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Água viva: uma escritura de impressões entre prosa e poesiaSantos, Ana Paula dos 13 October 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-10-13 / This present research has as its main objective to analyze the work Água Viva , from
Clarice Lispector as a writing made of impressions that oscillates between poetry and
prose. The research question which has instigated was in which measure this
impression writing was close and also different from the impressionist Brazilian
prose from the end of 19th century? The hypotheses that leaded the investigation
were, in the first place, that its propulsive strength was trying to search for a conflict
solution in the poetic creation base: the inevitable mediation between words and
things; In the second place, that this difference was the invention of an impression
writing that is able to catch the present-instant through words that invest against the
representation and operate as live things, which happens in a kinesthetic correlation
among sound-image-sense of a short break in a fast apparition. The hypotheses
analysis was done in three chapters: in the first, the focus was the genesis of Água
Viva in a Screaming Object, besides the criticism work analyzed through a poetic
language optic. The second has covered two aspects: the impressionist prose
elaborated in Brazilian literature in the end of 19th century and the theoretical basis of
this impression writing using authors like: Paul Valery, Ezra Pound , Octávio Paz,
Barthes and Décio Pignatari; the third one consists in the analysis of Água Viva as a
strength field between poetry and prose, very similar to a stave where sound, image
and word cross each other, vertically and horizontally, reverberating in a mass of
sensations from three structural focuses: the I and the writing scene in the water
trajectory; the instances of You ; time-space: the circle and the line. We came to a
conclusion that Água Viva, interpreted from the impression writing perspective, has
received a new dimension that is able to illuminate the meaning of a text that has
resisted any traditional genre classification / A presente pesquisa tem por objetivo analisar a obra Água Viva, de Clarice
Lispector, enquanto uma escritura feita de impressões que oscilam entre a poesia e
a prosa. A questão de pesquisa que nos instigou foi a de responder em que medida
essa escritura de impressões se aproximava e se diferenciava da prosa
impressionista brasileira de final do séc. XIX? As hipóteses norteadoras da
investigação foram, em primeiro lugar, a de que a sua força propulsora estava na
busca de solução para um conflito de base da criação poética: a mediação inevitável
entre as palavras e as coisas; em segundo lugar, que essa diferença estava na
invenção de uma escritura de impressões capaz de captar o instante-já por meio
de palavras que investissem contra a representação e operassem como coisas
vivas, em correlações sinestésicas entre som-imagem-sentido, no breve intervalo de
uma aparição súbita. A análise das hipóteses fez-se em três capítulos a saber: no
primeiro, o foco foi a gênese de Água Viva em Objeto Gritante, além da fortuna
critica da obra em análise sob a ótica da linguagem poética; o segundo abarcou dois
aspectos: a prosa impressionista elaborada na literatura brasileira em finais do
século XIX e os fundamentos teóricos dessa escritura de impressões a partir de
pensadores como: Paul Valéry, Ezra Pound, Octávio Paz, Barthes e Décio Pignatari;
o terceiro pautou-se pela análise da obra Água Viva como um campo de forças
entre a poesia e a prosa, à semelhança de uma pauta onde som, imagem e palavra
se entrecruzam, vertical e horizontalmente, reverberando em massas de sensações
a partir de três focos estruturais: O eu e a cena da escrita no percurso água; as
instâncias do tu ; tempo-espaço: o círculo e a linha. A conclusão a que chegamos
foi a de que Água Viva, interpretada a partir dessa perspectiva de uma escritura de
impressões , ganhou uma nova dimensão capaz de iluminar o sentido de um texto
que tem resistido às classificações tradicionais de gêneros
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