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A formação do eu em Mead e em Habermas: desafios e implicações à educaçãoCasagrande, Cledes Antonio January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / This dissertation, entitled “The formation of the self in Mead and Habermas: challenges and implications for education”, is the result of a doctorate research study on education and aims to address the issue of self-formation, as a process of subjectivity and stabilization of a personal identity, within the context of the post-metaphysical thinking, based on George Herbert Mead’s symbolic interactionism and on Jürgen Habermas’s theory of communicative action. This research also discusses the role of the school in the formation process of subjects, particularly with respect to the challenges and implications which result from both theoretical positions. It is a theoretical study, in the area of philosophy of education, which includes literature review, a presentation of the main concepts involved in this issue, and a hermeneutic endeavor to locate, understand and argue logically based on issues and concepts presented. Throughout the discussion it is possible to notice that the individuation process occurs through socialization. The mechanism of communication is the structuring principle of the mind, of the self, of the identity of the self and of the human society. Personal identity is structured by the internalization of collective norms and conventions, the progressive development of the internal structures of the self, the continuous processes of individual social learning, processes of decentralization and acquisition of rationality within communicative and symbolic contexts.The stabilization of a post conventional identity, the last level of the ideal development of personality, can be understood considering an increasingly universal action and the structuring of a meaning and a biography in one’s own existence. Such kind of identity offers the possibility of a self-understanding, which allows the subject to act with autonomy and responsibility in relation to themselves, to society and to culture. The school as an institution, through systematic and intentional teaching and learning processes, can effectively contribute to the formation of the self and the building of a personal identity in higher levels, thus qualifying the subjects to appropriate and reconstruct the inherited cultural knowledge, to establish judgments concerning world issues, to coordinate their actions together with other members of the social group and to participate in the interaction and socialization processes of the individuals. This contribution will be of a higher quality as the pedagogical actions, taken within the school environment, are outlined based on assumptions of interaction, dialogue and participation, always respecting the multiplicity of human dimensions and aiming at the formation of competent subjects in esthetic, expressive, interpretative, moral, social and discursive dimensions. / A presente tese, intitulada “A formação do eu em Mead e em Habermas: desafios e implicações à educação”, fruto de uma pesquisa de doutoramento em educação, tem por objetivo abordar o tema da formação do eu, enquanto processo de subjetivação e de estabilização de uma identidade pessoal, no contexto do pensamento pós-metafísico, a partir do interacionismo simbólico de George Herbert Mead e da teoria da ação comunicativa de Jürgen Habermas. A investigação também discorre sobre o papel que a escola desempenha nos processos de formação dos sujeitos, especialmente no que tange aos desafios e às implicações decorrentes das posições teóricas dos autores anteriores. Trata-se de um estudo de cunho teórico, no campo da filosofia da educação, que engloba revisão bibliográfica, exposição dos principais conceitos implicados no problema e esforço hermenêutico por situar, compreender e argumentar logicamente a partir das questões e dos conceitos em tela. No decorrer da argumentação é possível perceber que o processo de individuação se dá pela socialização. O mecanismo da comunicação é o princípio estruturante da mente, do self, da identidade do eu e da sociedade humana.A identidade pessoal estrutura-se mediante a internalização das normas e das convenções coletivas, o desenvolvimento progressivo das estruturas internas do eu, processos contínuos de aprendizagem individual e social, processos de descentração e de ganhos de racionalidade em contextos comunicativos e simbólicos. A estabilização de uma identidade pós-convencional, último nível de desenvolvimento ideal da personalidade, pode ser compreendida a partir de um agir com fim cada vez mais universal e da estruturação de um sentido e de uma biografia para a própria existência. Tal classe de identidade abre a possibilidade de um autoentendimento, que permite ao sujeito agir autonomamente e de modo responsável diante de si mesmo, da sociedade e da cultura. A instituição escolar, mediante processos de ensino e de aprendizagem sistemáticos e intencionados, pode contribuir efetivamente na formação do eu e na estruturação de uma identidade pessoal em níveis mais elevados, qualificando os sujeitos a que se apropriem e reconstruam o saber cultural herdado, estabeleçam entendimentos acerca de algo no mundo, coordenem as ações com os demais membros do grupo social e participem de processos de interação e de socialização individuadores. Tal contribuição será mais qualificada à medida que as ações pedagógicas, efetivadas no ambiente escolar, delinearem-se sob os pressupostos da interação, do diálogo e da participação, respeitando a multiplicidade das dimensões do humano e objetivando a formação de sujeitos competentes na dimensão estética, expressiva, interpretativa, moral, social e discursiva.
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