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Estrutura urbana de cidades médias amazônicas: análise considerando a articulação das escalas interurbana e intraurbana

Lúcia Zagury Tourinho, Helena 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T16:27:54Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo6652_1.pdf: 14983153 bytes, checksum: 5fe6800ff9cf742d19579d140c0d86ee (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Trata da articulação entre estrutura intraurbana e estrutura interurbana mediante a análise da influência dos meios de acessibilidade interurbana (rodovias, ferrovias hidrovias, aeroportos) no crescimento e na configuração da estrutura intraurbana de cidades médias amazônicas, estas definidas com base em critérios funcionais e demográficos. Parte da discussão das noções de sistema e de estrutura para distingui-las e definir sistema e estrutura espaciais (gerais e urbanos). O sistema espacial urbano é visto como um sistema aberto e complexo, e a estrutura urbana como a parte do sistema espacial urbano composta pelos elementos essenciais do todo e suas relações. Após rever criticamente as teorias e modelos de estrutura urbana (interurbana e intraurbana), e evidenciar a escassez de estudos que liguem as estruturas espaciais inter e intraurbanas, baseada na obra de Milton Santos, estabelece uma matriz conceitual onde os meios de acessibilidade interurbana aparecem como objetos técnicos que mediam as estruturas espaciais das duas escalas geográficas enfocadas. Para verificar como isso ocorre em 21 cidades médias amazônicas, primeiro analisa - com base em pesquisa bibliográfica e em informações das regiões de influência das cidades produzidas pelos estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - as origens e os papéis desempenhados pelas cidades médias selecionadas e pelos meios regionais de acessibilidade interurbana na configuração das redes urbanas (regional e comandadas pelas referidas cidades médias). Depois, relaciona a presença dos elementos de articulação interurbana (hidrovias, rodovias, ferrovias, portos, atracadouros, aeroportos e terminais rodoviários) com: (a) o crescimento do tecido urbano, nas três últimas décadas, este obtido através do tratamento de imagens do satélite Landsat 5-TM; (b) as estruturas intraurbanas verificadas em 1991 e 2000, estas definidas pelas localizações do sistema viário básico e das nucleações principais de comércios e serviços (identificados a partir de imagens disponibilizadas no Google Earth e em documentos técnicos), bem como pelas distribuições espaciais intraurbanas das densidades demográficas e dos estratos de renda dos chefes de domicílio, conseguidas mediante o uso de dados desagregados em nível de setor censitário dos Censos Demográficos, ajustados em células quadradas de 100 metros de lado, para fins de comparação e exclusão de vazios urbanos. Conclui identificando padrões de estrutura intraurbana relacionados aos meios de acessibilidade interurbana e apontando desdobramentos para pesquisas futuras
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Segregação socioespacial em cidades médias gaúchas: Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas e Santa Maria / Socio-spatial segregation in medium-sized cities of Rio Grande do Sul state: Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas and Santa Maria.

Ferretto, Diego 05 November 2018 (has links)
O objetivo desta pesquisa consiste em investigar os padrões espaciais e as repercussões dos processos de segregação nas estruturas intraurbanas das principais cidades médias gaúchas: Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas e Santa Maria. A segregação é definida como a separação ou afastamento físico de um grupo social relativamente homogêneo em relação aos demais e compreendida como um dos fundamentos da produção do espaço urbano, representando um processo que, simultaneamente, reflete e condiciona as relações sociais, se realizando, portanto, na esfera da dialética socioespacial. Três núcleos analíticos estruturam a tese: o reconhecimento dos respectivos perfis demográficos, socioeconômicos e funcionais das cidades estudadas (capítulo II); a compreensão de suas estruturas socioespaciais intraurbanas, a partir de técnicas estatísticas de análises multivariadas que permitem a identificação e espacialização de grupos sociais e a definição dos atuais padrões de segregação socioespacial (capítulo III); a abordagem da segregação socioespacial em sua dimensão histórica e processual, de forma articulada aos respectivos processos de estruturação intraurbana. Os resultados da pesquisa apontam para a existência de três padrões socioespaciais distintos ao longo do tempo: até o final do século XIX, identificam-se diferenciações socioespaciais que não se configuram segregações de fato, pois a proximidade entre as classes sociais é uma realidade em meio a ocupações compactas; do final do século XIX até a década de 1980 constitui-se e consolida-se o padrão de segregação centro-periferia, caracterizado pela expansão horizontal das cidades, sendo o centro lugar valorizado pelas elites, objeto de concentração de investimentos públicos e privados; a partir de 1990, evidenciam-se processos de reestruturação urbana com novos padrões de autossegregação dos mais ricos em condomínios fechados periféricos, assim como o surgimento de grandes equipamentos periféricos como os shopping centers, denotando a emergência de processos de fragmentação socioespacial, ainda incipientes, porém mais complexos que os processos de segregação, pois extrapolam o uso residencial. Historicamente, as cidades de Pelotas e Santa Maria exibem padrões de ocupações mais dispersos em relação à Caxias do Sul e Passo Fundo, assim como processos de segregação mais complexos, demonstrando desde a década de 1980 uma sobreposição ao padrão de segregação centro-periferia, a partir da formação de setores periféricos de grande concentração de camadas de média e alta renda; no caso de Pelotas associados às amenidades naturais, e no caso de Santa Maria motivados por investimentos públicos em grandes equipamentos urbanos. Se comparados às realidades metropolitanas, os processos de segregação socioespacial nas cidades médias estudadas revelam a mesma natureza socioeconômica, assim como padrões espaciais semelhantes, no entanto, apresentam omplexidades, escalas e temporalidades diversas, o que define diferentes níveis de determinação sobre o espaço intraurbano. / The objective of this research is to investigate the spatial patterns and repercussions of the segregation processes in the intra-urban structures of the main medium-sized cities of Rio Grande do Sul: Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas and Santa Maria. Segregation is defined as the separation or physical seclusion of a relatively homogeneous social group from others and understood as one of the foundations of urban space production, representing a process that simultaneously reflects and conditions social relations, in the sphere of socio-spatial dialectics. Three analytical cores structure the thesis: the recognition of each of the city\'s demographic, socioeconomic and functional profiles (chapter II); the understanding of their intra-urban socio-spatial structures, based on statistical techniques of multivariate analysis that allow the identification and spatialization of social groups, and the definition of current patterns of socio-spatial segregation (chapter III); the approach of socio-spatial segregation in its historical and procedural dimension, in regards to their respective processes of intra-urban structuring. The results of the research point to the existence of three distinct socio-spatial patterns over time: until the end of the nineteenth century, socio-spatial differentiations do not constitute actual segregation, since proximity between social classes is a reality in compact occupations; from the end of the nineteenth century until the 1980s, the pattern of center-periphery segregation was established and consolidated, characterized by urban sprawl, with the center being valued by elites, and the object of concentration of public and private investments; since 1990, there is evidence of urban restructuring processes with new patterns of self-segregation of the richest in closed condominiums in peripheral areas, as well as the introduction of large peripheral equipment such as shopping malls, denoting the emergence of socio-spatial fragmentation processes, still incipient, but more complex than the previous processes of segregation, since they extrapolate the residential use. Historically, the cities of Pelotas and Santa Maria have more dispersed patterns of occupation in relation to Caxias do Sul and Passo Fundo, as well as more complex segregation processes, demonstrating since the 1980s an overlap with the center-periphery segregation pattern, evidenced by the formation of peripheral sectors with a high concentration of medium and high income classes; in the case of Pelotas, this process is associated with natural amenities, and in the case of Santa Maria it is motivated by public investments in large urban facilities. Compared to metropolitan realities, the sociospatial segregation processes in the studied medium cities reveal the same socioeconomic nature, as well as similar spatial patterns; however, they present different complexities, scales and temporalities, defining different levels of determination upon intra-urban space.
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Segregação socioespacial em cidades médias gaúchas: Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas e Santa Maria / Socio-spatial segregation in medium-sized cities of Rio Grande do Sul state: Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas and Santa Maria.

Diego Ferretto 05 November 2018 (has links)
O objetivo desta pesquisa consiste em investigar os padrões espaciais e as repercussões dos processos de segregação nas estruturas intraurbanas das principais cidades médias gaúchas: Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas e Santa Maria. A segregação é definida como a separação ou afastamento físico de um grupo social relativamente homogêneo em relação aos demais e compreendida como um dos fundamentos da produção do espaço urbano, representando um processo que, simultaneamente, reflete e condiciona as relações sociais, se realizando, portanto, na esfera da dialética socioespacial. Três núcleos analíticos estruturam a tese: o reconhecimento dos respectivos perfis demográficos, socioeconômicos e funcionais das cidades estudadas (capítulo II); a compreensão de suas estruturas socioespaciais intraurbanas, a partir de técnicas estatísticas de análises multivariadas que permitem a identificação e espacialização de grupos sociais e a definição dos atuais padrões de segregação socioespacial (capítulo III); a abordagem da segregação socioespacial em sua dimensão histórica e processual, de forma articulada aos respectivos processos de estruturação intraurbana. Os resultados da pesquisa apontam para a existência de três padrões socioespaciais distintos ao longo do tempo: até o final do século XIX, identificam-se diferenciações socioespaciais que não se configuram segregações de fato, pois a proximidade entre as classes sociais é uma realidade em meio a ocupações compactas; do final do século XIX até a década de 1980 constitui-se e consolida-se o padrão de segregação centro-periferia, caracterizado pela expansão horizontal das cidades, sendo o centro lugar valorizado pelas elites, objeto de concentração de investimentos públicos e privados; a partir de 1990, evidenciam-se processos de reestruturação urbana com novos padrões de autossegregação dos mais ricos em condomínios fechados periféricos, assim como o surgimento de grandes equipamentos periféricos como os shopping centers, denotando a emergência de processos de fragmentação socioespacial, ainda incipientes, porém mais complexos que os processos de segregação, pois extrapolam o uso residencial. Historicamente, as cidades de Pelotas e Santa Maria exibem padrões de ocupações mais dispersos em relação à Caxias do Sul e Passo Fundo, assim como processos de segregação mais complexos, demonstrando desde a década de 1980 uma sobreposição ao padrão de segregação centro-periferia, a partir da formação de setores periféricos de grande concentração de camadas de média e alta renda; no caso de Pelotas associados às amenidades naturais, e no caso de Santa Maria motivados por investimentos públicos em grandes equipamentos urbanos. Se comparados às realidades metropolitanas, os processos de segregação socioespacial nas cidades médias estudadas revelam a mesma natureza socioeconômica, assim como padrões espaciais semelhantes, no entanto, apresentam omplexidades, escalas e temporalidades diversas, o que define diferentes níveis de determinação sobre o espaço intraurbano. / The objective of this research is to investigate the spatial patterns and repercussions of the segregation processes in the intra-urban structures of the main medium-sized cities of Rio Grande do Sul: Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas and Santa Maria. Segregation is defined as the separation or physical seclusion of a relatively homogeneous social group from others and understood as one of the foundations of urban space production, representing a process that simultaneously reflects and conditions social relations, in the sphere of socio-spatial dialectics. Three analytical cores structure the thesis: the recognition of each of the city\'s demographic, socioeconomic and functional profiles (chapter II); the understanding of their intra-urban socio-spatial structures, based on statistical techniques of multivariate analysis that allow the identification and spatialization of social groups, and the definition of current patterns of socio-spatial segregation (chapter III); the approach of socio-spatial segregation in its historical and procedural dimension, in regards to their respective processes of intra-urban structuring. The results of the research point to the existence of three distinct socio-spatial patterns over time: until the end of the nineteenth century, socio-spatial differentiations do not constitute actual segregation, since proximity between social classes is a reality in compact occupations; from the end of the nineteenth century until the 1980s, the pattern of center-periphery segregation was established and consolidated, characterized by urban sprawl, with the center being valued by elites, and the object of concentration of public and private investments; since 1990, there is evidence of urban restructuring processes with new patterns of self-segregation of the richest in closed condominiums in peripheral areas, as well as the introduction of large peripheral equipment such as shopping malls, denoting the emergence of socio-spatial fragmentation processes, still incipient, but more complex than the previous processes of segregation, since they extrapolate the residential use. Historically, the cities of Pelotas and Santa Maria have more dispersed patterns of occupation in relation to Caxias do Sul and Passo Fundo, as well as more complex segregation processes, demonstrating since the 1980s an overlap with the center-periphery segregation pattern, evidenced by the formation of peripheral sectors with a high concentration of medium and high income classes; in the case of Pelotas, this process is associated with natural amenities, and in the case of Santa Maria it is motivated by public investments in large urban facilities. Compared to metropolitan realities, the sociospatial segregation processes in the studied medium cities reveal the same socioeconomic nature, as well as similar spatial patterns; however, they present different complexities, scales and temporalities, defining different levels of determination upon intra-urban space.

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