigr?fica da Seq??ncia Transicional foi realizada com base em se??es s?smicas e perfis de po?os, distribu?dos ao longo da Sub-bacia de Sergipe (SBSE). Foram executadas se??es geoss?smicas e an?lise de sismof?cies, perfis e se??es estratigr?ficas, que recobrem os principais compartimentos estruturais desta sub-bacia. A partir desses produtos, foram elaborados modelos deposicionais e da evolu??o tectonoestratigr?fica da Seq??ncia Transicional. A an?lise estrutural demonstra semelhan?as no estilo e cinem?tica da deforma??o atuante durante a deposi??o das seq??ncias Rifte e Transicional, que apontam para uma continua??o dos processos de distens?o litosf?rica ao longo da dire??o NW (eixo de strain X), at? o final do Neo-Aptiano, quando se encerrou a deposi??o desta ?ltima. Os est?gios tardios da distens?o/rifteamento estariam marcados pela (i) cont?nua (embora em pulsos) atividade de falhas ao longo da bacia, controlando a cria??o do espa?o de acomoda??o nas suas imedia??es e caracterizando o afinamento da crosta superior, e (ii) deposi??o em estilo sag, quando a Seq??ncia Transicional ? visualizada numa escala mais ampla, refletindo o componente de estiramento e afinamento d?ctil de n?veis infra e subcrustais, combinado ? crescente import?ncia do regime de subsid?ncia t?rmica. Al?m da tect?nica rifte nos seus incrementos tardios, a Seq??ncia Transicional tamb?m se encontra afetada pela reativa??o das falhas de borda na SBSE, durante e ap?s a deposi??o da Forma??o Riachuelo (por??o inferior da Seq??ncia Marinha Transgressiva, de idade albiana). ? poss?vel que essa reativa??o constitua o reflexo (transmiss?o de tens?es ao longo da margem continental em forma??o) dos processos de rifteamento ainda ativos mais a norte, entre a Sub-bacia de Alagoas e a Bacia Pernambuco-Para?ba. As camadas evapor?ticas da Seq??ncia Transicional contribu?ram para o desenvolvimento de estruturas p?s-rifte, relacionadas ? halocinese e ao colapso da margem, as quais perturbam os estratos das seq??ncias marinhas sobrepostas num intervalo que se estende do Mesoalbiano ao Maastrichtiano, ou mesmo at? o Pale?geno. A an?lise estratigr?fica demonstrou a ocorr?ncia de 5 seq??ncias deposicionais de maior ordem, cuja sucess?o vertical indica um aumento progressivo do n?vel de base, marcado pela deposi??o dos sistemas silicicl?sticos continentais, que passam para sistemas lagunares-evapor?ticos e marinhos restritos, indicando que a Seq??ncia Transicional foi depositada num flanco de subida relativa do n?vel eust?tico. Num ciclo de 2? ordem, essa seq??ncia pode representar a deposi??o inicial de um Trato de Sistemas Transgressivo, cuja passagem para a Seq??ncia Marinha Transgressiva tamb?m estaria marcada por um afogamento dos sistemas deposicionais. Num ciclo de 3? ordem, a passagem entre estas seq??ncias ? balizada por uma discord?ncia restrita que lateralmente passa a uma concord?ncia correlativa, mais abrangente. Esta passagem corresponde ? discord?ncia de breakup , equivalente ? Discord?ncia Pr?-Albiano na SBSE, e contrasta com a maior express?o da Discord?ncia Pr?-Alagoas superior, esta ?ltima na base da Seq??ncia Transicional e alternativamente referida, na literatura, como a discord?ncia de breakup. Nesta Tese, ? adotado o conceito de que a Discord?ncia Pr?-Albiano seria o marco da mudan?a de contexto deposicional e do ambiente tect?nico (Rifte-Drifte) na SBSE, com superf?cies equivalentes mas tamb?m di?cronas, em outras bacias da Margem Atl?ntica. A Discord?ncia Pr?-Alagoas superior teria se formado em resposta ? subida da astenosfera (aquecimento sob altas taxas de distens?o litosf?rica) e p?s-data o ?ltimo pulso importante de falhamentos (a ela sotopostos) e eros?o de blocos. Acima dela, o n?mero de falhas ativas e o seu rejeito decresceram significativamente. Em ?guas profundas a ultraprofundas, os seaward-dipping reflectors (SDRs) s?o capeados em discord?ncia pelos horizontes s?smicos correlatos ? Seq??ncia Transicional. Essas rochas vulc?nicas foram (pelo menos parcialmente) alojadas sobre crosta continental, sendo tentativamente atribu?das ? fus?o do manto astenosf?rico em processo de subida e descompress?o adiab?tica. Embora seja uma fei??o muito importante na SBSE (e possivelmente, em outras bacias), a Discord?ncia Pr?-Alagoas superior n?o delimita o final do processo de distens?o litosf?rica e o in?cio de cria??o de assoalho oce?nico, haja vista as evid?ncias de estruturas distensionais de escala (pelo menos) crustal, que afetam a Seq??ncia Transicional. Considerando todo esse contexto, a deposi??o da Seq??ncia Transicional ? melhor posicionada no intervalo tardio do Est?gio Rifte, com a entrada de um mar epicontinental sobre o segmento de crosta ainda em processo de distens?o. Ao longo deste segmento, a sedimenta??o estaria ent?o controlada pela combina??o de subsid?ncia t?rmica e mec?nica. Em seq??ncia, o in?cio de cria??o de litosfera oce?nica conduziu ao decl?nio do componente de subsid?ncia mec?nica, a distens?o foi transferida para a cadeia mesoce?nica e a margem continental em forma??o (e a correspondente Seq??ncia Marinha) passou a ser controlada exclusivamente pelo componente de subsid?ncia t?rmica. Conceitos cl?ssicos, dados multidisciplinares e novos modelos arquiteturais e de evolu??o da crosta podem ser reconciliados e melhor compreendidos sob as linhas discutidas
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Arquitetura, litof?cies e evolu??o tectono-estratigr?fica da Bacia do Rio do Peixe, Nordeste do Brasil

Silva, Ajosenildo Nunes da 04 September 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-13T17:08:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 AjosenildoNS_1_40.pdf: 1272278 bytes, checksum: 9b1c1c8f6612afc587e4f349ec301a5d (MD5) Previous issue date: 2009-09-04 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior / The Rio do Peixe Basin is located in the border of Para?ba and Cear? states, immediately to the north of the Patos shear zone, encompassing an area of 1,315 km2. This is one of the main basins of eocretaceous age in Northeast Brazil, associated to the rifting event that shaped the present continental margin. The basin can be divided into four sub-basins, corresponding to Pombal, Sousa, Brejo das Freiras and Icozinho half-grabens. This dissertation was based on the analysis and interpretation of remote sensing products, field stratigraphic and structural data, and seismic sections and gravity data. Field work detailed the lithofacies characterization of the three formations previously recognised in the basin, Antenor Navarro, Sousa and Rio Piranhas. Unlike the classical vertical stacking, field relations and seismostratigraphic analysis highlighted the interdigitation and lateral equivalency between these units. On bio/chrono-stratigraphic and tectonic grounds, they correlate with the Rift Tectonosequence of neocomian age. The Antenor Navarro Formation rests overlies the crystalline basement in non conformity. It comprises lithofacies originated by a braided fluvial system system, dominated by immature, coarse and conglomeratic sandstones, and polymict conglomerates at the base. Its exposures occur in the different halfgrabens, along its flexural margins. Paleocurrent data indicate source areas in the basement to the north/NW, or input along strike ramps. The Sousa Formation is composed by fine-grained sandstones, siltites and reddish, locally grey-greenish to reddish laminated shales presenting wavy marks, mudcracks and, sometimes, carbonate beds. This formation shows major influence of a fluvial, floodplain system, with seismostratigraphic evidence of lacustrine facies at subsurface. Its distribution occupies the central part of the Sousa and Brejo das Freiras half-grabens, which constitute the main depocenters of the basin. Paleocurrent analysis shows that sediment transport was also from north/NW to south/SE / A Bacia do Rio do Peixe est? situada no limite dos estados da Para?ba e do Cear?, imediatamente a norte do Lineamento Patos, com ?rea de aproximadamente 1.315 km2. Esta ? uma das principais bacias de idade eocret?cea no interior do Nordeste do Brasil, associadas ao rifteamento que moldou a atual margem continental. A bacia pode ser dividida em quatro sub-bacias, as quais correspondem aos semi-grabens de Pombal, Sousa, Brejo das Freiras e Icozinho. Esta disserta??o foi baseada em an?lises e interpreta??es de produtos de sensores remoto, levantamentos estratigr?ficos e dados estruturais de terreno, al?m de linhas s?smicas e dados gravim?tricos. Trabalhos de campo detalharam a caracteriza??o faciol?gica das tr?s forma??es previamente distinguidas na bacia, Antenor Navarro, Sousa e Rio Piranhas. Ao contr?rio do empilhamento estratigr?fico cl?ssico, vertical, as rela??es de campo e a an?lise sismoestratigr?fica evidenciaram as interdigita??es e equival?ncia lateral entre essas unidades. Do ponto de vista bio/cronoestratigr?fico e tect?nico, as mesmas se correlacionam com a Tectonossequ?ncia Rifte neocomiana. A Forma??o Antenor Navarro repousa em n?o conformidade sobre o embasamento cristalino e compreende litof?cies originadas por um sistema fluvial entrela?ado, dominado por arenitos de granulometria grossa a conglomer?ticos, imaturos, e conglomerados polim?ticos na base. As exposi??es desta forma??o ocorrem em todos os semi-grabens, ao longo de suas margens flexurais. Dados de paleocorrente indicam deposi??o a partir de ?reas fontes no embasamento, a norte/NW, ou a partir de rampas direcionais. A Forma??o Sousa ? composta por arenitos de granulometria fina, siltitos e folhelhos avermelhados e localmente cinza-esverdeados, laminados, com presen?a de marcas onduladas, gretas de contra??o e, por vezes, n?veis carbon?ticos. Esta forma??o denota a influ?ncia predominante de um sistema fluvial, com infer?ncia (sismoestratigr?fica) de f?cies lacustre em subsuperf?cie. A sua distribui??o abrange principalmente a parte central dos semi-grabens de Sousa e de Brejo das Freiras, que constituem os principais depocentros da bacia. A an?lise das paleocorrentes mostra que o transporte dos sedimentos tamb?m ocorreu de norte/NW para sul/SE.A Forma??o Rio Piranhas ? composta por arenitos arcosianos de granulometria grossa, com intercala??es de brechas e conglomerados polim?ticos, depositados por sistemas de leques aluviais. As exposi??es desta forma??o ocorrem principalmente nas margens falhadas dos semi-grabens, sendo mais restritas na Sub-bacia de Icozinho. As paleocorrentes orientam-se predominantemente no sentido de norte/NW para sul/SE, ou em disposi??o axial acompanhando paleoescarpas de dire??o NE/SW. Nos diferentes compartimentos da bacia, esta unidade interdigita-se com as forma??es Sousa e Antenor Navarro, ratificando a deposi??o sintect?nica do conjunto. A an?lise estrutural da Bacia do Rio do Peixe, tamb?m baseada em dados de campo e interpreta??o de se??es s?smicas, mostra que as principais falhas representam a reativa??o fr?gil de zonas de cisalhamento pr?-cambrianas. Tais falhas, normais ou de rejeito obl?quo (normal sinistral para a dire??o E-W), delimitam os semi-grabens e compartimentos internos. O levantamento de dados estruturais permitiu detalhar a cinem?tica dessas falhas e inferir eixos de strain e o regime de esfor?os atuantes na evolu??o da bacia. O levantamento s?smico 2D realizado nos semi-grabens de Brejo das Freiras e de Sousa possibilitou a visualiza??o da geometria em cunha dos refletores, que apresentam basculamento para sul/SE, controlado pelas falhas de borda. O arranjo interno dos refletores evidencia a atua??o sindeposicional (at? sinlitifica??o) dos falhamentos, como por exemplo o espessamento de camadas e o recobrimento de degraus por estratos mais jovens. S?o observadas a presen?a de sinclinais e anticlinais geradas pela combina??o do basculamento com a geometria l?strica, os degraus e o arrasto das falhas. O degrau de Santa Helena perfaz o seu limite sul como uma rampa derevezamento e tamb?m se articula com o semi-graben de Sousa. A falha de S?o Gon?alo, com orienta??o E-W e mergulho para norte, define o limite sul do semigraben de Sousa. Internamente a este segundo semi-graben foram identificados dois depocentros limitados por uma falha normal com dire??o NE-SW e mergulho para NW, adjacente a um alto interno no qual ocorrem ind?cios de ?leo. O principal depocentro, a NW dessa falha, deve atingir 2,0 km de profundidade.

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