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Impacto de uma intervenção educativa na qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes com insuficiência cardíaca: estudo quase experimental / Impact of an educational intervention on the health-related quality of life of patients with heart failure: quasi-experimental study

Pelegrino, Viviane Martinelli 29 September 2015 (has links)
Introdução. As internações ou readmissões hospitalares de indivíduos com descompensação da Insuficência Cardíaca (IC) são decorrentes de vários fatores, entre eles a não adesão ao tratamento. Objetivo. Avaliar o impacto de uma intervenção educativa voltada para o autocuidado de pacientes com IC considerando a QVRS, adesão ao tratamento e o relato de sinais e sintomas três meses após a alta hospitalar. Método. Estudo quase experimental de série consecutiva com alocação de pacientes internados com IC descompensada para dois grupos, intervenção (GI) e controle (GC). A intervenção constou de orientações individuais sobre a IC e folheto educativo na internação, e reforço das orientações por telefonema um mês após a alta hospitalar (GI). O GC recebeu o cuidado usual. O desfecho principal foi a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) avaliada pelo Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ) e os secundários foram a adesão farmacológica avaliada pela Medida de Adesão aos Tratamentos (MAT), adesão não farmacológica e sinais e sintomas da IC. Para a análise estatística utilizou-se de análise descritiva, teste t de Student para amostras independentes, Qui-quadrado ou Exato de Fisher para as variáveis categóricas, teste de correlação de Pearson e análise de regressão. O nível de significância foi de 0,05. Resultados. Em relação à QVRS, três meses após a alta, não houve diferença estatisticamente significante para as medidas do MLHFQ total (p=0,19), físico (p=0,20) e emocional (p=0,51). Na análise de regressão \"forward\" foram inseridas no modelo, uma a uma, idade, QVRS, depressão e senso de coerência (avaliadas na internação). O coeficiente de grupo mostrou que os participantes do GI tinham, em média, 5,2 pontos a menos (menor impacto da doença/maior QVRS) do que os do GC, mas sem significância estatística. Essse modelo explicou, apenas, 7% da variância da QVRS aos três meses após a alta. Houve alta percentagem de participantes em ambos os grupos que relataram adesão farmacológica na hospitalização e três meses após a alta hospitalar (mais de 70% inicial e 80% no seguimento) (p=0,45). Na avaliação da adesão não farmacológica, três após meses a alta hospitalar, o controle de peso foi relatado em maior número pelos participantes do GI (p=0,007). A realização de atividade física foi o item menos citado, não havendo diferenças entre os grupos. Quanto ao número de sinais e sintomas relatado após três meses da alta, embora os valores apresentados não tenham diferença estatisticamente significante, notamos que há uma proporção maior de indivíduos no GI do que no GC que não teve qualquer sintoma ou teve apenas um ou dois sintomas. Portanto, a intervenção, se melhorada, é promissora para a adesão medicamentosa. Conclusão. Três meses após a alta hospitalar, os participantes com IC que receberam uma intervenção educativa reforçada por contato telefônico não apresentaram melhores avaliações na QVRS e na adesão farmacológica do que os indivíduos que receberam o cuidado usual. Idade dos participantes e as medidas da QVRS, depressão e senso de coerência, obtidas durante a internação, explicaram apenas 7% da variância da medida de QVRS aos três meses após a alta / Introduction. The hospitalizations and hospital readmissions of individuals with decompensated heart failure (HF) are due to several factors, including non-adherence to treatment. Objective. To assess the impact of an educational intervention focused on the self care of patients with HF, considering the health-related quality of life (HRQoL), adherence to treatment and the report of signs and symptoms three months after hospital discharge. Method. A quasi-experimental study of consecutive series in which patients with decompensated HF were divided into two groups, namely: intervention (IG) and control (CG). The intervention consisted of individual guidance on HF and an educational brochure handed upon admission, with strengthening of guidelines by telephone calls a month after hospital discharge (IG). The CG received the usual care. The primary outcome was the health-related quality of life (HRQoL) assessed by the Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ). The secondary outcomes were the pharmacological adherence assessed by the Medida de Adesão ao Tratamento (MAT), the non-pharmacological adherence, and signs and symptoms of HF. In the statistical analysis, we used descriptive analysis, the Student\'s t-test for independent samples, the chi-square or Fisher\'s exact test for categorical variables, the Pearson correlation test and regression analysis. The significance level was 0.05. Results. Regarding the HRQoL at three months after discharge, there was no statistically significant difference for the measurements of total MLHFQ (p = 0.19), physical (p = 0.20) and emotional (p = 0.51). In the forward regression analysis, were inserted into the model: age, HRQoL, depression and sense of coherence (assessed on admission). The group coefficient showed that on average, participants of the IG had 5.2 points less (less impact of the disease/higher HRQoL) than the CG, but without statistical significance. This model explained only 7% of the HRQoL variance at three months after discharge. A high percentage of participants in both groups have reported pharmacological adherence during hospitalization and three months after hospital discharge (over 70% initially and 80% at follow-up) (p = 0.45). In the evaluation of non-pharmacological adherence three months after discharge, weight control was reported in greater number by participants of the IG (p = 0.007). The practice of physical activity was the least mentioned item, with no differences between groups. Regarding the number of signs and symptoms at three months after discharge, although the values presented by the IG and CG did not have statistically significant differences, we found a greater proportion of subjects in the IG than in the CG who had no symptoms or had only a symptom or two. Therefore, with improvements, the intervention is promising for medication adherence. Conclusion. Three months after hospital discharge, the participants with HF who received an educational intervention strengthened by telephone did not show better ratings of HRQoL and pharmacological adherence than individuals who received usual care. The age of participants and measurements of HRQoL, depression and sense of coherence obtained during hospitalization, explained only 7% of the variance of HRQoL measurement at three months after discharge
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Qualidade de vida relacionada à saúde e adesão ao tratamento de indivíduos em uso de anticoagulação oral: avaliação dos seis primeiros meses de tratamento / Health-related quality of life and its adherence to treatment of individuals in use of oral anticoagulation: evaluation of the first six months of treatment

Carvalho, Ariana Rodrigues da Silva 02 June 2010 (has links)
Estudo descritivo, correlacional, de delineamento longitudinal, com 78 pacientes que iniciaram anticoagulante oral (ACO) entre abril de 2008 a junho de 2009 em três serviços de saúde de um município do oeste do Paraná. Os objetivos foram avaliar a adesão medicamentosa e comparar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e o estado global de saúde no início e com seis meses de tratamento. Os dados foram coletados por entrevistas individuais com instrumentos específicos para adesão farmacológica (Medida de Adesão ao Tratamento), QVRS (Medical Outomes Survey Short form - SF-36; Duke Anticoagulation Satisfaction Scale DASS), todos validados para o uso no Brasil, e o estado global de saúde (Escala Visual analógica EVA). Foram realizados testes de comparação de médias (Teste t de Student pareado e para amostras independentes), de correlação (coeficiente de correlação de Pearson) e de regressão linear múltipla. O nível de significância foi 0,05. Entre os sujeitos, 53,8% eram mulheres, com idade média de 56,8 anos, casados (71,8%), com baixa escolaridade e 48,7% não desempenhavam atividades remuneradas. As principais indicações para o uso do ACO foram fibrilação atrial (34,6%) e prótese cardíaca mecânica (26,9%) e o ACO mais usado foi a varfarina sódica (91%). Os resultados apontaram que após seis meses, apenas dois participantes foram classificados como não aderentes ao tratamento com ACO e que, no geral, houve melhora na QVRS avaliada por ambos os instrumentos. A avaliação pelo SF-36 mostrou que as diferenças entre os oito domínios foram estatisticamente significantes, exceto para saúde mental. Entretanto, as comparações das médias dos domínios do DASS foram estatisticamente significantes apenas para os domínios Impacto psicológico negativo e Impacto psicológico positivo. O estado global de saúde avaliado pela EVA apresentou valores médios que aumentaram da primeira para segunda avaliação, de 74 para 83, respectivamente, em um intervalo possível de zero a 100. Considerando como variável resposta a medida do DASS total, um modelo de regressão linear multivariada composto pelas variáveis idade, escolaridade, número de medicamentos em uso, indicação para o ACO, dosagem semanal do ACO, Saúde mental (domínio do SF-36), Vitalidade (domínio do SF-36) e intervalo terapêutico explicaram 39,3% da variância da medida da QVRS. Neste modelo, as variáveis com maiores valores de coeficiente beta () e estatisticamente significantes foram: idade (= - 0,317; p=0,017), número de medicamentos usados pelo indivíduo (= -0,353; p=0,005) e saúde mental (= -0,364; p=0,032). Um segundo modelo de regressão linear multivariada foi feito tendo como variável resposta a medida do estado global de saúde. As variáveis explanatórias foram: escolaridade, número de medicamentos em uso, Vitalidade, Saúde mental, Aspectos emocionais e intervalo terapêutico que explicaram 40,4% da variância desta medida. Os resultados obtidos podem subsidiar a prática dos profissionais da saúde na prevenção de fatores que possam afetar à adesão ao medicamento e a qualidade de vida dos usuários de ACO. / A descriptive, correlational design of longitudinal, with 78 patients who initiated oral anticoagulant taking (OAC) within the months of April, 2008 and June, 2009 in three health care services from a municipality of the state of Parana. The aims of this study were to evaluate the medication adherence and compare the health-related quality of life (HRQL) and the global health status in its beginning and within six months of treatment. The datas were all collected through individual interviews making use of specific instruments for pharmacological adherence (Means of Adherence to Treatment), QVRS (Medical Outcomes Survey Short form - SF-36; Duke Anticoagulation Satisfaction Scale DASS), which ones are validated to use in Brazil, and the global health status (Visual Analog Scale VAS).Comparison of average tests were applied (Students test t for paired and independent samples), of correlation (Pearsons correlation test) and of multiple linear regression. The significance level was set at 0,05. Among the subjects, 53,8% were women, at the average age of 56.8, married (71.8%), with low education and 48,7% did not performed any paid job. The main indications to the use of OAC were atrial fibrillation (34,6%) and mechanical cardiac prosthesis (26,9%) and the most used OAC was the warfarin sodium (91%). The results pointed out that after six months, only two participants were classified as not-adherent to treatment with OAC and that, by and large, there was improvement in the HRQL evaluated by both instruments. The evaluation with SF-36 showed that the differences among the eight domains were statistically significant, except for mental health. However, the average comparisons of domains of the DASS were statistically significant only to the negative psychological impact and positive psychological impact domains.The global health status evaluated by VAS presented average score increase from the first to the second evaluation, from 74 to 83, respectively, in a possible interval from zero to 100. Considering it as a variable response to the measurement of the total DASS, a model of linear regression multivariate made up by age variables, education, number of chemicals in use, indication to the OAC, weekly dose of OAC, mental health (domain of SF-36), Vitality (domain of SF-36) and interval therapy explained 39,3% of the variability of the measurement of HRQL. In this model, the variables with higher beta () coefficient scores and statistically significant, were: age (= -0,317; p=0,017), number of chemicals taken by the individual (= -0,353; p=0,005) and mental health (= -0,364; p=0,032).A second model of linear multivariate regression was done, taking into account as a variable response to the measurement of global state of health. The explanatory variables were: education, number of chemicals in use, Vitality, Mental health, Emotional functioning and interval therapy explained 40,4% of the variability of this measurement. The results obtained may subside the practice of healthcare professionals in the prevention of factors that may affect the adherence to the medication and the health-related quality of life of OAC users.
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Impacto de uma intervenção educativa na qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes com insuficiência cardíaca: estudo quase experimental / Impact of an educational intervention on the health-related quality of life of patients with heart failure: quasi-experimental study

Viviane Martinelli Pelegrino 29 September 2015 (has links)
Introdução. As internações ou readmissões hospitalares de indivíduos com descompensação da Insuficência Cardíaca (IC) são decorrentes de vários fatores, entre eles a não adesão ao tratamento. Objetivo. Avaliar o impacto de uma intervenção educativa voltada para o autocuidado de pacientes com IC considerando a QVRS, adesão ao tratamento e o relato de sinais e sintomas três meses após a alta hospitalar. Método. Estudo quase experimental de série consecutiva com alocação de pacientes internados com IC descompensada para dois grupos, intervenção (GI) e controle (GC). A intervenção constou de orientações individuais sobre a IC e folheto educativo na internação, e reforço das orientações por telefonema um mês após a alta hospitalar (GI). O GC recebeu o cuidado usual. O desfecho principal foi a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) avaliada pelo Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ) e os secundários foram a adesão farmacológica avaliada pela Medida de Adesão aos Tratamentos (MAT), adesão não farmacológica e sinais e sintomas da IC. Para a análise estatística utilizou-se de análise descritiva, teste t de Student para amostras independentes, Qui-quadrado ou Exato de Fisher para as variáveis categóricas, teste de correlação de Pearson e análise de regressão. O nível de significância foi de 0,05. Resultados. Em relação à QVRS, três meses após a alta, não houve diferença estatisticamente significante para as medidas do MLHFQ total (p=0,19), físico (p=0,20) e emocional (p=0,51). Na análise de regressão \"forward\" foram inseridas no modelo, uma a uma, idade, QVRS, depressão e senso de coerência (avaliadas na internação). O coeficiente de grupo mostrou que os participantes do GI tinham, em média, 5,2 pontos a menos (menor impacto da doença/maior QVRS) do que os do GC, mas sem significância estatística. Essse modelo explicou, apenas, 7% da variância da QVRS aos três meses após a alta. Houve alta percentagem de participantes em ambos os grupos que relataram adesão farmacológica na hospitalização e três meses após a alta hospitalar (mais de 70% inicial e 80% no seguimento) (p=0,45). Na avaliação da adesão não farmacológica, três após meses a alta hospitalar, o controle de peso foi relatado em maior número pelos participantes do GI (p=0,007). A realização de atividade física foi o item menos citado, não havendo diferenças entre os grupos. Quanto ao número de sinais e sintomas relatado após três meses da alta, embora os valores apresentados não tenham diferença estatisticamente significante, notamos que há uma proporção maior de indivíduos no GI do que no GC que não teve qualquer sintoma ou teve apenas um ou dois sintomas. Portanto, a intervenção, se melhorada, é promissora para a adesão medicamentosa. Conclusão. Três meses após a alta hospitalar, os participantes com IC que receberam uma intervenção educativa reforçada por contato telefônico não apresentaram melhores avaliações na QVRS e na adesão farmacológica do que os indivíduos que receberam o cuidado usual. Idade dos participantes e as medidas da QVRS, depressão e senso de coerência, obtidas durante a internação, explicaram apenas 7% da variância da medida de QVRS aos três meses após a alta / Introduction. The hospitalizations and hospital readmissions of individuals with decompensated heart failure (HF) are due to several factors, including non-adherence to treatment. Objective. To assess the impact of an educational intervention focused on the self care of patients with HF, considering the health-related quality of life (HRQoL), adherence to treatment and the report of signs and symptoms three months after hospital discharge. Method. A quasi-experimental study of consecutive series in which patients with decompensated HF were divided into two groups, namely: intervention (IG) and control (CG). The intervention consisted of individual guidance on HF and an educational brochure handed upon admission, with strengthening of guidelines by telephone calls a month after hospital discharge (IG). The CG received the usual care. The primary outcome was the health-related quality of life (HRQoL) assessed by the Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ). The secondary outcomes were the pharmacological adherence assessed by the Medida de Adesão ao Tratamento (MAT), the non-pharmacological adherence, and signs and symptoms of HF. In the statistical analysis, we used descriptive analysis, the Student\'s t-test for independent samples, the chi-square or Fisher\'s exact test for categorical variables, the Pearson correlation test and regression analysis. The significance level was 0.05. Results. Regarding the HRQoL at three months after discharge, there was no statistically significant difference for the measurements of total MLHFQ (p = 0.19), physical (p = 0.20) and emotional (p = 0.51). In the forward regression analysis, were inserted into the model: age, HRQoL, depression and sense of coherence (assessed on admission). The group coefficient showed that on average, participants of the IG had 5.2 points less (less impact of the disease/higher HRQoL) than the CG, but without statistical significance. This model explained only 7% of the HRQoL variance at three months after discharge. A high percentage of participants in both groups have reported pharmacological adherence during hospitalization and three months after hospital discharge (over 70% initially and 80% at follow-up) (p = 0.45). In the evaluation of non-pharmacological adherence three months after discharge, weight control was reported in greater number by participants of the IG (p = 0.007). The practice of physical activity was the least mentioned item, with no differences between groups. Regarding the number of signs and symptoms at three months after discharge, although the values presented by the IG and CG did not have statistically significant differences, we found a greater proportion of subjects in the IG than in the CG who had no symptoms or had only a symptom or two. Therefore, with improvements, the intervention is promising for medication adherence. Conclusion. Three months after hospital discharge, the participants with HF who received an educational intervention strengthened by telephone did not show better ratings of HRQoL and pharmacological adherence than individuals who received usual care. The age of participants and measurements of HRQoL, depression and sense of coherence obtained during hospitalization, explained only 7% of the variance of HRQoL measurement at three months after discharge
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Qualidade de vida relacionada à saúde e adesão ao tratamento de indivíduos em uso de anticoagulação oral: avaliação dos seis primeiros meses de tratamento / Health-related quality of life and its adherence to treatment of individuals in use of oral anticoagulation: evaluation of the first six months of treatment

Ariana Rodrigues da Silva Carvalho 02 June 2010 (has links)
Estudo descritivo, correlacional, de delineamento longitudinal, com 78 pacientes que iniciaram anticoagulante oral (ACO) entre abril de 2008 a junho de 2009 em três serviços de saúde de um município do oeste do Paraná. Os objetivos foram avaliar a adesão medicamentosa e comparar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e o estado global de saúde no início e com seis meses de tratamento. Os dados foram coletados por entrevistas individuais com instrumentos específicos para adesão farmacológica (Medida de Adesão ao Tratamento), QVRS (Medical Outomes Survey Short form - SF-36; Duke Anticoagulation Satisfaction Scale DASS), todos validados para o uso no Brasil, e o estado global de saúde (Escala Visual analógica EVA). Foram realizados testes de comparação de médias (Teste t de Student pareado e para amostras independentes), de correlação (coeficiente de correlação de Pearson) e de regressão linear múltipla. O nível de significância foi 0,05. Entre os sujeitos, 53,8% eram mulheres, com idade média de 56,8 anos, casados (71,8%), com baixa escolaridade e 48,7% não desempenhavam atividades remuneradas. As principais indicações para o uso do ACO foram fibrilação atrial (34,6%) e prótese cardíaca mecânica (26,9%) e o ACO mais usado foi a varfarina sódica (91%). Os resultados apontaram que após seis meses, apenas dois participantes foram classificados como não aderentes ao tratamento com ACO e que, no geral, houve melhora na QVRS avaliada por ambos os instrumentos. A avaliação pelo SF-36 mostrou que as diferenças entre os oito domínios foram estatisticamente significantes, exceto para saúde mental. Entretanto, as comparações das médias dos domínios do DASS foram estatisticamente significantes apenas para os domínios Impacto psicológico negativo e Impacto psicológico positivo. O estado global de saúde avaliado pela EVA apresentou valores médios que aumentaram da primeira para segunda avaliação, de 74 para 83, respectivamente, em um intervalo possível de zero a 100. Considerando como variável resposta a medida do DASS total, um modelo de regressão linear multivariada composto pelas variáveis idade, escolaridade, número de medicamentos em uso, indicação para o ACO, dosagem semanal do ACO, Saúde mental (domínio do SF-36), Vitalidade (domínio do SF-36) e intervalo terapêutico explicaram 39,3% da variância da medida da QVRS. Neste modelo, as variáveis com maiores valores de coeficiente beta () e estatisticamente significantes foram: idade (= - 0,317; p=0,017), número de medicamentos usados pelo indivíduo (= -0,353; p=0,005) e saúde mental (= -0,364; p=0,032). Um segundo modelo de regressão linear multivariada foi feito tendo como variável resposta a medida do estado global de saúde. As variáveis explanatórias foram: escolaridade, número de medicamentos em uso, Vitalidade, Saúde mental, Aspectos emocionais e intervalo terapêutico que explicaram 40,4% da variância desta medida. Os resultados obtidos podem subsidiar a prática dos profissionais da saúde na prevenção de fatores que possam afetar à adesão ao medicamento e a qualidade de vida dos usuários de ACO. / A descriptive, correlational design of longitudinal, with 78 patients who initiated oral anticoagulant taking (OAC) within the months of April, 2008 and June, 2009 in three health care services from a municipality of the state of Parana. The aims of this study were to evaluate the medication adherence and compare the health-related quality of life (HRQL) and the global health status in its beginning and within six months of treatment. The datas were all collected through individual interviews making use of specific instruments for pharmacological adherence (Means of Adherence to Treatment), QVRS (Medical Outcomes Survey Short form - SF-36; Duke Anticoagulation Satisfaction Scale DASS), which ones are validated to use in Brazil, and the global health status (Visual Analog Scale VAS).Comparison of average tests were applied (Students test t for paired and independent samples), of correlation (Pearsons correlation test) and of multiple linear regression. The significance level was set at 0,05. Among the subjects, 53,8% were women, at the average age of 56.8, married (71.8%), with low education and 48,7% did not performed any paid job. The main indications to the use of OAC were atrial fibrillation (34,6%) and mechanical cardiac prosthesis (26,9%) and the most used OAC was the warfarin sodium (91%). The results pointed out that after six months, only two participants were classified as not-adherent to treatment with OAC and that, by and large, there was improvement in the HRQL evaluated by both instruments. The evaluation with SF-36 showed that the differences among the eight domains were statistically significant, except for mental health. However, the average comparisons of domains of the DASS were statistically significant only to the negative psychological impact and positive psychological impact domains.The global health status evaluated by VAS presented average score increase from the first to the second evaluation, from 74 to 83, respectively, in a possible interval from zero to 100. Considering it as a variable response to the measurement of the total DASS, a model of linear regression multivariate made up by age variables, education, number of chemicals in use, indication to the OAC, weekly dose of OAC, mental health (domain of SF-36), Vitality (domain of SF-36) and interval therapy explained 39,3% of the variability of the measurement of HRQL. In this model, the variables with higher beta () coefficient scores and statistically significant, were: age (= -0,317; p=0,017), number of chemicals taken by the individual (= -0,353; p=0,005) and mental health (= -0,364; p=0,032).A second model of linear multivariate regression was done, taking into account as a variable response to the measurement of global state of health. The explanatory variables were: education, number of chemicals in use, Vitality, Mental health, Emotional functioning and interval therapy explained 40,4% of the variability of this measurement. The results obtained may subside the practice of healthcare professionals in the prevention of factors that may affect the adherence to the medication and the health-related quality of life of OAC users.
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Fatores de risco e de proteção: um estudo de acompanhamento em pré-escolares com comportamentos agressivos.

Picado, Juliana da Rocha 21 February 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:45:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissJRP.pdf: 2203164 bytes, checksum: c0f8003dc79ca1462e52366469669f67 (MD5) Previous issue date: 2006-02-21 / Financiadora de Estudos e Projetos / The interest of studding aggressive behaviors in preschoolers was justified because of the evidences related to these children s tendency to follow through disruptive behaviors pathways, marked by academic problems, grade retention and school drop-out, approach with antisocial peers and improvement of antisocial behaviors. One known protective factor that seems to minimize these risk factors and tend to reduce aggressive behaviors is the development of positive relationships between teacher and child. This research intend to study 11 preschoolers, with 7 years old, that had been pointed, when they were 5 years, as presenting aggressive behaviors in high frequency and intensity. The objectives were 1) to characterize this group in aggressive behaviors, other behavior problems, academic skills and school adjustment; 2) to verify the stability of these behaviors along two years; 3) Identify possible risk factors in which these children are exposed; and 4) evaluate if the relationship between teachers and students contains protective elements. The instruments used with teachers were: Teacher's Report Form TRF, which evaluate externalizing and internalizing problems; the Academic Skills and School Adjustment Interview, and the Teacher's Relationship Interview. The mothers answered the Adverse Events Scale as well as an interview about educative practices. Results indicate that 63.6% of the children remain aggressiveness indications according to current teachers, and the other children also have problems as hyperactivity, insecurity, and low self-esteem. TRF indicates the presence of problems in all of the studied children. Ten of eleven cases (90.9%) present externalizing problems, two (18.1%) internalizing problems, and nine of them (81.8%) indications for total problems. In the individual scales of TRF, five children received clinical indication for aggressive behaviors. The academic skills of 54.5% of the children were considered satisfactory, while school adjustment were instable in all of the cases. It is verified that all children are exposed to many risk factors, in special those related to financial problems and family context, through educational practices used. The results of teacher-child relationships pointed that two teachers (18.1%) were considerate able to represent protective factor to their students. Both present high sense of discipline, represent secure base for their students, have empathy, are able to talk about negative events related to the student or to the relationship, feel effective in teaching and also feel capable to reach and to modify student's behaviors as well as demonstrate positive feelings in relation to them. Four teachers (36.3%) showed less presence of these characteristics, and other five (45.4%) seems not to be able to represent protective factors to theirs students. All of these children are exposed to risk factors, and the majority of them do not seem to have protective factors enough to minimize the risk effects in their lives. Possible aggressive pathways to be followed by these children are discussed. The prevention and reduction of aggressive behaviors in preschoolers seems to be the most appropriate alternative to interrupt the evolution of early conduct problems. It is emphasized the needed to develop special competences in teachers, making them able to manage with aggressive behaviors or other behaviors problems, becoming protective factors to those children. / O interesse pela avaliação de pré-escolares que apresentam comportamentos agressivos apóia-se nas evidencias de que é alta a probabilidade destas crianças envolverem-se em uma escalada de comportamentos desviantes, marcada pelo fracasso acadêmico, retenção e evasão escolar, encontro com pares semelhantes e aumento progressivo de tais comportamentos. Um dos fatores protetivos que tende a minimizar estes fatores de risco e favorecer a redução destes comportamentos, remete ao estabelecimento de relações positivas entre crianças e seus professores. Esta pesquisa consistiu em um acompanhamento de 11 pré-escolares, com idade média de 7 anos, que haviam sido indicados aos 5 anos como apresentando comportamentos agressivos de alta freqüência e intensidade. Os objetivos foram 1) Caracterizar este grupo, em termos de comportamentos agressivos, demais problemas comportamentais, desempenho acadêmicos e adaptação escolar; 2) Verificar a estabilidade destes comportamentos ao longo de dois anos; 3) Identificar os possíveis fatores de risco aos quais estas crianças estão expostas; e 4) Avaliar se a relação entre os professores e alunos contém elementos protetivos. Os instrumentos utilizados com professoras foram: Teacher´s Report Form TRF, que consiste em uma avaliação de comportamentos externalizantes e internalizantes; a Entrevista sobre Desempenho Acadêmico e Adaptação Escolar e Entrevista sobre a Qualidade da Relação Professor-Aluno. As mães responderam a uma entrevista e a Escala de Eventos Adversos. Os resultados indicam que 63.6% das crianças permanecem com indicações de agressividade segundo professoras atuais, sendo que as demais crianças apresentam problemas como hiperatividade, insegurança, baixa auto-estima. O TRF indica a presença de problemas de comportamento em todas as crianças estudadas. Dez dos 11 casos (90.9%) apresentam problemas externalizantes, dois (18.1%) internalizantes, e nove deles (81.8%) indicações para problemas totais. Nas escalas individuais do TRF, cinco crianças receberam a indicação clínica para comportamentos agressivos. O desempenho acadêmico de 54.5% das crianças foi considerado satisfatório, enquanto a adaptação escolar apresenta-se dificultada em todos os casos. Verifica-se uma forte incidência de fatores de risco na vida das crianças relacionadas a instabilidades financeiras e ao contexto familiar, em especial nas práticas educativas utilizadas, marcadas por conflitos e hostilidade. Os resultados sobre relação professor-aluno apontam que duas professoras (18.1%) apresentam em alto grau os elementos positivos avaliados, e em baixo grau os elementos negativos e que, portanto, são aptas a exercer função protetiva. Ambas apresentam alto senso de disciplina, representam base segura para seus alunos, possuem altos índices de empatia para com eles, conseguem falar sobre sentimentos e eventos negativos relacionados ao aluno ou à relação, dentre outras características avaliadas. Quatro professoras (36.3%) apresentam presença menos visível destas características. As outras cinco (45.4%) evidenciam características negativas em alto grau e poucas daquelas consideradas positivas. Conclui-se que todas as crianças estão expostas a uma série de fatores de risco, e que a maioria delas não apresenta rede protetiva suficiente para minimizar tais efeitos. Discute-se a possível trajetória a ser seguida por elas. Enfatiza-se que a prevenção e redução de comportamentos agressivos em pré-escolares têm se mostrado a alternativa mais adequada para interromper a evolução de problemas de conduta precoce. Ressaltase a necessidade da capacitação à professores para que se tornem mais aptos a lidar com estas crianças, sendo elas agressivas ou com demais problemas, viabilizando o exercício de fator de proteção frente a realidade destas.

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