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Influência Hidrológica e Grau de Poluição dos Rios Pirapama e Jaboatão no Estuário da Barra das Jangadas (PE-Brasil): Ciclo TemporalEsteban Delgado Noriega, Carlos January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O sistema tropical estuarino de Barra das Jangadas (8º14 S e 34º55 W) representa
um importante corpo d água da Região Metropolitana do Recife que vem sofrendo uma
forte pressão do desenvolvimento urbano e industrial. O objetivo do presente trabalho foi
determinar a influência dos rios Jaboatão e Pirapama no estuário de Barra das Jangadas em
relação aos parâmetros físicos e químicos, importação e exportação de nutrientes e grau de
poluição, detectados em ciclos nictemerais nas duas estações do ano, desde uma maré de
sizígia a uma de quadratura. Foram analisados parâmetros climatológicos (pluviometria,
evaporação, intensidade e direção dos ventos), hidrológicos (transparência da água, coef.
extinção da luz, temperatura, salinidade, pH, oxigênio dissolvido e sua taxa de saturação,
demanda bioquímica de oxigênio, sais nutrientes (NHB3B+NHB4B,NOB2PB
-
P, NOB3PB
-
P, POB4PB
-3
P, SiOB2B)) e
físicos (batimetria, intensidade e direção das correntes). Para a análise hidrológica,
amostras foram coletadas em uma estação fixa (confluência dos dois rios) durante sete dias
(de 3 em 3 horas) no período de janeiro/2001 e julho/2001. Para a determinação do fluxo
dos nutrientes foram coletadas amostras (de 3 em 3 horas) em uma seção transversal (3
estações) na confluência dos rios durante 24 horas (julho/2003). Foi realizada uma Análise
dos Componentes Principais (ACP), que explicou aproximadamente 70% da variância total
quando foram utilizados todos os parâmetros abióticos (nas duas estações do ano e com os
estágios de baixa e preamar), mostrando um contraste entre o oxigênio dissolvido e sua
taxa de saturação, salinidade, pH e temperatura, com os sais nutrientes. Esta análise
indicou principalmente a correlação entre o estágio de baixa-mar e nutrientes, indicativo de
poluição de origem doméstica e industrial. De acordo com os resultados hidrológicos a
temperatura da água variou pouco sazonalmente (28,18 verão a 26,36 - inverno), com
maiores concentrações de sal no verão e sem apresentar estratificação vertical (menores a 5
unidades). Valores de oxigênio dissolvido indicam teores acima mais elevados durante o
verão, e menores durante o inverno, sendo classificado tanto como zona supersaturada
quanto poluída, respectivamente. A demanda bioquímica de oxigênio apresentou teores
baixos durante os dois períodos; o pH manteve-se sempre alcalino, excetuando uma leve
diminuição durante o estágio de baixa-mar durante o inverno; os nutrientes inorgânicos
dissolvidos apresentaram uma marcada sazonalidade principalmente, NHB4B, NOB2B, POB4B e
SiOB2B, com maiores teores durante o inverno no estágio de baixa-mar relacionado à maior
influência limnética do período. A relação N:P média variou de 25:1 durante o verão a
8,5:1 durante o inverno. O ACQUABMB, calculado evidenciou uma qualidade da água não
aceitável para os estágios de baixa-mar no inverno. As concentrações dos nutrientes para o
ano de 2003 mostraram um incremento principalmente da amônia, evidenciando um
aumento de concentração de 100% em comparação a estudos realizados a dois anos atrás.
Esta diferença pode ser atribuída ao aumento da densidade populacional e industrial na
zona ribeirinhas dos rios, bem como ao crescimento da vazão continental entre os dois
períodos. O estuário caracterizou-se como um exportador de nutrientes e importador de sal
durante o período estudado (24 horas), com velocidades absolutas médias de 0,38 m.sP
-1
P e
fluxos altos principalmente de silicato (1653,11kg.dP
-1
P), amônia (174,81 kg.dP
-1
P), e sal
(3198,13 kg.sP
-1
P). O sistema se comportou como um estuário bem misturado do tipo 1, de
acordo com a classificação de Hansen & Rattray (1966)
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