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Área Monetária Ótima para o Brasil: análise das diferenças regionais / Optimum Currency Area for Brazil: analysis of regional differencesIshii, Karlin Saori 02 February 2009 (has links)
Há vantagens e desvantagens associadas à constituição de áreas monetárias. De um lado, a formação dessa área reduz custos de transação e incertezas econômicas; de outro, dificulta a adequação de políticas às especificidades regionais e impede o funcionamento do mecanismo cambial, perdendo a flexibilidade e seus benefícios sobre os termos de trocas. Essa é questão tratada neste trabalho aplicado ao Brasil. As diferenças regionais no Brasil são associadas principalmente ao desenvolvimento econômico e à renda per capita (Norte e Nordeste possuem baixa renda per capita) e, ainda, ao tipo de atividade econômica desenvolvida (o Centro Oeste possui a dimensão relativa da agropecuária grande enquanto que o Sudeste é uma região industrializada). A análise empírica realizada neste estudo buscou verificar o comportamento das regiões tanto em relação às diferenças na atividade econômica regional (verificação da Teoria de Área Monetária Ótima) quanto em relação ao comportamento da renda regional (termos de troca regionais). Partindo da observação de que o Brasil é um país de grande dimensão geográfica e que, portanto, possui regiões distintas, por exemplo, em relação ao clima, recursos naturais e cultura, procurou-se verificar se as regiões brasileiras são integradas a ponto de ser considerada uma área monetária ótima através da observação do grau de sincronismo da flutuação da atividade econômica regional com a nacional. Através da utilização de auto-regressão vetorial observou-se a magnitude da flutuação econômica regional explicada por choques comuns e choques idiossincráticos e a resposta regional a esses choques, utilizando-se as variáveis ICMS e consumo de energia elétrica industrial regional e nacional (como medidas do nível de atividade econômica) e a taxa de juros e produtividade. Conclui-se que o Brasil não é uma área monetária ótima. Sendo assim, o comportamento das flutuações econômicas regionais pode distanciar-se da nacional e/ou as políticas implementadas nacionalmente podem ter impactos diferenciados nas regiões. Portanto, avaliaram-se, também, os termos de troca das regiões domesticamente e em relação ao exterior como proxies das taxas de câmbio entre regiões e entre cada uma delas e o resto do mundo - a fim de observar se sua tendência tem favorecido uma convergência no desenvolvimento entre regiões brasileiras. Conclui-se que a região Nordeste apresentou ganhos nos termos de troca inter-regionais e perdas internacionais, enquanto que a região Sul apresentou perdas tanto inter-regionais quanto internacionais. Esta última região coeteris paribus é onde se verificaria maior perda de renda. Porém, o saldo da balança comercial do Sul se manteve positivo e crescente durante todo o período em análise, indicando que, apesar da queda dos preços relativos, a região tem conseguido um aumento de renda provavelmente devido a aumentos de produtividade. Tais aumentos seriam necessários para evitar perda de renda principalmente por aquelas regiões que apresentam concomitantemente deterioração nos termos de troca interregionais e internacionais. / There are advantages and disadvantages associated with the establishment of a currency area. On the one hand, the formation of currency areas reduces transaction costs and economic uncertainties; the other, complicates the adequacy of policies to the specific regional and prevent the functioning of the exchange rate mechanism, losing its benefits and flexibility on the terms of trade. This is addressed in this study applied to Brazil. Regional differences in Brazil are mainly related to economic development and per capita income (North and Northeast have low per capita income) and, in addition, to the type of economic activity developed (the Central West produces mainly agriculture products while Southeast is an industrialized region). The empirical analysis in this study was to verify the behavior of regions for differences in regional economic activity (verification of the Theory of Optimum Monetary Area) and in relation to the conduct of regional income (regional terms of trade). Starting from the observation that Brazil is a country of great geographic dimension and therefore has different regions, for example, in relation to climate, natural resources and culture, tried to ascertain whether the Brazilian regions are integrated to the point of being considered an optimum currency area through the observation of the degree of synchronization of the fluctuation of regional economic activity with the national. Through the use of Vector Auto-regression it was observed if the magnitude of regional economic fluctuation was explained mainly by common shocks or idiosyncratic shocks and also the regional response to such shocks, using the variable ICMS and consumption of electric power in regional and national industry (as measure in the level of economic activity) and interest rate and productivity. The conclusion is that Brazil is not an optimum currency area. Thus, the behavior of regional economic fluctuations can distance itself from the national and/or the policies implemented nationally may have a differential impact in the regions. So were evaluated, too, the domestic terms of trade of domestic and the regions in relation to the outside - as proxies of exchange rates between regions and between each of them and the rest of the world - to see if the trend has favored a convergence of development between regions of Brazil. It was concluded that the Northeast gained inter-regional terms of trade and lost the international, while the South had lost both inter-regional as international. The latter region coeteris paribus is where there is greater loss of income. However, the South trade balance remained positive and growing throughout the period under review, indicating that despite the drop in prices for the region has achieved an increase in income due to increases in productivity. Such increases would be needed to avoid loss of income especially for those regions that have concomitant deterioration in the terms of trade inter-regional and international.
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Área Monetária Ótima para o Brasil: análise das diferenças regionais / Optimum Currency Area for Brazil: analysis of regional differencesKarlin Saori Ishii 02 February 2009 (has links)
Há vantagens e desvantagens associadas à constituição de áreas monetárias. De um lado, a formação dessa área reduz custos de transação e incertezas econômicas; de outro, dificulta a adequação de políticas às especificidades regionais e impede o funcionamento do mecanismo cambial, perdendo a flexibilidade e seus benefícios sobre os termos de trocas. Essa é questão tratada neste trabalho aplicado ao Brasil. As diferenças regionais no Brasil são associadas principalmente ao desenvolvimento econômico e à renda per capita (Norte e Nordeste possuem baixa renda per capita) e, ainda, ao tipo de atividade econômica desenvolvida (o Centro Oeste possui a dimensão relativa da agropecuária grande enquanto que o Sudeste é uma região industrializada). A análise empírica realizada neste estudo buscou verificar o comportamento das regiões tanto em relação às diferenças na atividade econômica regional (verificação da Teoria de Área Monetária Ótima) quanto em relação ao comportamento da renda regional (termos de troca regionais). Partindo da observação de que o Brasil é um país de grande dimensão geográfica e que, portanto, possui regiões distintas, por exemplo, em relação ao clima, recursos naturais e cultura, procurou-se verificar se as regiões brasileiras são integradas a ponto de ser considerada uma área monetária ótima através da observação do grau de sincronismo da flutuação da atividade econômica regional com a nacional. Através da utilização de auto-regressão vetorial observou-se a magnitude da flutuação econômica regional explicada por choques comuns e choques idiossincráticos e a resposta regional a esses choques, utilizando-se as variáveis ICMS e consumo de energia elétrica industrial regional e nacional (como medidas do nível de atividade econômica) e a taxa de juros e produtividade. Conclui-se que o Brasil não é uma área monetária ótima. Sendo assim, o comportamento das flutuações econômicas regionais pode distanciar-se da nacional e/ou as políticas implementadas nacionalmente podem ter impactos diferenciados nas regiões. Portanto, avaliaram-se, também, os termos de troca das regiões domesticamente e em relação ao exterior como proxies das taxas de câmbio entre regiões e entre cada uma delas e o resto do mundo - a fim de observar se sua tendência tem favorecido uma convergência no desenvolvimento entre regiões brasileiras. Conclui-se que a região Nordeste apresentou ganhos nos termos de troca inter-regionais e perdas internacionais, enquanto que a região Sul apresentou perdas tanto inter-regionais quanto internacionais. Esta última região coeteris paribus é onde se verificaria maior perda de renda. Porém, o saldo da balança comercial do Sul se manteve positivo e crescente durante todo o período em análise, indicando que, apesar da queda dos preços relativos, a região tem conseguido um aumento de renda provavelmente devido a aumentos de produtividade. Tais aumentos seriam necessários para evitar perda de renda principalmente por aquelas regiões que apresentam concomitantemente deterioração nos termos de troca interregionais e internacionais. / There are advantages and disadvantages associated with the establishment of a currency area. On the one hand, the formation of currency areas reduces transaction costs and economic uncertainties; the other, complicates the adequacy of policies to the specific regional and prevent the functioning of the exchange rate mechanism, losing its benefits and flexibility on the terms of trade. This is addressed in this study applied to Brazil. Regional differences in Brazil are mainly related to economic development and per capita income (North and Northeast have low per capita income) and, in addition, to the type of economic activity developed (the Central West produces mainly agriculture products while Southeast is an industrialized region). The empirical analysis in this study was to verify the behavior of regions for differences in regional economic activity (verification of the Theory of Optimum Monetary Area) and in relation to the conduct of regional income (regional terms of trade). Starting from the observation that Brazil is a country of great geographic dimension and therefore has different regions, for example, in relation to climate, natural resources and culture, tried to ascertain whether the Brazilian regions are integrated to the point of being considered an optimum currency area through the observation of the degree of synchronization of the fluctuation of regional economic activity with the national. Through the use of Vector Auto-regression it was observed if the magnitude of regional economic fluctuation was explained mainly by common shocks or idiosyncratic shocks and also the regional response to such shocks, using the variable ICMS and consumption of electric power in regional and national industry (as measure in the level of economic activity) and interest rate and productivity. The conclusion is that Brazil is not an optimum currency area. Thus, the behavior of regional economic fluctuations can distance itself from the national and/or the policies implemented nationally may have a differential impact in the regions. So were evaluated, too, the domestic terms of trade of domestic and the regions in relation to the outside - as proxies of exchange rates between regions and between each of them and the rest of the world - to see if the trend has favored a convergence of development between regions of Brazil. It was concluded that the Northeast gained inter-regional terms of trade and lost the international, while the South had lost both inter-regional as international. The latter region coeteris paribus is where there is greater loss of income. However, the South trade balance remained positive and growing throughout the period under review, indicating that despite the drop in prices for the region has achieved an increase in income due to increases in productivity. Such increases would be needed to avoid loss of income especially for those regions that have concomitant deterioration in the terms of trade inter-regional and international.
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