Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / O presente trabalho se propÃe compreender a fotografia como um instrumento da pesquisa cientÃfica, refletindo a partir da atuaÃÃo da ExpediÃÃo Thayer, uma comissÃo norte americana liderada pelo naturalista Louis Agassiz, vinda ao Brasil entre os anos 1865 e 1866. Entre os sÃculos XVIII e XIX as chamadas expediÃÃes cientÃficas atreladas ao sentido cosmopolita do imperialismo europeu, se espalhavam por todo o mundo, seguindo um padrÃo sistemÃtico de estudo e pesquisa, os naturalistas visavam analisar e classificar os lugares visitados, sua natureza, sua cultura e seus nativos. VÃrios cientistas vieram ao Brasil trazendo consigo aprendizes, especialistas, curiosos, e um outro profissional, o fotÃgrafo, este agora indispensÃvel nos trabalhos de desbravamento e levantamento de dados das expediÃÃes. Os naturalistas trouxeram a fotografia para suas pesquisas como parte do mÃtodo empirista, considerada o reflexo da realidade impresso em papel, viria para dar à ciÃncia maior confiabilidade e comprovaÃÃo. Em meio Ãs discussÃes sobre uma Filosofia Natural criacionista e sobre os princÃpios da teoria evolutiva, a produÃÃo de imagens fotogrÃficas se torna um campo de disputas dentro da ciÃncia. Os registros dessas experiÃncias, relaÃÃes e estranhamentos (fotografias, relatos de viagem e literatura cientÃfica) compÃem a parte mais considerÃvel de fontes para a dissertaÃÃo. Analisando os conflitos que circundavam as diferentes teorias cientÃficas, da intervenÃÃo imperial ao racialismo, e suas tentativas de comprovaÃÃo, objetiva se compreender a produÃÃo de imagens fotogrÃficas a serviÃo da ciÃncia e as apropriaÃÃes da tÃcnica pelo mÃtodo empirista, compreendendo como o Brasil foi inserido no debate cientÃfico e como os naturalistas se utilizaram dos registros de casos locais para compor um entendimento da ciÃncia universal. / European imperialism, spread throughout the world, following a systematic studies pattern and research, naturalists targeted to analyze and classify the places visited, their nature, their culture and their natives. Several scientists came to Brazil bringing with them apprentices, specialists, curious, and one other professional, the photographer, this one now indispensable in clearing and gathering data of the expeditions. The naturalists brought the photograph to their research as part of the empiricist method, considered the reflection of reality printed on paper, it would come to give science greater reliability and proof. Amidst the discussions of a creationist Natural Philosophy and the principles of evolutionary theory, the production of photographic images became a field of disputes inside the science. The records from these experiences, relationships, and strangeness (photographs, travel reports, and scientific literature) make up the most considerable source for the dissertation. A nalyzing the conflicts that surrounded different scientific theories, from the imperial intervention to the racialism, and its attempts of verification, the objective is to understand the production of photographic images in the service of science and the techniques appropriations by the empiricist method, understanding how Brazil was inserted in the scientific debate and how the naturalists used the local case records to compose an understanding of universal science.