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O etnoextrativismo não-madeireiro em uma comunidade Amazônica: um estudo de caso em Santa Luzia do Buiuçuzinho Coari/AM.

Silva, Rosibel Rodrigues e 04 June 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-11T13:56:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao Rosibel Rodrigues e Silva.pdf: 1959745 bytes, checksum: cd82124d0dd597bda5db9cdb85161962 (MD5) Previous issue date: 2009-06-04 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas / Through the river side communities traditional knowledge, it s possible to analyze the management, conservation, and maintenance of the ecosystem by those populations. This way, this work objects to characterize the non-timber etno-extraction in Santa Luzia do Buiuçuzinho, community located in the region of Coari, middle Solimões in the State of Amazonas, considering the relations of this activity with the environmental and economical aspects of the place. To achieve the goals of this research it was opted for the case study method, with application of forms, interviews and direct observation. The results allowed verifying that the work activities are made by the social agents known as agro-extractivist people whose term is in relation to the activity in the production system. The work organization in the extractive activity occurs in majority with the family labor, occurring in primary and secondary (capoeira) forests. The extraction is done by collecting, in other words, without the necessity to eliminate the plant, so, the quantity in the space determinates the exportation of new areas or the continuity of the activity in the same area of management. The extraction is done with domesticated plants, it is because the familiar production is based in a ecologic economy, according to the family basic necessities. These days there is the practicing of species planting in areas as farming yard, indigenous farming and secondary forests, avoiding slash and burn in extensions next to the exploitation areas. The products sail occurs in the community, and the production is sold in majority to marreteiros, and in minority to local people, neighbors and visitants. The sail of this products is done with payment in cash in the moment of the product delivery. The exploiting species are utilized in several uses as feed, handcraft, ornamental, wood to burn, and medicinal plant. The Brazil nut exploitation is the one wich represents more economic value, for its exploitation brings garantted return to local people who works in this activity. The transmission of etnoknowledge about the extration of non-timber forest products in the community is transmission orally through the generations (from father to son). / Através do conhecimento tradicional das comunidades ribeirinhas, é possível fazer uma análise voltada para o manejo, conservação e manutenção do ecossistema por essas populações. Assim, este trabalho tem como objetivo caracterizar o etnoextrativismo nãomadeireiro em Santa Luzia do Buiuçuzinho, comunidade localizada no município de Coari, médio Solimões no Estado do Amazonas, considerando as relações desta atividade com os aspectos sócio-econômicos e ambientais do local. Para alcançar os objetivos da pesquisa optou-se pelo método estudo de caso, com aplicação de formulários, entrevistas, observações diretas. Os resultados permitiram verificar que as atividades de trabalho são realizadas pelos sujeitos sociais conhecidos como agroextrativistas cujo termo está relacionado à atividade no sistema de produção. A organização do trabalho na atividade extrativista ocorre em sua maioria com mão-de-obra familiar, ocorrendo em áreas de floresta primária e secundária (capoeira). A extração é realizada por coleta, ou seja, sem necessidade de eliminar a planta, assim, a quantidade de espécies no local determina a exploração de novas áreas ou a continuidade da atividade no mesmo local de manejo. A exploração é realizada com as plantas domesticadas na comunidade, isto porque, a produção familiar é baseada em uma economia ecológica, de acordo com as necessidades básicas da família. Atualmente existe a prática do plantio de espécies nas áreas de quintal, roças e capoeiras, evitando queimadas e derrubadas nas extensões próximas das áreas de extração. O comércio dos produtos ocorre na comunidade, sendo a produção vendida em grande parte aos marreteiros, e em pequena parte para os moradores, vizinhos e visitantes. A venda destes produtos é realizada com pagamento em dinheiro no momento da entrega do produto. As espécies exploradas são utilizadas para diversos usos como alimentação, artesanal, ornamental, lenha e planta medicinal. A extração da castanha é a que representa maior valor econômico, pois sua exploração traz retorno garantido para os residentes locais que trabalham nesta exploração. A transmissão do etnoconhecimento sobre a extração dos produtos florestais não-madeireiros na comunidade é repassado oralmente através das gerações (de pai para filho).

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